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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 6

Agora vamos entender como a laserterapia tem um crescente de temperatura, e isso não é ruim, como acreditava-se antigamente.

Como dito nos posts anteriores, somos seres homeotérmicos e dependemos de temperatura para os diversos metabolismos celulares, claro, guardada as devidas proporções.

Dito isso, devemos entender que mesmo a radiação laser gerar altas temperaturas, não teremos reações pró inflamatórias com isso, pois isso é um tabu. Como no vídeo abaixo, onde temos uma aplicação de radiação laser (500mW e 808nm) em que temos o aumento progressivo da temperatura sem muitos efeitos sistemas e locais (sem danos).

Isto porque dependendo da lesão do tecido (tipo de lesão, tempo, compensação, etc.) precisaremos de energia, muita energia para gerar um pequeno estímulo regenerativo. Sem isso, a laserterapia será insuficiente para estimular os tecidos.

Isso lhe parece familiar:

• Em alguns casos de aplicação da laserterapia temos apenas analgesia (totalmente relativo) sem efeitos regenerativos;

• Em alguns casos termos regeneração, inclusive com exames de imagem (conclusivo).

Como fazer a correta aplicação para diferenciarmos entre os dois? Muito estudo, muita prática e muito conhecimento na ciência do infravermelho.

Parafraseando Sherlock Homes: “Par uma mente ampla, nada é pequeno”.

#fisioterapia #laserterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 6

Uma das maiores limitações na fisioterapia é entender o processo de dor do paciente, tanto a dor em si como a origem da dor.

Iniciar tratamento as “cegas” é algo extremamente delicado, complexo e arriscado para o fisioterapeuta, mesmo com avaliações funcionais, pois ele pode levar muito tempo até conseguir entender ou achar a origem da dor. Dito isso, a complexidade da dor dificulta nosso entendimento, nossa análise e, portanto, nosso tratamento.

Isso porque temos vários casos na clínica em que os pacientes chegam sem exames de imagens que sempre facilitam o entendimento e engrandecem nosso estudo. Muitas vezes inclusive, nós pedimos exames de imagens para os pacientes, mas estes ainda acabam por não fazer no decorrer do tratamento.

Agora, ter a capacidade de enxergar as alterações térmicas em tempo real, é algo lindo por se dizer. Com o correto uso da termografia temos uma grande arma terapêutico na mão para enxergar os gradientes térmicos, algo que nos permite entender minimamente a localização da dor e, muitas vezes, entender a dor em si do paciente.

Como na sequência de termogramas abaixo, onde o gradiente térmico mostra claramente os vetores de força gerados pelo paciente com os anos de compensação de sua má postura por um desequilíbrio muscular.

Ah, o gradiente, nosso maior aliado na busca e no entendimento da dor do paciente.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 6

Agora, vamos entender como a dor, tanto aguda como crônica, pode gerar desequilíbrios e sobrecargas musculares que, inerentemente, vão desencadear disfunções posturais e musculares ao longo do tempo.

Quando temos alguma lesão, repetição de biomecânica errada ou dor crônica, nosso corpo desenvolve a capacidade de suportar estes estímulos por longos períodos. Isso é uma solução que, imediatamente, nos ajuda a tentar manter as atividades da vida diária. Porém, em médio e longo prazo, estes estímulos quando não corrigidos, acabam por gerar compensações que vão de simples alterações posturais ao desenvolvimento de intensas disfunções, algumas até irreversíveis.

Como no termograma abaixo de uma paciente de 60 anos com histórico de “dores” leves (condromalácia patelar “SIC”) em joelhos por anos (mais de 10) não tratada adequadamente e, ao caminhar mais rápido (sua rotina diária), apresentou “fortes dores” em tornozelo direito.

Podemos verificar neste termograma várias alterações térmicas em membros inferiores, mais evidente no membro direito, sendo que também foi realizado uma avaliação postural. Foi percebido que as “dores” leves do joelho (por anos) há levaram a uma compensação e disfunção em sua caminha que acabou por gerar uma lesão em tornozelo direito.

Este exemplo nos mostra claramente que devemos sempre colocar em nosso objetivo terapêutico a correção da biomecânica errada, das alterações posturais e suas compensações.

A dor além de uma sinalização também é um marcador de compensações e devemos sempre de tratar o paciente como um todo, pois se não fizermos isso, inerentemente teremos inúmeras compensações e disfunções futuras.

#dor #fisioterapia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 5

No post anterior, fizemos uma breve história sobre temperatura e laserterapia. Vamos agora corroborar demonstrando na prática como a radiação laser altera a temperatura local e como esta permanecer um tempo alterada.

A sequência dos 3 termogramas abaixo mostra como a radiação laser (808nm, 250mW) altera a temperatura no local de aplicação.

Dito isso, temos o 1° termograma, sem aplicação e sem alteração de temperatura, e os dois termogramas em sequência. Cada aplicação de laser tem 2min e 40seg, sendo que podemos ver claramente onde cada aplicação de laser foi feita e, ainda, é possível ver a permanência da temperatura nos pontos aplicados.

Como pode ser visto, temos alterações térmicas decorrentes da radiação laser e sua permanência por um breve período. Estes efeitos são importantíssimos para a indução da regeneração e não os considerar é uma falha metodológica.

O mais incrível é a sincronia entre o uso da laserterapia com o Método de Termografia Infravermelha, pois são semelhantes: o laser usa a radiação infravermelha e o MTI capta a radiação naturalmente emitidas pelos corpos, em função de sua temperatura.

Incrível ver esta sincronia e mais maravilhoso ainda é poder usar ambos, potencializando a terapia.

#fisioterapia #laserterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 5

A grande beleza do Método de Termografia Infravermelha é ver em tempo real as diferenças entre os gradientes. Isso permite visualizarmos inúmeras alterações térmicas nos organismos vivos.

Mais do que uma simples imagem colorida, um termograma nos permite estudar e entender os diversos metabolismos celulares, quando muito bem parametrizado seu sistema de coleta de dados e captura de imagem.

Quando sabemos a importância de definir padrões, protocolos e procedimentos, seu uso se torna rotineiro, essencial. Até numa simples brincadeira, quando parametrizado, um termograma acaba por mostrar disfunções. Como no lindo termograma abaixo, que foi tirado numa brincadeira de consultório e que acabou por revelar alterações nos fenômenos vasculares.

Aprender como usar parâmetros pode ser difícil, no começo. Porém, ao entendermos que eles nos fazem prover melhores resultados, eles acabam por se tornar um prazer.

Antes de olharmos, temos que sistematizar, pois sem isso, vemos o que queremos ver.

“É um erro grave formular teorias antes de conhecer os fatos. Sem querer, começamos a mudar os fatos para que se adaptem às teorias, em vez de formular teorias que se ajustem aos fatos.” Sherlock Homes.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 5

Agora, como podemos “mensurar” a dor do paciente?
Existe várias maneiras de mensurarmos a dor, como as escalas de dor (subjetivo), exame físico de palpação (tato) e testes funcionais (disfunção)… Falando bem resumidamente.

Também podemos usar exames de imagem, como ressonância, US, termografia, entre outros. Mas qual deles é o melhor? Todos, pois cada um refere-se a uma forma avaliativa.

A dor, quando questionada, reflete a “sensação” do paciente, dor consciente, referida. A palpação, levanta hipóteses de alterações locais: edema, calor e grau de sensibilidade. Testes físicos e/ou funcionas visam determinar quão limitante ou incapacitante é aquela dor. Os exames de imagem refletem as alterações teciduais.

Todas estas formas de medidas podem se cruzar? Sim. Estas medidas podem ser feitas independentes e avaliadas individualmente? Sim.

Pode-se usar tudo para se ter a melhor forma possível de avaliação e mensuração da dor do paciente, tudo em prol de melhorar seu tratamento. O mais importante é achar a causa da dor.

Um exemplo é o termograma abaixo, de uma inflamação no joelho esquerdo. Cada área de intensidade de radiação refletia exatamente a dor referida do paciente, corroborando os achados de anamnese.

Isso auxilia muito a eficiência do tratamento.

E você colega fisioterapeuta, como mensura a dor consciente do seu paciente?

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e clínica – parte 4

Vamos entender agora como usar o conhecimento dos estados inflamatórios na clínica. Uma forma muito simples e metodológica de explicar a inflamação e como usar este conhecimento na clínica, é a área de dermato funcional.

Dermato funcional é uma linha fisioterapêutica que trabalha com o sistema tegumentar humano (cabelos, glândulas, unhas, pelos, receptores sensoriais, entre outros). Isto é, trata desequilíbrios funcionais e estéticos decorrentes de doenças, intervenções cirúrgicas e/ou complicações (traumáticas, pós-operatórias) que afetam direta ou indiretamente a integridade do corpo.

Nesta linha terapêutica, existem disfunções muito incapacitante como as fibroses e, normalmente, são pós-operatórias (sejam de plásticas ou ortopédicas) e queimaduras. Tão incapacitantes quanto as fibroses, também temos os queloides. Ambas, podem inclusive gerar danos psicoemocionais e levar os pacientes à depressão.

Conhecer todo o estado inflamatório e o processo regenerativo faz com o profissional tenha uma habilidade extra para reverter estas disfunções.

Dito isto, saber como manipular o estado inflamatório para induzir a um processo regenerativo, pode trazer de volta a função perdida.

Conhecer todo o processo regenerativo pode parecer óbvio, mas não é: “O mundo está cheio de coisas óbvias que ninguém jamais observa.” (Sherlock Holmes).

Obs: imagem do Google imagens, não sendo de autoria da Fta. Paula Machado.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração #fibrose #lipoaspiração

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 4

Muitas pessoas e pacientes não entendem a diferença entre um fisioterapeuta e outros profissionais da saúde, gerando muita confusão sobre as formas de autonomia de cada profissão.

A fisioterapia é uma ciência da saúde aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções* cinéticas funcionais, entre outros, decorrentes de alterações de órgãos e sistemas, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas, na atenção básica, na média complexidade e na alta complexidade.

*Disfunção, por definição, é o distúrbio ou alteração das funções que são consideradas “normais”, dentro de um espectro, ao ponto de causarem algum estado de funcionamento abaixo de suas funções, chegando a ficar prejudicado ou anormal. Em suma, é o oposto do funcional.

Dito isto, estudamos e diagnosticamos as diversas disfunções que um indivíduo pode apresentar a fim de trazer, guardada as devidas proporções, de volta a sua funcionalidade.

Por isso usamos vários métodos que nos auxiliam no diagnóstico da disfunção, como no caso do termograma abaixo de um homem, 68 anos, com relato de dores em ombros que gerou incapacidade de amplitude de movimento completa. Foi detectada várias alterações térmicas em seus ombros, complexo escapular e coluna que, ao serem testados foi aventado a hipótese de alguma lesão incapacitante. Foi encaminho para uma ressonância magnética e diagnosticado ruptura do manguito rotador.

O gradiente térmico é capaz de prover informações suficientes para auxiliar na assertividade do diagnóstico, antes mesmo de tocar no paciente sendo uma grande arma do fisioterapeuta para detectar disfunções térmicas. Este é o foco da ciência que estuda as disfunções, pois “olhamos um pouco de tudo e de tudo um pouco” (autor desconhecido).

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 4

Colocamos agora a avaliação e seu uso na clínica, porque temos que usar todas as informações pertinentes para potencializarmos os resultados do tratamento.

Depois de entendermos como é complexa a percepção de dor pelo cérebro, podemos entender por que a dor é subjetiva. Claro, não descartamos nunca que dor é dor e esta reflete algum tipo de distúrbio.

Dito isso, quando o paciente tem alguma forma de referência de dor (queimação, pontada, latente, etc) devemos nos atentar para o tipo de referência, pois ele pode dizer muito sobre a disfunção.

Vamos resumir os tipos genéricos de dor que mais nos deparamos na clínica:

• Dor nociceptiva: normalmente, resultado de lesão do tecido e são resultado de reações inflamatórias;
Somática: Bem localizada, contínua, aumenta ao se pressionar a área;
Visceral: Difusa, pobremente localizada, referida a outra região corporal;

• Dor neuropática: é aquela decorrente de lesões anatômicas do sistema nervoso, tendo como característica principal a dor em queimação ou “ferroada” (superficial, em queimação ou pulsátil, hiperalgesia, paroxismos em pontadas ou disestesias);

• Dor funcional: está associada ao funcionamento anormal de um sistema nervoso anatomicamente íntegro;
Só de ouvirmos o relato consciente de dor do paciente já temos uma enorme pista da origem do problema, pois nele você pode achar a causa da disfunção.

Parafraseando Sherlock Holmes: “Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes”.

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e regeneração – parte 3

O processo inflamatório pode ser descrito como uma síndrome, pois apresenta alterações imunológicas, bioquímicas e fisiológicas, produzindo respostas locais como sistêmicas.

Ele representa uma resposta do organismo a um agente agressor, podendo ser esse: micro-organismos, parasitas, agentes químicos ou físicos, reações imunológicas, ou mesmo células danificadas, geralmente necróticas. Cada agente agressor vai gerar uma resposta correspondente e, consequentemente, o grau de inflamação conhecidos como flogísticos.

Dito isso, cada fase do processo inflamação descreve como o organismo está reagindo e quando/como irá cessar com os mediadores que foram secretados para resolução do mesmo. Esse processo pode ser dividido em agudo ou crônico. Vamos entrar no mérito do agudo primeiro, pois este é o mais “rápido” de se solucionar.

O agudo, em geral, é resultado de um trauma e o processo inflamatório tem um começo, meio e fim (se bem resolvido). Já o crônico não, ele pode perdurar para sempre, tudo depende como esta o estímulo lesivo X resolução da inflamação.

Como na comparação destes dois termogramas abaixo, onde um apresenta alterações agudas (traumáticas) e outro crônicas (síndrome).

Como solucionar? Tudo é dependente de cada tipo de inflamação e o tempo de resolução do mesmo. Vamos entrar no mérito de cada um nos próximos posts.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Caso 2 20-06-2021