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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 2

A grande maioria dos profissionais que fazem uso de termografia, acreditam que a temperatura “mais ou alta ou mais baixa” são os grandes indicadores de inflamação. Porém, como a correta formação no Método de Termografia Infravermelha nos ensina, nem de longe apenas a temperatura é o grande indicador e marcador risco.

Para aqueles que não sabem, antes da temperatura devemos primeiro entender os achados térmicos através do gradiente que, de longe, é o nosso grande aliado no MTI.

O entendimento do gradiente separa os curiosos que usam termografia dos termografistas master (Nível 3 e Categoria 3), pois com o conhecimento pleno de seu uso, sabemos em sua grande maioria das vezes que há um problema naquele local e o processo pelo qual há a transferência de calor. Isso diz muito ao termografista, principalmente o sentido do fluxo de calor que, para nós da saúde, mostra principalmente um vetor de forças.

A grandeza vetorial que o gradiente nos mostra nos ajuda muito mais do que a temperatura em si, inclusive esse princípio é usado em mecânica, elétrica, fornos e todas as outras especialidades que fazem uso da termografia. O gradiente nos permite entender os diversos processos de sobrecargas apresentados nas situações estudadas e, dependendo da área, pode explicar as causas da inflamação.

Na sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 36 anos e sem histórico de comorbidades e apresentou dores em joelhos. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado algumas alterações térmicas sem grandes alterações de temperatura. O que de fato auxiliou no diagnóstico foi o gradiente que revelou alterações de cadeias musculares e seus desequilíbrios.
Portanto, não é a temperatura em si que responde as diversas dúvidas da análise, mas sim o gradiente. Até porque, a primeira linha de análise que fazemos instintivamente é sobre o gradiente, vide os princípios das paletas de baixo contraste.

Ah o gradiente, nosso maior aliado.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Dor e analgesia – parte 2

Na clínica, quase sempre a chegada do paciente ao consultório é por motivo de dor, seguido por alguma disfunção (podendo estar ou não associado a dor). Dito isso, no objetivo terapêutico devemos sempre colocar a analgesia e, quase que em sua integralidade, o programa terapêutico fica litado por não sabermos o que de fato está acontecendo no tecido.

Assim, quando um paciente chega com uma dor, devemos sempre ter em mente que um exame de imagem pode muito bem nos mostrar o que de fato está provocando a dor e o programa terapêutico poderá focar precisamente na causa da dor, e não em sua consequência. Porque se focarmos na dor e não em sua causa, nunca entregaremos a analgesia ao paciente, apenas momentos de analgesia. Ainda, corremos o risco de aplicar qualquer carga e a dor se agravar.

Como um método de segurança, tanto técnica quanto jurídica, após entender o caso e levantar uma hipótese diagnóstica, eu sempre solicito exames de imagens para fechar o diagnóstico (quando o paciente não os tem). Isso me ajudará não só a determinar quando e como iniciar a carga terapêutica como poderá me proteger juridicamente.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 82 anos e com histórico de várias comorbidades e que apresentou dor em região lombar direita. Ao realizar uma Análise Termofuncional, foi detectado uma alteração térmica correspondente a irradiação de L3-L4 e L4-L5, foi então sugerido um exame de ressonância magnética para determinarmos o grau de lesão tecidual.
Somente após o exame de imagens para determinarmos como podemos proceder em casos assim, pois qualquer carga aplicada pode agravar a dor e a limitação da paciente.

Por isso é importante termos em mãos exames de imagens complementares para podermos programar corretamente o objetivo terapêuticos e suas várias fases e incremento de carga ao longo do processo de reabilitação.

#dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Estado inflamatório e regeneração – parte 1

A inflamação é uma resposta natural do organismo a agressões/lesões e que tem como objetivo proteger e restaurar os tecidos afetados e, quando tudo acontece de forma coordenada, o tecido almeja sempre chegar a regenerar tecidual. A inflamação é caracterizada por uma série de alterações bioquímicas e celulares que ocorrem no local da lesão, resultando em sintomas como dor entre outros (vermelhidão, inchaço e calor).

O aparecimento da dor na inflamação é resultado da ativação de fibras nervosas que respondem a estímulos mecânicos, térmicos e químicos. Essas fibras nervosas (nociceptores) são ativadas pela liberação de substâncias químicas inflamatórias (como a bradicinina e prostaglandinas) que sensibilizam as terminações nervosas e aumentam a resposta aos estímulos dolorosos. Além disso, a inflamação pode estimular a produção de substâncias químicas (TNF entre outros) que também contribuem para a geração da dor.

Quando a inflamação chega num certo patamar de intensidade, estes neurônios são ativados e a sinalização cerebral é acionada para gerar um mecanismo de proteção. Este mecanismo de dor é ativado para que possamos “imobilizar” o local, permitindo tempo para a célula tentar regenerar a lesão.

Quando respeitamos as fases da inflamação, conseguimos chegar a tão sonha regeneração. Se algo atrapalhar o processo minucioso que é a regeneração, o desfecho será a reparação. Às vezes, este não é um desfecho ruim, podendo ser muito bem utilizado, mas sempre devemos almejar a regeneração.

Desta forma, se colocarmos a regeneração como objetivo principal da reabilitação, os processos terapêuticos deverão ser mais acertados em relação ao melhor desfecho do processo, promovendo a completa restauração da funcionalidade do tecido.

Por isso, quando o paciente apresenta uma inflamação com presença de dor, devemos sempre almejar atingir o processo regenerativo, porque assim promoveremos de forma indireta a analgesia. Agora o inverso não é verdadeiro, almejar inicialmente a analgesia não determina que o desfecho final será a regeneração. Ah a regeneração, nosso maior objetivo.

#inflação #dor #fisioterapia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 1

A radiação laser promove efeitos celulares e teciduais no local de sua aplicação, mas o que poucos fisioterapeutas sabem é que ela também promove efeitos locais e distantes do local da sua aplicação. E estes efeitos distantes nos ajudam muito na regeneração tecidual, porque quando nos deparamos com lesões teciduais estas normalmente não são apenas locais. Além disso, o tecido sofre com a sobrecarga imposta pelo local da lesão, gerando compensações teciduais dispersas ao foco originário da lesão.

Esta sobrecarga gera um mecanismo vicioso de lesão-sobrecarga-mais lesão dificultando a regeneração tecidual e a reabilitação. Um grande auxiliador para se quebrar este ciclo é justamente a laserterapia, pois ela induz fortemente à regeneração celular e tecidual do local da lesão e seu entorno.

Este efeito pode ser visto no vídeo termográfico abaixo de uma aplicação de laserterapia em uma lesão tendínea em tornozelo esquerdo. Pode-se notar as diversas reações teciduais com a aplicação e absorção da radiação no tecido, inclusive em áreas bem distantes da aplicação. Isto demostra claramente que o tecido reage a radiação de forma local e distante, por isso conseguimos ver estas as reações no vídeo.
Portanto, a grande arma do fisioterapeuta para a indução à regeneração é a laserterapia, pois somente com ela podemos quebrar o ciclo vicioso de lesão-sobrecarga-lesão, promovendo a regeneração tecidual.

Este efeito vai ajudar muito na rápida reabilitação do paciente, somado a isso o efeito tecidual da aplicação da laserterapia é único: a regeneração celular. Dito isso, a laserterapia de longe é a maior arma regenerativa do fisioterapeuta.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #laser #laserterapia

Laserterapia 1 – 25-01-23

Dor e analgesia – parte 1

Na clínica, a grande dificuldade é tirar a dor apresentada pelo paciente e manter a funcionalidade do tecido ao mesmo tempo. Esta dificuldade acontece porque quando temos dor por períodos longos de tempo (crônico), desenvolvemos inúmeros mecanismos compensatórios que acabam por gerar limitação funcional e esta limitação gera mais dor. Este é um processo compensatório e vicioso de retroalimentação: dor-compensação-limitação-dor.

Assim, quando o paciente chega com estes mecanismos de proteção ativos (nosso “gesso” funcional = imobilismo e limitação articular) temos uma tarefa complexa que é diminuir a compensação e ganhar amplitude para, por fim, diminuir a dor. Mas este é um processo doloroso para o paciente: retirar o “gesso” funcional para chegar à analgesia. Claro, à medida que se ganha diminuição das compensações e limitações já ganhamos parcialmente uma analgesia (na intensidade da dor), porém ainda demora algumas fases para chegarmos a tão sonhada e completa analgesia.

Um segredo que ninguém conta é que a analgesia acontece quando ganhamos FUNCIONALIDADE. Claro, ao mesmo tempo aplicamos medidas analgésicas, mas sem ganho de funcionalidade a analgesia não permanece.

Como na sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 38 anos e sem comorbidades e que apresentou dor em região lombar e pé direitos de forma limitante (limitação de deambulação). Foi realizado um Exame Termofuncional e constatado dermátomos correspondentes à raiz de L1-L5. Foi então tratado de forma a tirar primeiramente a compensação, depois a limitação e, por fim, a analgesia se apresentou de forma completa.

Portanto, o foco para dores crônicas sempre será tirar o “gesso” funcional para, por fim, chegarmos à analgesia completa, pois a sintomatologia é sempre multifatorial.

#dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 1

Na clínica, o grande desafio do fisioterapeuta é explicar para o paciente sobre a disfunção que ele possui. Mais ainda, explicar porque aquela disfunção muitas vezes não corresponde com a dor relatada pelo paciente, pois o paciente pode chegar com uma dor e esta ser consequência de uma disfunção mais complexa e profunda.

Quando isso acontece, o paciente não entende por que temos que tratar a disfunção (causa) ao mesmo tempo que tratamos a dor (consequência), pois para o paciente tratar a dor é a solução. Mas, para nós fisioterapeutas, a disfunção é a chave para a assintomatologia, volta da funcionalidade e promoção da saúde.

Como na sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, de 55 anos, sem comorbidades e com relato de rigidez em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e, na análise quantitativa, não apresentou nenhuma alteração significante. Já quando foi feito a análise qualitativa, o gradiente revelou uma sobrecarga na musculatura da região lombar, corroborando com o relato de dor do paciente.

Como visto no exemplo acima, nem sempre precisamos ter aumento de temperatura fora da escala de normalidade para termos uma resposta (análise quantitativa). Nem sempre é preciso análises complexas para obtermos respostas fidedignas, pois temos formas mais simples e altamente eficazes de analisarmos as dores relatadas pelos pacientes, como o gradiente (análise qualitativa). De longe o gradiente é o maior aliado do fisioterapeuta.

Ah o gradiente, o grande artista do infravermelho.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 12

E para fechar o ano com a minha paixão, vamos a um último post da laserterapia.

A laserterapia é de longe a melhor terapia regenerativa na mão do fisioterapeuta, basta estudar e ter um equipamento bom em mãos.

A laserterapia é imensamente usada na área da odonto e estética, mas infelizmente na fisioterapia é pouco usada e, quando usada, muito mal-usada.

Mas se os profissionais fisioterapeutas soubessem como a laserterapia pode ajudar a ter resultados incríveis em suas terapias, não viveriam sem ter no mínimo uns 2 equipamentos.

Como no caso da sequência de termogramas baixou de um paciente do sexo masculino, 38 anos e com relato de início de dores em região lombar à esquerda. Para iniciar analgesia, foi aplicado apenas a laserterapia com resultado visto na sessão seguinte, com plena recuperação da área contraturada.

Ah a luz, com certeza esta é a melhor forma de regenerar.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Sobre gradientes e análise termográfica – parte 12

E para encerrar o ano com este tema, uma brincadeira simples para vermos os diversos gradientes e como avaliá-los.

Nos 2 termogramas abaixo, vemos uma cafeteira preparando uma xícara de café. As imagens são as mesmas, porém foram trabalhadas de formas diferentes, com parâmetros e funções de um processador de imagens térmicas simples. Em uma imagem podemos ver claramente a volume de líquido na xícara e na outra não, porém na outra imagem vemos uma “falha” no fio de líquido que recai sobre a xícara.

Por que isso ocorre se são a mesma imagem? Porque uma foi processada de uma forma, com nível diferentes de temperatura e paletas (entre outras coisas) e a outra de forma completamente diferente. Isso gera uma imagem específica para cada uma. Mas qual seria a melhor? Ambas, tudo depende do que se quer analisar.

O grande segredo de uma avaliação é saber o que procurar e como procurar, estabelecendo parâmetros para a correta coleta de dados e executando de forma exímia. Pois você pode ter a melhor ferramentas, a melhor das técnicas e o melhor dos equipamentos, porém se você não souber o que está procurando e como procurar você não saberá usar corretamente o que tiver em mãos.

Dito isso, como no exemplo acima, você pode ter uma câmera térmica simples de média resolução, mas ela será uma grande aliada para detectar as alterações térmicas que você procura. Porque no final das contas, a avalição começa com uma boa coleta de história da moléstia atual. O resto são testes de hipóteses.

Parafrasendo Sherlock Holmes: “Eu sou um cérebro, Watson. O resto é mero apêndice.”

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 12

Na clínica, após determinar a disfunção, o maior desafio é tratar a dor. Este com certeza é o primeiro grande desafio de todo clínico, porque sem retirar a dor, não conseguimos evoluir o tratamento.

Dito isso, devemos sempre estudar todas os métodos e técnicas que podem ser usados para a analgesia para saber como e quando usá-los. Pois como a dor é complexa, necessitaremos sempre de mais de um método ou técnica para conseguir chegar na tão esperada fase assintomática.

Uma das técnicas que mais tenho resultado, de longe, para a analgesia é a laserterapia. Em muitos casos, o paciente relata um efeito analgésico quase imediatamente a aplicação da radiação laser. Isso permite aplicar técnicas de correção biomecânica e fortalecimento sem risco de agravar a disfunção.

Como dito em posts anteriores, a laserterapia promove analgesia através de vários efeitos decorrentes de princípios físicos, muito bem conhecidos. Um princípio físico que podemos ver e mensurar é o aquecimento provocado pela radiação laser. Como no vídeo em infravermelho abaixo, onde vemos uma aplicação de laserterapia e, consequentemente, seu aumento de temperatura.

Com isso, podemos determinar se um efeito deseja está acontecendo ou não, para melhor sua aplicação sessão a sessão.

Com o conhecimento e a experiência, conseguimos até prever quando e como os efeitos terapêuticos da reabilitação pode acontecer e quando a analgesia pode chegar em sua plenitude. Porque, no final, quem vai em busca de clínicos, vai quase que primeiramente e inteiramente para ter analgesia.

Dor e clínica, com certeza é o cenário que todos nós da saúde vivenciamos.

#dor #fisioterapia #termografia