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Estado inflamatório e clínica – parte 6

A grande sacada da regeneração em processos inflamatórios é saber ouvir muito bem o relato da história de dor do paciente, tal como forma e intensidade da dor, movimento, quando começou, que momento piorou etc.

O relato sempre apresenta grandes pistas sobre a intensidade e o grau da inflamação e em que processo o paciente está caminhando: regenerativo, reparativo ou degenerativo.

Assim, se você souber guiar a avalição para as perguntas certas, você obterá o início e o caminho que esta inflamação está seguindo. Acertar este caminho torna a reabilitação muito mais precisa e mais segura.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 38 anos, sem comorbidades e com relato de dor em dorso de punho esquerdo chegando a ser limitante. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com o relato de dor da paciente.

No programa terapêutico foi incluído técnicas regenerativas como o alongamento, manipulação e a laserterapia. Neste programa, à medida que a dor foi diminuindo e, consequentemente a inflamação, a implementação de cargas puderam ser iniciadas com segurança.

Em casos assim, com dor limitante, a inflamação nos diz que cargas podem ser perigosas neste momento. Isso porque o mecanismo mais eficiente do organismo para nos mostrar que a intensidade da inflamação esta associada com o grau de comprometimento tecidual é a dor intensa e limitante. Em casos leves, podemos iniciar a carga precocemente.

O grande segredo da regeneração é ouvirmos os sinais e sintomas que o paciente nos relata. Até porque, fisio (movimento) e terapia (aplicação) também pode ser interpretada como um simples bom ouvinte da célula.

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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 6

Os efeitos da radiação laser já são muito bem conhecidos, principalmente em nível celular.

Em nível celular, a radiação laser pode aumentar a atividade metabólica das células, promovendo a produção de adenosina trifosfato (ATP), que é a principal molécula de energia celular. Esse aumento na produção de ATP fornece energia adicional para as células envolvidas no processo de regeneração, biomodulando a proliferação celular.

Agora, os efeitos sobre a regeneração celular estão associados a modulação da expressão de genes relacionados a este, promovendo a síntese de proteínas e fatores de crescimento que são essenciais para a regeneração de tecidos. Esses fatores de crescimento podem estimular a migração de células-tronco, a formação de novos vasos sanguíneos e a remodelação do tecido danificado.

Além disso, a radiação laser também estimula a produção de colágeno, uma proteína essencial para a regeneração e a cicatrização de tecidos. O aumento da síntese de colágeno contribui para a reconstrução adequada da matriz extracelular (arcabouço base da arquitetura celular), resultando em uma regeneração mais eficiente dos tecidos.

É importante ressaltar que os efeitos da radiação laser na regeneração celular podem variar dependendo dos parâmetros utilizados, como comprimento de onda, dose de energia e tempo de exposição. Esses parâmetros devem ser ajustados de acordo com o tipo de tecido a ser tratado e a condição clínica específica.

Portanto, para atingir resultados regenerativos com a aplicação da radiação laser, deve-se conhecer profundamente toda a ciência da radiação infravermelha e todo o processo de regeneração celular para, por fim, saber aplicar a laserterapia com resultados regenerativos.

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 6

Ter o conhecimento do Método de Termografia Infravermelha e da Técnica Termofuncional permite ao termografista certificado o pleno uso das paletas de cores na hora de processar os termogramas.

Dito isso, para quem desconhece o potencial de uso das paletas de cores, devemos lembrar que a termografia não mede temperaturas, mas intensidade da radiação captada pela câmera. As variações de intensidade de radiação, denominadas gradientes, podem ser salientadas através do uso correto de paletas com maior ou menor contraste de cores.

Como na sequência de termogramas abaixo de uma demonstração de aula. Podemos ver que as diferentes paletas mostram diferentes gradientes.

Qual seria o melhor? Não existe uma paleta única que saliente todas as alterações térmicas e muito menos todos os gradientes. Cada paleta de cores tem uma função e apenas o termografista certificado possui o conhecimento do método para saber selecionar a mais adequada.

Aqueles que não possuem o correto conhecimento do método e da técnica ficam presos a apenas uma única paleta de cores facilitando erros primários. Nem ao menos possuem conhecimento das diferenças de interpretação entre termogramas formatados em Histograma Equalizado e Temperatura Linear.

É importante também salientar a pobreza de opções nas paletas disponibilizadas pelos fabricantes dos sistemas infravermelhos. A maioria dos fabricantes não permite a introdução de paletas próprias e aqueles que permitem cobram por isso, sem repassar aos autores seus direitos.

Portanto, a escolha da melhor paleta de cores para uma determinada análise térmica passa por uma correta formação e um profundo conhecimento do método e da técnica utilizada.

Parafraseando Aristóteles: “O erro acontece de vários modos, enquanto ser correto é possível apenas de um modo.”

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Dor e analgesia – parte 6

Tratar a dor é de fato a grande chave do sucesso na reabilitação para implementarmos a carga, promovendo a volta completa da funcionalidade ao paciente.

Sem promovermos a analgesia a fase de carga não pode ser iniciada e, por consequência, a disfunção domina a reabilitação. Assim, conseguirmos alcançar a analgesia de forma rápida é o segredo do sucesso na reabilitação. Já conseguirmos permanecer com a assintomatologia após o incremento de carga é a grande diferença entre a completa funcionalidade e o insucesso, ou seja, a volta da dor.

Como no exemplo do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 52 anos, sem comorbidade e com relato de dor em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com a irradiação de L5-S1. Isto posto, todo o tratamento foi elaborado para a diminuição da compressão nervosa e analgesia.

Isso permitiu progredir gradualmente com a carga a ponte de não exceder a capacidade de regeneração do tecido, não voltando a dor. Com isso, o avanço da reabilitação tona-se possível e a funcionalidade ser completa.

As pequenas oscilações entre dor e assintomatologia podem ser monitoradas, controladas e superadas a ponto do paciente pode retornar a sua rotina no dia a dia e até a volta da atividade física.

Parafraseando Aristóteles: “O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.”

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Estado inflamatório e regeneração – parte 5

Na fisioterapia, a liberação de carga refere-se à estratégia de remover a carga ou o peso sobre a área afetada durante o processo de reabilitação e aplicá-la gradualmente somente quando o tecido estiver apto. Isso é feito para permitir que o tecido lesionado se recupere adequadamente sem sobrecarregar ou lesar novamente a área.

Isso porque a liberação de carga é uma abordagem que busca equilibrar a necessidade de imobilizar e proteger a área lesada com a necessidade de promover a recuperação funcional e a restauração da força e mobilidade. O objetivo é permitir que o processo de cicatrização ocorra sem comprometer a integridade dos tecidos e, ao mesmo tempo, evitar a perda excessiva de massa muscular, diminuição da densidade óssea e rigidez articular.

A estratégia de liberação de carga pode variar dependendo do tipo e da gravidade e intensidade da inflamação. Em alguns casos, pode ser necessário o repouso absoluto inicial e a aplicação de modalidades terapêuticas, como gelo, compressão e elevação (conhecidas como RICE, do inglês “rest, ice, compression, elevation”). À medida que a cicatrização progride e a dor diminui, a carga pode ser gradualmente reintroduzida por meio de exercícios terapêuticos e atividades específicas.

O cuidado entre a liberação e a aplicação da carga e a regeneração é o segredo para a completa regeneração celular e a volta a funcionalidade. O profundo conhecimento das várias fases do estado inflamatório e das diversas técnicas de aplicação de cargas é o que separa dos melhores resultados para a ausência de resultados.

Neste racional, a sabedoria está sempre no equilíbrio da liberação da carga. Parafraseando Aristóteles: “A dúvida é o princípio da sabedoria.”

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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 5

Você sabe qual o potencial da laserterapia na indução da regeneração celular?

Conhecer todo o potencial que a laserterapia pode exercer no processo de regeneração é o segredo entre o resultado (completa regeneração) e a ausência de resultado (analgesia) no uso da laserterapia. Demanda muito conhecimento da fisiopatologia, estágios do estado inflamatório e profundo conhecimento da aplicação da radiação laser para alcançarmos a regeneração com a aplicação da laserterapia. Por isso, vamos entrar um pouco no potencial da regeneração através da laserterapia.

A regeneração celular envolve a substituição de células lesadas por células novas e funcionais, inclusive a própria remodelação tecidual ocorre como parte do processo de regeneração celular, substituindo gradualmente o tecido cicatricial por tecido originário.

A radiação laser, quando aplicada corretamente, pode ter efeitos indutores da regeneração celular. A interação do laser com os tecidos vivos ocorre por meio de diversos mecanismos biofísicos e bioquímicos, que podem estimular o processo de regeneração celular em nível celular e molecular. Ela induz a proliferação celular, a síntese de fatores de crescimento, a angiogênese e outros mecanismos que facilitam a regeneração adequada do tecido.

Por consequência, ela também pode exercer efeitos anti-inflamatórios, reduzindo a liberação de substâncias inflamatórias e promovendo a modulação do sistema imunológico. Isso ajuda a diminuir a resposta inflamatória excessiva, facilitando um ambiente propício para a regeneração celular.

Assim, além da radiação laser remodelar diretamente o tecido, ela também desempenha um papel determinante na indução da regeneração celular e na criação de condições favoráveis para que o tecido lesado seja substituído por tecido originário.

Para aqueles que se interessam pelo assunto, segue um artigo que participei como co-autora sobre laser e regeneração celular.

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 5

No universo do Método de Termografia Infravermelha o gradiente (análise qualitativa) torna-se a chave para a interpretação e o entendimento dos relatos de dores e disfunções dos pacientes, muito mais do que a temperatura (análise quantitativa) em si.

Assim, quanto temos o profundo conhecimento deste método e suas técnicas derivadas, passamos a entender e usar muito mais o gradiente do que a temperatura. Até porque, como ainda não temos parâmetros fidedignos de graus risco (escalas de temperatura) de disfunções, estes ainda não podem ser usados como forma exclusiva de risco. Além disso, existem outros sinais e sintomas que já demonstram a gravidade da disfunção sem termos a apresentação de grandes alterações de temperatura.

Como visto no termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 50 anos, sem comorbidades, praticante de atividade física, sem exames prévios de imagens e com relato de dor associado a limitação de movimento da região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional onde não foram detectados riscos térmicos. Porém, através do gradiente, foi detectado alterações térmicas condizentes com irradiação em forma de “Asa de morcego” ©.

Este gradiente facilitou muito o entendimento da causa de dor, inclusive a progressão desta, se não tratada. Isso facilitou muito na hora de explicar a paciente como a progressão da disfunção poderia acontecer e como a reabilitação poderia diminuir esta.

Quando temos um gradiente que descreve a forma da disfunção, fica mais fácil interpretar e associar os achados clínicos com os sintomas do paciente. Entretanto, não ter o conhecimento profundo dos métodos e técnicas pode levá-lo facilmente ao erro, pois a imperícia promove o viés de “crença” e esta ameaça a validade da interpretação.

Dito isso, e como comentado em posts anteriores, somente com o profundo conhecimento de cada método e técnica utilizados para saber como analisar e interpretar corretamente o gradiente, pois “a forma é um vetor de forças”.

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Dor e analgesia – parte 5

A promoção da analgesia é um grande desafio na clínica, pois depende de inúmeros fatores, a começar por uma correta avaliação que gerará um correto diagnóstico. Como comentado em outros posts, a chave para se alcançar um diagnóstico assertivo é conhecer o máximo de métodos e técnicas que podem te auxiliar na assertividade deste, pois isso irá aumentará suas chances de acerto.

Esta assertividade ajuda muito na construção do programa terapêutico, pois permite uma precisão maior nas escolhas dos diversos métodos e técnicas analgésicas que poderão ser aplicados.

Como na sequência de termogramas abaixo de uma paciente do sexo feminino, 50 anos, sem comorbidades e que apresentou dor em cotovelo e ombro esquerdos e sem diagnósticos prévios através de exames de imagem. Após uma Análise Termofuncional foi possível detectar alterações térmicas condizentes com a sobrecarga nos locais correspondentes as dores da paciente.

Com este quadro em mente, facilita muito a construção do programa terapêutico, dos métodos e técnicas que poderão ser usados, suas fases e evoluções progressivas. Consequentemente, facilitando a adesão do paciente ao tratamento.

Dito isso, quanto maior a precisão diagnóstica e a elaboração do programa terapêutico, maiores serão as chances de promovermos resultados analgésicos. Refletindo rapidamente nos resultados da sintomatologia e da função do paciente.

Ponto este crucial, ignorado pela maioria, que determina o resultado da reabilitação: a correta avaliação e a correta escolha dos diversos métodos e técnicas terapêuticas.

Parafraseando Aristóteles: “Não há só um método para estudar as coisas.”

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Conhecimentos básicos em Laserterapia – parte 4

Quando falamos de aplicação da laserterapia para analgesia, subestimamos a real ação direta desta. Porém, quando falamos na ação de indução à regeneração da laserterapia, estamos nos referindo a ação direta desta e em seu maior potencial terapêutico e, claro, como consequência à regeneração a analgesia se faz.

Esta ação regenerativa se faz principalmente pelo fato de quando o feixe de luz penetra nos tecidos, e é absorvido pelas células, desencadeia uma série de reações bioquímicas. E estas reações, para aqueles que não possuem conhecimento profundo desta radiação, estimula a regeneração celular através do aumento da produção de energia nas células, melhorara do fluxo sanguíneo local e, como consequência, reduz a inflamação induzindo a regeneração de tecidos.

Dito isso, quando possuímos um profundo conhecimento da laserterapia, almejamos sempre a indução a regeneração, pois a analgesia acontecerá em consequência. Assim, de todos os equipamentos terapêuticos usados na fisioterapia, o único com real potencial regenerativo é a radiação laser.

Entretanto, nem todo profissional sabe usar todo o potencial da laserterapia, subutilizando esta técnica e apenas alcançando pequenos momentos de analgesia no paciente. Para aqueles que estudam profundamente esta técnica, resultados de regeneração podem ser alcançados, inclusive com comprovação de exames de imagem.

Infelizmente, ainda não temos muitos trabalhos clínicos com metodologia adequada e parâmetros de aplicação determinados. Mas, em pesquisas in vivo, já temos comprovação da capacidade regenerativa desta técnica.

Para aqueles que tem interesse em melhorar a capacidade regenerativa de sua terapia, estudar esta técnica profundamente vai lhe proporcionar um conhecimento regenerativo e uma habilidade clínica superior, pois não existe hoje outro equipamento que produza a indução a regeneração como a radiação laser.

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Estado inflamatório e regeneração – parte 4

Uma grande dificuldade na clínica é quando o paciente chega imobilizado e passamos para a fase de liberação de carga.
Isso porque após uma lesão, a área acometida é submetida a um estresse metabólico e mecânico, resultantes das alterações fisiológicas da inflamação. Isso desencadeia uma resposta temporária como parte do processo de regeneração e adaptação dos tecidos.

É uma fase muito delicada, pois ela busca equilibrar a necessidade da retirada da imobilização, que é um meio de proteger a área lesada, com a necessidade de promover a mobilidade, a restauração da força para alcançar a plena recuperação funcional. O objetivo é permitir que o processo de regeneração ocorra sem comprometer a integridade dos tecidos e, ao mesmo tempo, evitar a perda excessiva de massa muscular, a rigidez articular e diminuição da densidade óssea.

A estratégia de liberação de carga pode variar muito dependendo do tipo e da gravidade da lesão, mas à medida que a regeneração ou cicatrização progridem e a dor diminui, a carga pode ser gradualmente reintroduzida por meio de exercícios terapêuticos e atividades específicas.

Desta forma conseguimos reabilitar o paciente no máximo potencial de sua regeneração, mesmo após ele ter iniciado a reabilitação através de um processo de reparação.

Um exemplo disso pode ser visto através do vídeo radiométrico abaixo, em que um paciente está no seu início de liberação de carga (vertical e unipodal) após uma cirurgia de tendão de calcâneo que teve uma fase de comprometimento (infecção com ferida aberta). Após melhora do quadro, a liberação da carga foi ocorrendo gradualmente e de forma segura.

A carga é muito bem vida, mas deve ser implementada no momento certo e de forma progressiva, sem retrocedermos o quadro de dor e função, pois eles são nossos marcadores de sobrecarga.

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