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Estado inflamatório e clínica – parte 6

A grande sacada da regeneração em processos inflamatórios é saber ouvir muito bem o relato da história de dor do paciente, tal como forma e intensidade da dor, movimento, quando começou, que momento piorou etc.

O relato sempre apresenta grandes pistas sobre a intensidade e o grau da inflamação e em que processo o paciente está caminhando: regenerativo, reparativo ou degenerativo.

Assim, se você souber guiar a avalição para as perguntas certas, você obterá o início e o caminho que esta inflamação está seguindo. Acertar este caminho torna a reabilitação muito mais precisa e mais segura.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 38 anos, sem comorbidades e com relato de dor em dorso de punho esquerdo chegando a ser limitante. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com o relato de dor da paciente.

No programa terapêutico foi incluído técnicas regenerativas como o alongamento, manipulação e a laserterapia. Neste programa, à medida que a dor foi diminuindo e, consequentemente a inflamação, a implementação de cargas puderam ser iniciadas com segurança.

Em casos assim, com dor limitante, a inflamação nos diz que cargas podem ser perigosas neste momento. Isso porque o mecanismo mais eficiente do organismo para nos mostrar que a intensidade da inflamação esta associada com o grau de comprometimento tecidual é a dor intensa e limitante. Em casos leves, podemos iniciar a carga precocemente.

O grande segredo da regeneração é ouvirmos os sinais e sintomas que o paciente nos relata. Até porque, fisio (movimento) e terapia (aplicação) também pode ser interpretada como um simples bom ouvinte da célula.

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 6

Ter o conhecimento do Método de Termografia Infravermelha e da Técnica Termofuncional permite ao termografista certificado o pleno uso das paletas de cores na hora de processar os termogramas.

Dito isso, para quem desconhece o potencial de uso das paletas de cores, devemos lembrar que a termografia não mede temperaturas, mas intensidade da radiação captada pela câmera. As variações de intensidade de radiação, denominadas gradientes, podem ser salientadas através do uso correto de paletas com maior ou menor contraste de cores.

Como na sequência de termogramas abaixo de uma demonstração de aula. Podemos ver que as diferentes paletas mostram diferentes gradientes.

Qual seria o melhor? Não existe uma paleta única que saliente todas as alterações térmicas e muito menos todos os gradientes. Cada paleta de cores tem uma função e apenas o termografista certificado possui o conhecimento do método para saber selecionar a mais adequada.

Aqueles que não possuem o correto conhecimento do método e da técnica ficam presos a apenas uma única paleta de cores facilitando erros primários. Nem ao menos possuem conhecimento das diferenças de interpretação entre termogramas formatados em Histograma Equalizado e Temperatura Linear.

É importante também salientar a pobreza de opções nas paletas disponibilizadas pelos fabricantes dos sistemas infravermelhos. A maioria dos fabricantes não permite a introdução de paletas próprias e aqueles que permitem cobram por isso, sem repassar aos autores seus direitos.

Portanto, a escolha da melhor paleta de cores para uma determinada análise térmica passa por uma correta formação e um profundo conhecimento do método e da técnica utilizada.

Parafraseando Aristóteles: “O erro acontece de vários modos, enquanto ser correto é possível apenas de um modo.”

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Dor e analgesia – parte 6

Tratar a dor é de fato a grande chave do sucesso na reabilitação para implementarmos a carga, promovendo a volta completa da funcionalidade ao paciente.

Sem promovermos a analgesia a fase de carga não pode ser iniciada e, por consequência, a disfunção domina a reabilitação. Assim, conseguirmos alcançar a analgesia de forma rápida é o segredo do sucesso na reabilitação. Já conseguirmos permanecer com a assintomatologia após o incremento de carga é a grande diferença entre a completa funcionalidade e o insucesso, ou seja, a volta da dor.

Como no exemplo do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 52 anos, sem comorbidade e com relato de dor em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com a irradiação de L5-S1. Isto posto, todo o tratamento foi elaborado para a diminuição da compressão nervosa e analgesia.

Isso permitiu progredir gradualmente com a carga a ponte de não exceder a capacidade de regeneração do tecido, não voltando a dor. Com isso, o avanço da reabilitação tona-se possível e a funcionalidade ser completa.

As pequenas oscilações entre dor e assintomatologia podem ser monitoradas, controladas e superadas a ponto do paciente pode retornar a sua rotina no dia a dia e até a volta da atividade física.

Parafraseando Aristóteles: “O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.”

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Estado inflamatório e regeneração – parte 5

Na fisioterapia, a liberação de carga refere-se à estratégia de remover a carga ou o peso sobre a área afetada durante o processo de reabilitação e aplicá-la gradualmente somente quando o tecido estiver apto. Isso é feito para permitir que o tecido lesionado se recupere adequadamente sem sobrecarregar ou lesar novamente a área.

Isso porque a liberação de carga é uma abordagem que busca equilibrar a necessidade de imobilizar e proteger a área lesada com a necessidade de promover a recuperação funcional e a restauração da força e mobilidade. O objetivo é permitir que o processo de cicatrização ocorra sem comprometer a integridade dos tecidos e, ao mesmo tempo, evitar a perda excessiva de massa muscular, diminuição da densidade óssea e rigidez articular.

A estratégia de liberação de carga pode variar dependendo do tipo e da gravidade e intensidade da inflamação. Em alguns casos, pode ser necessário o repouso absoluto inicial e a aplicação de modalidades terapêuticas, como gelo, compressão e elevação (conhecidas como RICE, do inglês “rest, ice, compression, elevation”). À medida que a cicatrização progride e a dor diminui, a carga pode ser gradualmente reintroduzida por meio de exercícios terapêuticos e atividades específicas.

O cuidado entre a liberação e a aplicação da carga e a regeneração é o segredo para a completa regeneração celular e a volta a funcionalidade. O profundo conhecimento das várias fases do estado inflamatório e das diversas técnicas de aplicação de cargas é o que separa dos melhores resultados para a ausência de resultados.

Neste racional, a sabedoria está sempre no equilíbrio da liberação da carga. Parafraseando Aristóteles: “A dúvida é o princípio da sabedoria.”

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 5

No universo do Método de Termografia Infravermelha o gradiente (análise qualitativa) torna-se a chave para a interpretação e o entendimento dos relatos de dores e disfunções dos pacientes, muito mais do que a temperatura (análise quantitativa) em si.

Assim, quanto temos o profundo conhecimento deste método e suas técnicas derivadas, passamos a entender e usar muito mais o gradiente do que a temperatura. Até porque, como ainda não temos parâmetros fidedignos de graus risco (escalas de temperatura) de disfunções, estes ainda não podem ser usados como forma exclusiva de risco. Além disso, existem outros sinais e sintomas que já demonstram a gravidade da disfunção sem termos a apresentação de grandes alterações de temperatura.

Como visto no termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 50 anos, sem comorbidades, praticante de atividade física, sem exames prévios de imagens e com relato de dor associado a limitação de movimento da região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional onde não foram detectados riscos térmicos. Porém, através do gradiente, foi detectado alterações térmicas condizentes com irradiação em forma de “Asa de morcego” ©.

Este gradiente facilitou muito o entendimento da causa de dor, inclusive a progressão desta, se não tratada. Isso facilitou muito na hora de explicar a paciente como a progressão da disfunção poderia acontecer e como a reabilitação poderia diminuir esta.

Quando temos um gradiente que descreve a forma da disfunção, fica mais fácil interpretar e associar os achados clínicos com os sintomas do paciente. Entretanto, não ter o conhecimento profundo dos métodos e técnicas pode levá-lo facilmente ao erro, pois a imperícia promove o viés de “crença” e esta ameaça a validade da interpretação.

Dito isso, e como comentado em posts anteriores, somente com o profundo conhecimento de cada método e técnica utilizados para saber como analisar e interpretar corretamente o gradiente, pois “a forma é um vetor de forças”.

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Estado inflamatório e regeneração – parte 4

Uma grande dificuldade na clínica é quando o paciente chega imobilizado e passamos para a fase de liberação de carga.
Isso porque após uma lesão, a área acometida é submetida a um estresse metabólico e mecânico, resultantes das alterações fisiológicas da inflamação. Isso desencadeia uma resposta temporária como parte do processo de regeneração e adaptação dos tecidos.

É uma fase muito delicada, pois ela busca equilibrar a necessidade da retirada da imobilização, que é um meio de proteger a área lesada, com a necessidade de promover a mobilidade, a restauração da força para alcançar a plena recuperação funcional. O objetivo é permitir que o processo de regeneração ocorra sem comprometer a integridade dos tecidos e, ao mesmo tempo, evitar a perda excessiva de massa muscular, a rigidez articular e diminuição da densidade óssea.

A estratégia de liberação de carga pode variar muito dependendo do tipo e da gravidade da lesão, mas à medida que a regeneração ou cicatrização progridem e a dor diminui, a carga pode ser gradualmente reintroduzida por meio de exercícios terapêuticos e atividades específicas.

Desta forma conseguimos reabilitar o paciente no máximo potencial de sua regeneração, mesmo após ele ter iniciado a reabilitação através de um processo de reparação.

Um exemplo disso pode ser visto através do vídeo radiométrico abaixo, em que um paciente está no seu início de liberação de carga (vertical e unipodal) após uma cirurgia de tendão de calcâneo que teve uma fase de comprometimento (infecção com ferida aberta). Após melhora do quadro, a liberação da carga foi ocorrendo gradualmente e de forma segura.

A carga é muito bem vida, mas deve ser implementada no momento certo e de forma progressiva, sem retrocedermos o quadro de dor e função, pois eles são nossos marcadores de sobrecarga.

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 4

Muitos profissionais da saúde me perguntam se a termografia pode dar diagnóstico ou “semi-diagnóstico”.

A resposta é não. O Método de Termografia Infravermelha não é adequado para gerar “diagnósticos”, mas sim como uma análise térmica e monitoramento de condição, ambas qualitativa ou quantitativamente.

Como dito várias vezes, câmeras termográficas não captam temperatura, mas sim a radiação naturalmente emitida pelos corpos EM FUNÇÃO DE SUA TEMPERATURA, através da conversão dessa informação de radiação em temperatura.

A termografia infravermelha pode ser usada como método de triagem, como avaliação e não de forma exclusiva de diagnóstico. Já ao afirmar um achado termográfico após validação de outros métodos diagnósticos é similar ao dito “engenheiro de obra pronta”.

Assim, quando um paciente chega em seu consultório sem nenhum diagnóstico por imagem prévio, com exceção de alguma grande anomalia termográfica, atente-se exclusivamente para a sua especialidade no uso da termografia infravermelha. Ao detectar alguma anomalia térmica fora de sua especialidade, não afirme nada, mas indique um especialista para as investigações apropriadas.

O gradiente nos mostra uma diversidade de processos oque estão correndo no organismo, mas não é ela que determinará um diagnóstico e nem você poderá invadir as demais especialidades afirmando algo que não é de seu conhecimento.

Como visto no exemplo abaixo de uma paciente do sexo feminino, 43 anos, sem comorbidades e com relato de dor em punho esquerdo. O gradiente nos mostra algumas alterações térmicas condizentes com o relato de dor em punho, mas outras aparecem em dedos. Poderia ser um comprometimento nervoso ou vascular? Talvez. É você que deve diagnosticar isso através da termografia? O que fazer? Indique um colega especialista, não afirme nada e trate a dor que é a sua especialidade.

Infelizmente hoje, com exceção da Termofuncional, nenhum procedimento na saúde que faça uso da termografia infravermelha possui um Termografia certificado Nível 3 ou Categoria 3 pela ABENDI, não podendo estes assumirem a responsabilidade técnica para exercer a termografia. E isso pode trazer uma falsa segurança de afirmar achados térmicos de outras especialidades. Porém cuidado, isso caracteriza imperícia.

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Dor e analgesia – parte 4

Já relatei muitas vezes que a principal dificuldade do terapeuta é fechar um diagnóstico que corrobore a dor do paciente sem nenhum exame de imagem. Isso porque, em organismos vivos, existem infindáveis possibilidades e justificativas para uma dor e isso torna um diagnóstico preciso muito difícil. Claro, temos comportamentos clássicos de lesões já conhecidas, mas as compensações destas lesões podem e vão ficar ocultas, o que dificulta muito mais o processo de analgesia.

Isto posto, o profissional que avalia um caso de dor sem exames de imagem fica muito preso em hipóteses diagnósticas, que podem ou não serem corroboradas ao longo da terapia. Isso irá influenciar diretamente na terapia aplicada e resultados alcançados. Assim, quando contamos com técnicas que nos ajudam a responder a dor relatada pelo paciente, torna-se mais fácil a elaboração a conclusão de um diagnóstico e a elaboração precisa do programa terapêutico, o monitoramento dos resultados e seus ajustes e o resultado em si.

Como no caso dos termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 44 anos, sem comorbidades e esportista que apresentou dor em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com compressão e irradiação de L4-L5 a direita.

Esse termograma facilitou muito o programa terapêutico e o monitoramento das diversas terapias aplicadas. Ainda, isso facilitou associar a evolução do tratamento a melhora do relato de dor do paciente, potencializando e muito os resultados terapêuticos, chegando rapidamente a promover a analgesia no paciente.

Dito isso, devemos conhecer o máximo de métodos e técnicas avaliativas para conseguirmos fechar um diagnóstico da forma mais precisa e este proporcionará um programa terapêutico muito mais efetivo.

Uma vez que se não acertarmos na avaliação, a probabilidade de sucesso é muito menos. Parafraseando Aristóteles: “O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito na medida em que avança.”

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Estado inflamatório e regeneração – parte 3

Na clínica, temos inúmeros casos de pacientes que chegam com dores “novas”, não relatadas ou apresentadas anteriormente.
Isso dificulta muito a continuidade da reabilitação, uma vez que quando planejamos o tratamento do paciente, se não havia este relato de disfunção e/ou dor, nós não consideramos como um ponto a ser estudado e tratado. Mas, ao longo da reabilidação, obviamente os pacientes se machucam e temos que lidar com estas novas inflamações.

Como no caso do termograma abaixo de um paciente do sexo feminino, 40 anos, sedentária, sem comorbidades e que apresentou dor em joelho direito. Ao realizar uma Análise Termofuncional foi detectado alterações térmicas que justificam a dor relatada pela paciente e o tratamento foi então adequado para analgesia.

Neste caso a continuidade da reabilitação foi comprometida até a melhora da dor da paciente. Isso dificulta muito a reabilitação completa, pois existem casos que constantemente o paciente se machuca.

Uma grande arma para se detectar e tratar precocemente é o correto uso da termografia, pois ela ajuda muito a escolhermos o método e/ou a técnica que melhor pode te atender naquele momento.

Pois uma simples solicitação de aplicação de crioterapia local, depois de entender o problema claro, já fará a paciente ter analgesia.
Somente o estudo profundo nos leva ao conhecimento para saber usar as melhores ferramentas que você tem em mãos.

Parafrasenando Aristóteles: “É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.”

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