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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 2

Fisioterapeuta, você sabia que no Método de Termografia Infravermelha você só poderá chegar a um diagnóstico com informações prévias muito bem padronizadas e embasadas?

Sim. Somente com o conhecimento profundo da fisiopatologia, dos processos metabólicos e de toda a biomecânica do organismo que poderemos entender o que um termograma apresenta.

Estas informações em associadas, mais o conhecimento da ciência do infravermelho, permitirão chegar a um diagnóstico da probabilidade do que deve estar ocorrendo num determinado local e a tomada de ações preventivas e/ou corretivas.
Como neste lindo termograma abaixo que apresenta uma sequência de vários tendões de calcâneo de diferentes indivíduos. Claramente vemos diferentes gradientes entre eles.

O que quer dizer estas diferenças? Somente com um procedimento elaborado especificamente para responder isso, gerando resultados reprodutíveis e escaláveis.

Qualquer dado coletado fora de um padrão previamente estabelecido, estudado e reproduzível não é válido. Portanto, seus achados no máximo representam uma experiência e/ou achismo.

Cuidado, porque “experiência clínica”, na maior parte das vezes, não é reprodutível (você não reproduz exatamente o mesmo resultado). Portanto, em tomada de decisões em larga escala, seu achado não é válido e pode inclusive gerar algum dano.

#fisioterapia #termografia

Dor e suas respostas – parte 2

Agora, vamos entender como é complexo avaliar e diagnosticar a causa da “dor” do paciente.

No universo da fisioterapia, temos várias técnicas para detectar a dor (tópico resumidos): HMA e várias escalas de dor referida – mandatório, Avaliação física e toque – mandatório, Testes ortopédicos, Testes de função, Avaliação postural e funcional, Exames complementares de imagem, entre outros. Claro que, cada forma de avaliação vai te dar uma resposta correspondente e está poderá excluir outras inúmeras possibilidades de erros diagnósticos.

Cada tipo de avaliação deve ser realizada de acordo com cada caso e, em alguns casos, serão necessárias todas as técnicas avaliativas e até auxílio de outros colegas.

Dito isto, quanto mais precisa for sua avalição, mais precisa será a sua terapia. Portanto, quanto maior for o seu conhecimento avaliativo, menores as chances de erros e, como consequência, maiores as chances de acerto.

A dor pode aparecer de forma “gritante”, como no lindo termograma abaixo que apresenta alterações térmicas evidentes nos joelhos. Porém, ela também pode ser extremamente discreta e necessitar de um conhecimento mais apurado e tecnologias mais precisas, como no termograma abaixo que depois da imagem ser muito bem processada foi possível detectar alterações térmicas em cervical e torácica.

Por isso, caro colega fisioterapeuta, a avaliação é o ponto mais importante e inicial da sua reabilitação. Parafraseando Sherlock Homes: “Não sabia onde procurar, e assim perdeu tudo que era importante.”

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e regeneração – parte 1

Agora vamos entender como trazer as informações do estado inflamatório para a indução à regeneração.

Depois de uma correta avaliação, determina-se a fase do estado inflamatório para então, podermos induzi-lo a regeneração.

Vamos colocar como exemplo o caso abaixo de um termograma de uma entorse de tornozelo de 1 semana. Existem pontos nítidos de alteração térmica em face dorsal do tornozelo do ante pé. Portanto sabemos que existe alguma forma de lesão. Ao realizar ressonância magnética, foi constatado fratura entre outras lesões.

Sabemos então que para termos uma completa e eficaz consolidação, teremos que ter a fase de imobilização, amplitude de movimento e início de carga.

A pergunta que fica é: quando e por quanto tempo cada uma destas fases devem permanecer para iniciar outra.

Esta resposta deve seguir todas as fases do processo inflamatório, ou seja, sai cada fase de cor para não errar. Somente assim, poderemos iniciar uma correta indução a regeneração.

Esta informação, caro colega fisioterapeuta, é a que o fará chegar até a completa regeneração celular.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 1

Fisioterapeuta, você sabia que a termografia só pode ser usada para detectar alterações térmicas e não como método de diagnóstico?

Sim. O Método de Termografia Infravermelha detecta a localização e a intensidade de uma alteração térmica, ou seja, nos ajuda a localizar e entender, com maior precisão, se a intensidade de uma alteração térmica tem significado clínico e/ou funcional.

Dito isso, nos sistemas orgânicos, somente com gradientes significativos, segundo critérios bem estabelecidos, podemos detectar e atestar as alterações térmicas e definir se estão ou não associadas a disfunções.

Como neste caso de uma alteração térmica localizada na face anterior do ombro que é condizente com o tendão da cabeça curta do bíceps. O que poderia ser? Isso somente poderá ser respondido com mais avaliações, pois o uso correto do MTI determina que, quando se localiza uma alteração térmica com uma intensidade que represente “aviso”, outros exames de imagem devem ser acrescentados.

Este é o uso correto do MTI através de uma prática numa determinada especialidade = técnica. Toda e qualquer técnica tem que ser constituída de uma lógica sistematizada, uma reprodutibilidade e escalabilidade configurando assim: CIÊNCIA.

Então, caro colega, se sua técnica não for sistematizada, reprodutível e escalável, não é uma TÉCNICA CIENTÍFICA e sim uma experiência clínica.

Parafraseando Sherlock Homes: “Você vê, mas não observa.”

#fisioterapia #termografia

Dor e suas respostas – parte 1

Colega fisioterapeuta, você sabe como podemos usar os sistemas analgésicos durante a reabilitação?

Primeiramente vamos entender a intensidade com que cada pessoa sente e reage a situações de dores semelhantes, pois temos uma facilidade diferente para cada indivíduos na ativação das vias analgésicas naturais.

A via analgésica principal tem ações de modulação para a percepção da dor: a) opioides naturais (áreas cinzentas periaquedutais e periventriculares); b) liberação de serotonina (núcleos magno da rafe e reticular gigantocelular) e c) liberação de encefalinas e endorfinas na sinapse local (núcleos de interneurônios na medula espinhal dorsal).

Sistema este que permite uma regulação em feedback do nível da dor, pois uma excitação excessiva desta induz um aumento dos sinais analgésicos a nível talâmico reduzindo a intensidade percebida da dor (relato de dor consciente). Dito isso, uma mesma lesão tecidual pode causar muito mais dor se for de causa desconhecida ou considerada pelo indivíduo como “perigosa”, do que se for de causa conhecida ou tida como pouco “perigosa”.

Além desta via específica para determinados segmentos espinhais, a hipófise produz também beta-endorfinas, que são liberadas para o sangue e para todo o cérebro, e podem ter importância na diminuição das sensações dolorosas em indivíduos com síndromes sistêmicas (tolerância crônica).

O sistema límbico, que faz o controle emocional, também ajuda a estimular ou inibir as vias analgésicas naturais, sendo um auxiliar em alguns casos. (wikipedia)

Óbvio que essa é uma simplificação de um sistema riquíssimo de informações, mas nos dá base para entendermos a dor consciente do paciente para guiarmos a nossa reabilitação. A carga terapêutica tem que estar intimamente associada a queda da percepção consciente da dor e, com a progressão terapêutica, com a ausência total da dor.

Sem esse entendimento, podemos exceder a carga e até causar dano tecidual. Por isso, como fisioterapeutas, devemos sempre entender e ouvir a “dor do paciente”.

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e regeneração – parte 11

Finalmente, vamos entrar no aspecto clínico da inflação.

O estado inflamatório é o grande alvo do fisioterapeuta, quase uma fórmula de Pareto, sendo quase 80% da sua clínica.

Entender e diagnosticar a causa é umas etapas mais importantes para um resultado satisfatório, pois lidamos principalmente com o relato consciente da dor do paciente. Depois do relato da dor é que podemos entrar com a avaliação física, quando possível, e por fim, quando conseguimos, os exames de imagem.

Isso torna a clínica quase cega, tatiando no escuro inúmeras possibilidades. A forma mais eficaz, é cruzar informações qualitativas (relato de dor e exame físico) e quantitativas (exames) e, mesmo assim, pode ser difícil explicar uma inflamação.

Como neste termograma onde vemos claramente a irradiação nervosa à partir da coluna lombar.

Só isso explicaria a dor? Absolutamente não, ela mostra a possível origem e esta que deve ser investigada.

Por isso, colega fisioterapeuta, use de todo o seu conhecimento e analise de forma qualitativa e quantitativa com raciocínio lógico e consistente. Aí sim, você chegará na causa.

#fisioterapia #inflamação #dor #termografia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 11

Agora, laserterapeutas, vamos entender como saber se sua dose de energia está sendo suficiente para fotobiomodular ou fotobioinduzir.

Regra básica é:

1. O paciente relata melhora da dor, mas… Ela volta, oscila ou a terapia é incapaz trazer toda a funcionalidade e incrementar a carga terapêutica = Fotobiomodular.
Este cenário, engana com oscilações de melhora e, inevitavelmente, a piora aparece ao longo da terapia.

2. O paciente relata melhora da dor + melhora da funcionalidade + consegue-se incrementar a carga terapêutica = Fotobioinduzir.

Neste cenário, podemos pensar na melhora inclusive em exames de imagem, o que seria o melhor dos mundos.

A capacidade do tecido de absorver a luz e reagir a ela é algo instantâneo e contínuo, pois podemos ver resultados a posteriori da aplicação. Mas os efeitos de troca térmica são lindos, por assim dizer.

Uma forma bem didática de demonstrar isso está no termograma abaixo, onde o tecido tenta constantemente absorver, trocar e interagir com a luz e seus efeitos de fotobioindução.
A beleza da dualidade da luz é algo fascinante.

#laser #laserterapia #fisioterapia #termografia #termografiainfravermelha

Sobre gradientes e análise termográfica – parte 11

Colega fisioterapeuta, você sabia que somente com muito estudo é que será capaz de interpretar os achados térmicos?

Primeiro, estabelecido os parâmetros corretos de captação, da captação da imagem e processando-a em software proprietário é que você terá um termograma digno de ser analisado. Segundo, satisfeitos os itens anteriores, inicia-se a análise térmica com conhecimentos de inspeção /ou ensaios não destrutivos.

Qualquer coisa fora deste padrão é achismo. Analisar um termograma é muito mais complexo e exige muito mais estudo do que você imagina e só pegar valores térmicos a esmo gera resultados falsos não parametrizáveis.

Isso quer dizer que a medida que você capta os dados e “acha” alguma coisa, você não conseguirá estabelecer um padrão de reprodutibilidade que possa explicar mais dados que venham a aparecer de forma inexplicável e não correlacionado com os anteriores.

Como neste termograma onde vemos claramente uma disfunção em linha reta (próximo da escápula esquerda). Podemos afirmar que aí se encontra uma disfunção, pois todos os dados foram captados de forma correta e podem ser analisados com olhar diagnóstico.

O que seria então? Somente com um procedimento validado que tenha padrões de reprodutibilidade podem responder, o resto é “achismo”.

#fisioterapia #termografiainfravermelha

Dor e suas respostas – parte 10

Agora entraremos nos receptores que o fisioterapeuta mais atua diretamente: nociceptores.

Os nociceptores respondem a estímulos potencialmente prejudiciais e enviam sinais para a medula espinhal e o cérebro, nos provendo a percepção da dor. Eles são encontrados em, praticamente, todo o nosso corpo, com exceção de alguns poucos tecidos.

Eles detectam diferentes tipos de estímulos prejudiciais ou danos reais, como:
• Térmicos: calor nocivo ou frio a várias temperaturas;
• Mecânicos: excesso de pressão ou à deformação mecânica;
• Químicos: detectam uma grande variedade de respostas químicas de danos teciduais.

Para a reabilitação, eles são de suma importância, pois nos fornecem informações da causa da lesão, de como o tecido está evoluindo e se a carga terapêutica está adequada.

Considero este o mais importante para a correta liberação de carga, pois sem prestarmos atenção neste receptor, vamos incorrer em excesso.

#dor #fisioterapia #termografia #termografiainfravermelha

Estado inflamatório e regeneração – parte 10

Agora vamos entender como a disfunção pode influenciar na reabilitação em seus diversos estágios.

Quando classificamos uma disfunção, seja ela qual for, também devemos observar 2 possíveis consequências:

1. Se esta disfunção é local, ou seja, não afeta outras áreas ou o todo;

2. Se esta disfunção afeta outras áreas e/ou o todo.

Estas duas análises fazem toda a diferença na hora de programarmos a terapia, pois poderemos apenas determinar um tratamento paliativo ou curativo.

Em geral, as disfunções sempre geram algum tipo de “influência” no todo, seja por desequilíbrio ou seja por sobrecarga. Dito isto, devemos sempre colocar em nosso plano terapêutico o reequilíbrio muscular e biomecânico.

Um exemplo disso pode ser visto no termograma abaixo, onde podemos ver claramente um desequilíbrio com sobrecarga em membro inferior esquerdo. Algo não visto no espectro visível, mas muito didático no infravermelho. Neste caso, estava ligado a sobrecarga biomecânica durante atividade de corrida de rua.

E, como pode ser visto, o desequilíbrio gerou sobrecarga em todo o membro inferior esquerdo, especialmente nos dois terços proximais da face anterior da tíbia. Consequentemente, podemos ver claramente algumas alterações térmicas no joelho esquerdo, inferindo que está afetando outras áreas, podendo já ser considerada uma disfunção moderada.

Portanto, como neste exemplo, no planejamento terapêutico deve ser vislumbrado a correção biomecânica e até postural.

Sem isso, caro colega, em disfunções crônicas estaremos apenas tratando as consequências e não a causa. Já em disfunções agudas, resolveremos o agudo, mas deixaremos as diversas compensações oriundas de uma lesão.

#fisioterapia #inflamação #dor