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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 4

Muitos profissionais da saúde me perguntam se a termografia pode dar diagnóstico ou “semi-diagnóstico”.

A resposta é não. O Método de Termografia Infravermelha não é adequado para gerar “diagnósticos”, mas sim como uma análise térmica e monitoramento de condição, ambas qualitativa ou quantitativamente.

Como dito várias vezes, câmeras termográficas não captam temperatura, mas sim a radiação naturalmente emitida pelos corpos EM FUNÇÃO DE SUA TEMPERATURA, através da conversão dessa informação de radiação em temperatura.

A termografia infravermelha pode ser usada como método de triagem, como avaliação e não de forma exclusiva de diagnóstico. Já ao afirmar um achado termográfico após validação de outros métodos diagnósticos é similar ao dito “engenheiro de obra pronta”.

Assim, quando um paciente chega em seu consultório sem nenhum diagnóstico por imagem prévio, com exceção de alguma grande anomalia termográfica, atente-se exclusivamente para a sua especialidade no uso da termografia infravermelha. Ao detectar alguma anomalia térmica fora de sua especialidade, não afirme nada, mas indique um especialista para as investigações apropriadas.

O gradiente nos mostra uma diversidade de processos oque estão correndo no organismo, mas não é ela que determinará um diagnóstico e nem você poderá invadir as demais especialidades afirmando algo que não é de seu conhecimento.

Como visto no exemplo abaixo de uma paciente do sexo feminino, 43 anos, sem comorbidades e com relato de dor em punho esquerdo. O gradiente nos mostra algumas alterações térmicas condizentes com o relato de dor em punho, mas outras aparecem em dedos. Poderia ser um comprometimento nervoso ou vascular? Talvez. É você que deve diagnosticar isso através da termografia? O que fazer? Indique um colega especialista, não afirme nada e trate a dor que é a sua especialidade.

Infelizmente hoje, com exceção da Termofuncional, nenhum procedimento na saúde que faça uso da termografia infravermelha possui um Termografia certificado Nível 3 ou Categoria 3 pela ABENDI, não podendo estes assumirem a responsabilidade técnica para exercer a termografia. E isso pode trazer uma falsa segurança de afirmar achados térmicos de outras especialidades. Porém cuidado, isso caracteriza imperícia.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Dor e analgesia – parte 4

Já relatei muitas vezes que a principal dificuldade do terapeuta é fechar um diagnóstico que corrobore a dor do paciente sem nenhum exame de imagem. Isso porque, em organismos vivos, existem infindáveis possibilidades e justificativas para uma dor e isso torna um diagnóstico preciso muito difícil. Claro, temos comportamentos clássicos de lesões já conhecidas, mas as compensações destas lesões podem e vão ficar ocultas, o que dificulta muito mais o processo de analgesia.

Isto posto, o profissional que avalia um caso de dor sem exames de imagem fica muito preso em hipóteses diagnósticas, que podem ou não serem corroboradas ao longo da terapia. Isso irá influenciar diretamente na terapia aplicada e resultados alcançados. Assim, quando contamos com técnicas que nos ajudam a responder a dor relatada pelo paciente, torna-se mais fácil a elaboração a conclusão de um diagnóstico e a elaboração precisa do programa terapêutico, o monitoramento dos resultados e seus ajustes e o resultado em si.

Como no caso dos termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 44 anos, sem comorbidades e esportista que apresentou dor em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com compressão e irradiação de L4-L5 a direita.

Esse termograma facilitou muito o programa terapêutico e o monitoramento das diversas terapias aplicadas. Ainda, isso facilitou associar a evolução do tratamento a melhora do relato de dor do paciente, potencializando e muito os resultados terapêuticos, chegando rapidamente a promover a analgesia no paciente.

Dito isso, devemos conhecer o máximo de métodos e técnicas avaliativas para conseguirmos fechar um diagnóstico da forma mais precisa e este proporcionará um programa terapêutico muito mais efetivo.

Uma vez que se não acertarmos na avaliação, a probabilidade de sucesso é muito menos. Parafraseando Aristóteles: “O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito na medida em que avança.”

#dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Estado inflamatório e regeneração – parte 3

Na clínica, temos inúmeros casos de pacientes que chegam com dores “novas”, não relatadas ou apresentadas anteriormente.
Isso dificulta muito a continuidade da reabilitação, uma vez que quando planejamos o tratamento do paciente, se não havia este relato de disfunção e/ou dor, nós não consideramos como um ponto a ser estudado e tratado. Mas, ao longo da reabilidação, obviamente os pacientes se machucam e temos que lidar com estas novas inflamações.

Como no caso do termograma abaixo de um paciente do sexo feminino, 40 anos, sedentária, sem comorbidades e que apresentou dor em joelho direito. Ao realizar uma Análise Termofuncional foi detectado alterações térmicas que justificam a dor relatada pela paciente e o tratamento foi então adequado para analgesia.

Neste caso a continuidade da reabilitação foi comprometida até a melhora da dor da paciente. Isso dificulta muito a reabilitação completa, pois existem casos que constantemente o paciente se machuca.

Uma grande arma para se detectar e tratar precocemente é o correto uso da termografia, pois ela ajuda muito a escolhermos o método e/ou a técnica que melhor pode te atender naquele momento.

Pois uma simples solicitação de aplicação de crioterapia local, depois de entender o problema claro, já fará a paciente ter analgesia.
Somente o estudo profundo nos leva ao conhecimento para saber usar as melhores ferramentas que você tem em mãos.

Parafrasenando Aristóteles: “É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.”

#inflação #dor #fisioterapia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 3

A laserterapia é capaz de promover melhora significante na inflamação e, por consequência, na dor.

Na minha opinião, a técnica mais eficaz na clínica para tratamentos com inflamações.

Como no caso da sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 70 anos, sem comorbidades, mas com histórico de outras lesões e que apresentou dor em ombro direito. Foi realizada uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizente com a localização da cabeça longa do bíceps.

Foi solicitado então ressonância magnética de ombro e diagnosticado rotura completa do segmento intra-articular do cabo longo do bíceps braquial, com retração e localização do coto distal ao nível da metáfise umeral, justificando o gradiente encontrado.

Foi então iniciado tratamento com laserterapia e, em apenas 1 mês, já apresentou melhoras no gradiente. Só isso já traz um grande alívio na dor do paciente, além de termos a oportunidade de melhora da função.

Ainda estamos a alguns passos de termos os melhores equipamentos que promovam a completa regeneração em um espaço curto de tempo, mesmo assim, o laser hoje consegue prover grandes resultados clínicos.

O estudo constante da laserterapia nos mostra que quanto mais estudamos, mas temos a aprender e a conseguirmos produzir resultados cada vez mais fascinantes.

Dito isso, quem tem a oportunidade de estudar e usar o laser, use.

Desafio assim a todos que puderem fazerem uso da laserterapia para assim verem quão poderosa é essa técnica.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #laser #laserterapia

Sobre gradientes e formações – parte 3

A grande maioria dos profissionais da saúde não se qualificaram e muito menos certificaram no Método de Termografia Infravermelha e, por isso, subutilizam ou mesmo erram em princípios básicos do método. O erro mais comum é achar acreditar que a termografia apenas deve ser usada como uma análise quantitativa: valores térmicos.

Isso é um equívoco grave, pois a temperatura é a última análise a ser feita na termografia, bem depois dos termogramas serem corretamente capturados e processados em softwares dos fabricantes (isso é extremamente importante). Após estes passos, analisamos primeiramente o gradiente térmico e, depois a temperatura, se de fato foi detectado um risco nestes achados. A temperatura em si só valerá se todo o procedimento termográfico foi corretamente realizado e, se e somente se, existirem riscos associados a esta escala de temperatura.

Como na sequência de termogramas abaixo de uma paciente do sexo feminino, 82 anos, com várias comorbidades e que apresentou dor em região lombar direita. Este caso foi citado no post de 21/02/23 com o tema “Dor e analgesia – parte 2” e que não foi analisado de forma quantitativa (temperatura), mas sim qualitativa (gradiente). Isto porque o termograma não apresentou temperaturas de risco.

Isto invalidaria a análise? De forma alguma, pois o gradiente disse muito mais do que a temperatura. Desta forma, todo o tratamento proposto foi sobre o gradiente.

Após acompanhamento e tratamento com fisioterapia, a paciente apresentou melhora da dor e foi reavaliada com outra Análise Termofuncional, mostrando que de fato houve melhora da compressão. O gradiente térmico deste novo termograma (de 1 mês) mostra claramente como a compressão diminuiu, justificando a melhora do relato de dor da paciente.

Como comentado no post anterior, nem sempre a termografia pode ser usa apenas com análises quantitativas, mas em sua grande maioria das vezes ela nos auxilia em análises qualitativas. Ou seja, o gradiente térmico é o maior aliado nas biociências.

Como diria o mestre @Attílio Veratti: “Falha não é evento é processo”.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Dor e analgesia – parte 3

Agora vamos falar das diversas técnicas e métodos, os mais conhecidos, que promovem analgesia.

Para aqueles que não sabem, a temperatura é a segunda grandeza mais medida pelo homem, depois do tempo. Dito isso, de todos os sinais flogísticos (dor, rubor, calor), a temperatura é a única que podemos atuar de forma direta e por leigos.

Só que, a grande maioria dos profissionais da saúde não entende os efeitos da crioterapia e muito menos como usá-lo como terapia. A crioterapia já é estudada profundamente pela fisioterapia, pois a usamos como forma terapêutica.

Dito isso, talvez a forma mais simples, eficaz e segura de tratarmos um trauma é com a crioterapia. À medida que conseguimos baixar/controlar a intensidade da temperatura após o trauma, automaticamente ajudamos os tecidos a regenerar. Isso por si só já promove a analgesia.

Porém, deve-se ter muito cuidado com a intensidade do frio e o tempo de exposição, entre outros fatores. Existem sim contraindicações da aplicação da crioterapia. Todavia, quando ela é indicada e corretamente usada, teremos um auxiliar na regeneração e um forte indutor de analgesia.

Ouço muitos colegas da saúde criticarem a crioterapia, afirmando que ela não funciona. Para aqueles que desejarem derrubar seus tabus sobre a crioterapia, convido-os a lerem o livro que mais aprecio e que explica toda a ciência por trás da crioterapia, e este livro é “Crioterapia no Tratamento das Lesões Esportivas” (Kenneth L. Knight, Editora Manole; 1ª edição, 1994). Somente após este estudo será possível entender os efeitos físicos e teciduais da aplicação da crioterapia.

Parafraseando Aristóteles: “O ignorante afirma, o sábio dúvida, o sensato reflete.”

#dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Estado inflamatório e regeneração – parte 2

Vamos entrar agora nas diversas formas de induzirmos a regeneração. Vamos usar o trauma com ponto de referência inicial, que fica mais simples para entender.

Quando temos um trauma e iniciamos a resposta inflamatória temos diversos estágios que podemos induzir a regeneração. Claro, guardada as devidas proporções, quando mais precocemente atuarmos no trauma, mais podemos induzir a regeneração.

Então, vamos chamar de “janela mágica” os primeiros 15 dias de pós trauma. Isso porque nestes primeiros 15 dias temos o maior potencial de indução a regeneração e, dependendo da terapia aplicada, podemos induzir fortemente a regeneração celular.

Dito isso, devemos lembrar sempre que nestes 15 dias se não ultrapassarmos a capacidade do tecido, conseguiremos induzir o tecido ao desfecho da regeneração. Assim, quando possível, devemos usar estes primeiros 15 dias como indutor da regeneração. Porém, na clínica, é muito difícil o paciente chegar neste tempo, o que dificulta a indução à regeneração, mas não é impossível conseguirmos induzir após este período.

Como no caso da sequência de termogramas abaixo de uma paciente do sexo feminino, 74 anos e com várias comorbidades e fratura de patelas (bilateral) há 3 meses. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas que levantaram a hipótese de não consolidação. Foi solicitado exame de RX e verificado que a fratura não consolidou. Após 1 mês de tratamento foi realizado nova Análise Termofuncional e verificado melhora das alterações térmicas e foi solicitado novo exame de RX comprovando a quase completa consolidação óssea.

Sabendo cada fase da inflamação você saberá induzir a regeneração, este é o grande segredo para a indução à regeneração: conhecimento.

#inflação #dor #fisioterapia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 2

A laserterapia é uma técnica que utiliza a energia da luz para estimular os processos de regeneração e cura do corpo. Essa terapia tem sido utilizada há décadas para tratar diversas condições de saúde, incluindo lesões musculares, dores crônicas, inflamações e feridas.

No caso de inflamações de tornozelo, a laserterapia pode ser uma opção eficaz de tratamento para aliviar a dor e acelerar o processo de regeneração. Quando o laser é aplicado na área afetada, ele penetra profundamente nos tecidos, estimulando as células e promovendo a ativação da regeneração. Esse processo ajuda a reduzir a inflamação e a dor, além de estimular a troca dos tecidos lesionados pelos tecidos de origem. Só o fato da laserterapia promover a regeneração e diminuir a inflamação a analgesia tem início.

Os efeitos puramente analgésicos da laserterapia são resultado da liberação de endorfinas (substâncias produzidas para aliviar a dor). Além disso, a laserterapia também ajuda a reduzir a sensibilidade dos nervos periféricos, o que pode diminuir a percepção da dor.

A laserterapia pode ser realizada de diferentes formas, sendo que a mais comum é a aplicação do laser diretamente na pele. O procedimento é indolor e não invasivo, o que significa que não há necessidade de anestesia ou cortes. Geralmente, a terapia é realizada em sessões que duram entre 10 e 30 minutos, dependendo da gravidade da lesão e da resposta do paciente ao tratamento.

A laserterapia deve ser individualizado de acordo com as necessidades e características do caso de cada paciente. Além disso, a laserterapia não deve ser utilizada como tratamento único, mas sim como um complemento a outras terapias, pois a dor é multifatorial e depende também de outras técnicas.

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