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Estado inflamatório e clínica – parte 11

Muitas vezes na clínica não conseguimos entender o relato de dor consciente do paciente. Isso sem falar na precisão do paciente quando perguntamos “onde dói?” e ele “aqui” num movimento circular marcando uma área de uns 10-20cm. Qual profissional clínico que não se identifica com este cenário?

E mesmo quando fazemos todos os testes clínicos, podemos não achar uma hipótese diagnóstica que seja condizente com o relato do paciente. Nestas horas, conseguir “ver” pequenos detalhes que estão em oculto e isso nos ajuda muito a explicar o relato de dor do paciente.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente de 51 anos, sem comorbidades e com sensação de “desconforto” em região lombar (segundo informações do paciente). Ao realizar uma Análise Termofuncional, foi possível detectar alterações térmicas em “Asa de morcego”.

Esta informação auxiliou e muito na tomada de decisão terapêutica, pois facilitou o entendimento do relato de dor consciente do paciente. Nem sempre as lesões/disfunções são respondidas facilmente, nem mesmo com exames de imagens e testes clínicos. Às vezes, uma técnica simples que tem apenas por objetivo detectar e localizar anomalias (mesmo muito discretas) podem fazer a diferença na clínica. Porém para o paciente, é a maior das soluções.

Portanto, saber o que procurar X conhecer os métodos/técnicas avaliativas podem e farão toda a diferença no correto diagnóstico clínico. Primeiro, saiba o que você está procurando para enfim saber como achar.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 11

Luz é luz – parte 2
Como luz é luz, independente da forma (LED ou laser), sempre teremos reações celulares em consequência das ações da luz, claro guardado as devidas proporções.

Uma maneira fácil de demonstrar isso, é a ação do LED em feridas abertas. Como a luz LED adequa-se perfeitamente a ações na pele, em sua exclusividade, o LED é muito usado na clínica para tratar várias comorbidades/disfunções de peles, como pode ser visto nas imagens abaixo de uma sessão de aplicação de LED para uma ferida aberta.

O LED tem efeitos muito benéficos para ajudar na cicatrização de feridas abertas por conta de suas propriedades físicas, algo que não vemos nas ações do laser. Isso porque o LED possui propriedades excepcionais que agem apenas na pele, principalmente pela sua propriedade de comprimento de onda.

Por isso devemos entender exatamente cada princípio físico da luz para entender como cada um age no tecido, uma vez que o laser tem uma especificidade completamente diferente do LED. Mas um não exclui ou desmerece o outro, sendo ambos complementares: o que um não faz, o outro faz e vice-versa.

Dito isso, o profissional que faz uso de equipamentos que trabalham no espectro de “luz” deve conhecer perfeitamente seus princípios físicos, efeitos fisiológicos e indicações terapêuticas para produzir de fato estes efeitos. Aplicar luz sem o devido conhecimento é desperdício de energia (fotônica) e de terapia.

Isso tudo foi mostrado para mostrar que “luz é luz”, mas cada tipo tem sua função, saiba usar para ter resultados.

#termografia #laserterapia #fisioterapia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 10

Luz é luz – parte 1

Uma das coisas mais apaixonantes que aprendi é que “luz é luz”, parafraseando Chukuka S Enwemeka (Photomed Laser Surg. 2005 Apr;23(2):159-60. doi: 10.1089/pho.2005.23.159).

A célula, como quase todo ser biológico, depende de “luz” e água para se desenvolver. Dito isso, e mudando um pouco do tema laser, a célula possui receptores para outras formas de luz, como a luz LED. Apesar da luz (radiação) LED ter princípios completamente diferentes do laser, ainda assim é luz.

Vamos entender o que é luz:
1. Devemos entender como se classificam as “luzes” para assim podermos entender as diferenças entre elas. Tanto o laser como o LED são classificados como radiação eletromagnética e são emitidos através de positivos diodos.
2. A radiação eletromagnética é uma oscilação em fase dos campos elétricos e magnéticos encontram-se constantemente desacoplados/reacoplados de suas cargas elétricas. As oscilações dos campos elétricos e magnéticos são perpendiculares entre si e podem ser entendidas como a propagação de uma onda (através do vácuo, mas não entraremos neste mérito).
3. Podem ser entendidas, ainda, como o deslocamento de pequenas partículas, os fótons (leigamente falando).

Mesmo a radiação laser e LED serem originárias da radiação eletromagnética, as exigências intrínsecas do uso dos LED são completamente diferentes dos usados na radiação laser, a começar pela formação da luz:
1. Laser: coerente, monocromático (uma cor), unidirecional (colimado) e pode ser usado de baixas à médias potências;
2. LED: não coerente, várias cores, não colimado e pode ser usado em altas potências.

Apensar de ambos serem opostos, cada um tem um objetivo de atuação no tecido (continua)

Imagens: https://lnkd.in/d_R8zg_N e https://lnkd.in/d5PRsRXy

#termografia #laserterapia #fisioterapia

Estado inflamatório e clínica – parte 10

Um grande detalhe na clínica, que não ensinam na faculdade com tamanha importância, é o planejamento terapêutico.

Uma vez que se tem um diagnóstico fechado, deve-se programar o objetivo terapêutico (macro – fases terapêuticas e sua evolução) e depois, o programa terapêutico (micro – terapias e técnicas utilizadas para cada fase). Deve-se ter em mente sempre o objetivo, pois ele guiará a reabilitação. Isso porque o programa terapêutico pode e deverá ser mudado de uma sessão à outra, dependendo da reação terapêutica do tecido.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 51 anos, menopausada sem comorbidades e praticante de atividade física que apresentou subitamente fortes dores em região lombar após treino de musculação. Ao realizar uma Análise Termofuncional, foi detectado alterações térmicas em região lombar em formato de “Asa de Morcego”©, representando os dermátomos da saída das raízes nervosas correspondentes. Foi então aventada hipótese de compressão discal, reflexo da magnitude da força de compressão correspondente (definição Termofuncional©, todos os direitos reservados).

O objetivo da sessão foi então modificado para analgesia e anti-inflamatório até a completa ausência da sintomatologia. Dito isso, o programa terapêutico foi mudado imediatamente para técnicas e terapias correspondentes.

Uma coisa que sempre ensino aos meus alunos:

“Saiba muito bem quais são os objetivos da sua reabilitação e determine quais técnicas e terapias você precisará utilizar, porque você poderá planejar tudo perfeitamente e minunciosamente no papel. Porém a natureza virá e lhe dará uma lição de humildade, porque você não a controla. E neste momento, você deverá mudar o seu programa terapêutico para o objetivo que ela determinar” (Dra. Paula Machado)

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 10

O Método de Termografia Infravermelha é um grande aliado para aqueles que conhecem de fato a ciência por trás destes equipamentos infravermelhos.

A termografia não se limita apenas uma “corzinha” na tela de “quente” e “frio”, ela é muito além deste tabu. Ao utilizarmos este método, devemos entender que a termografia é um método inclusivo e não exclusivo. E para nós, profissionais de biociências, devemos ter cuidado com o uso deste conhecimento, pois podemos nos limitar a dizer categoricamente é “isso” ou “aquilo”.

Como no caso dos termogramas abaixo de um paciente, sexo masculino, 42 anos, sem comorbidades e praticante de musculação e que apresentou fortes dores em ombros após treino. Após testes clínicos e biomecânicos foi aventado a hipótese de sobrecarga de treino e biomecânica errada.

Ao realizar uma Análise Termofuncional foi detectado várias alterações térmicas em região de ombros e torácica, corroborando a hipótese diagnóstica. O gradiente determinou onde a intensidade da alteração se encontra, mostrando onde o paciente errou no treino. Foi então sugerido ajustar a carga e a biomecânica corrigida e que promoveram imediatamente a diminuição de suas dores.

Não foi APENAS a termografia que determinou o diagnóstico no caso citado, foi o relato consciente da dor e a história do início dela (pós treino) associado a testes clínicos e biomecânicos. A termografia foi um validador do que já se aventava.

Como dito: o MTI é um método inclusivo e não exclusivo de diagnóstico. Então, saiba usar.

Ah, o gradiente, nosso maior aliado.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 10

Para sabermos usar de maneira correta o relato consciente de dor do paciente temos que ter em mente que nem sempre a dor responde ao comprometimento da função e/ou tecidual, mas muitas vezes ajuda a entender as consequências desta disfunção.

Dito isso, devemos sempre entender que dor é um sinalizador de que algo errado está ocorrendo “naquele” lugar, porém aquele “lugar” pode ser apenas onde a função chegou ao seu limite provocando a dor. Porém, em geral, a dor mostra a consequência e não a causa.

Como fisioterapeutas, devemos sempre buscar a causa da dor, que em geral esta associada a disfunção. Assim, podemos ser assertivos quando temos este olhar e não apenas de analgesia da lesão.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 54 anos, praticante de esportes, com relato de dores em região lombar. Foi realizado um Exame Termofuncional e detectado alterações térmicas em região de lombar e torácica. Com estes achados foi realizado uma avaliação postural corroborando com os achados térmicos de comprometimento da cadeia posterior e mestra anterior.

O comprometimento das cadeias respondeu como o encurtamento da cadeia estava provocando a disfunção em região lombar e torácica. Isso facilitou muito o trabalho de reabilitação, retirando a dor devolvendo a funcionalidade ao paciente rapidamente.

Com olhar da procura da causa da dor lhe dá a visão da disfunção e está, caro colega, é a chave para o sucesso. Saiba usar as informações a seu favor, a dor é um sinalizador que pode te guiar para o caminho certo, mas também pode ser uma armadilha se você apenas focar nela.

#dor #fisioterapia #termografia

Estado inflamatório e clínica – parte 9

Vamos entender agora como é complexo determinar (fechar) um diagnóstico em determinados casos.

Muitas vezes na clínica nos deparamos com casos complexos de difícil diagnóstico, pois o nosso organismo é um sistema fechado e se temos um problema em um local, este pode e vai provocar compensações em outros locais.

Isso muitas vezes confunde os profissionais que estão avaliando, fazendo com que o paciente nunca ache de fato qual é o seu problema. Mais ainda, quando estes casos aparecem, fica muito difícil para o fisioterapeuta fechar um diagnóstico, e isso é bem comum na clínica.

Para conseguirmos finalmente chegar a um diagnóstico, é preciso entender “um pouco de tudo e de tudo um pouco”, fazendo uma metáfora ao que entendemos como sistema fechado.

Como no caso do termograma abaixo de um paciente, sexo masculino, 67 anos com histórico de dor em cervical há mais de 2 anos. Após avaliação funcional, não foi possível chegar a um diagnóstico fechado até chegarmos a realizar uma Análise Termofuncional© que foi possível detectar alterações térmicas em ambos os ombros e em cervical. Isso possibilitou aventar a hipótese de lesões específicas de ombro com uma compensação em cervical, provocando as dores nesta região.

Somente após uma análise completa do sistema fechado, ou a mais completa possível, é possível aventarmos hipóteses e estas serem verdadeiras. Na clínica, para um sistema complexo e fechado, muitas análises devem ser feitas para entendermos sua influência no todo.

Estes detalhes que ficaram em oculto podem ser a chave para o sucesso da reabilitação. Então caro colega fisioterapeuta, atente-se aos pequenos detalhes, eles poderão responder muitas de suas perguntas.

Parafraseando Sherlock Holmes: “Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes”.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Conhecimentos básicos em Laserterapia 9

Vamos agora praticar o conhecimento que tivemos até aqui e você, caro colega fisioterapeuta, poderá ver na prática os efeitos da radiação.

Com uma brincaria simples de consultório você pode verificar que as diferenças de temperaturas são gritantes para um programa na máxima capacidade de seu equipamento (imagem 1) versus mínima capacidade de seu equipamento (imagem 2). Tenha um medidor de temperatura simples de ambiente (precisão de 0.1 °C e que sua faixa de medição está entre -50ºC à 110 °C, com um ambiente de trabalho entre -40 °C à 65°C), com seu sensor fixado no acrílico e pintado de esmalte preto (para sua máxima absorção), como visto nas imagens.

E para entendermos como a intensidade da radiação laser esta diretamente relacionada a sua temperatura, comparemos está com a fórmula proposta por Planck. A fórmula proposta por Planck (imagem 3) expressou corretamente como a intensidade da emissão espectral da radiação eletromagnética é distribuída ao longo do espectro, podemos entender que a intensidade da radiação está diretamente correlacionada e ligada à sua temperatura. Isto porque esta lei adequa-se extraordinariamente bem todos a todos os comprimentos de ondas e é usado em várias outras teorias, pois ele descreveu o comportamento corpuscular e ondulatório.

Dito isso, quando nos deparamos com o aumento de temperatura numa aplicação da radiação laser, mesmo com programas ajustados para o aumento mínimo da temperatura (dito atérmico), podemos ver na prática que ambas as aplicações produzem aquecimento. Isto posto, nunca podemos afirmar que um laser é atérmico e que devemos buscar este efeito.

Desta forma, dependendo do efeito fisiológico que queremos induzir, a temperatura pode ser um marcador para a indução de altas “doses” de laser. Portanto, caro colega, conheça muito bem seu equipamento e os efeitos fisiológicos que você quer induzir ao tecido, pois somente assim você saberá utilizá-lo em sua máxima capacidade com efeitos satisfatórios.

#termografi #laserterapia #fisioterapia