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Sherlock e compreensão

Reservar um tempo, dentro da avaliação, para analisarmos adequadamente os dados coletados é a maneira mais assertiva de chegar a um diagnóstico correto.
Uma avaliação sem pré ponderação é quase um achismo, um convite para o erro. Por mais que algumas coisas possam estar na nossa cara e nós vemos, podemos não os compreender.
Um grande acerto é não confiar apenas no que você colhe de informações faladas (relato do paciente) e apenas em um exame visual e físico.
SEM certificar-se de ter fatos e provas para corroborar os seus achados, o erro torna-se inerente. Peça sempre um exame de imagem, qualquer exame de imagem, pois ele poderá te guiar para um diagnóstico assertivo.
Relato sem fatos é achismo e você pode facilmente se equivocar. Como nesta imagem linda de uma irradiação lombar, corroborando com o relato do paciente de irradiação em seus membros inferiores e não na lombar.
Elementar meu caro, nem tudo que você vê você consegue entender, atenha-se aos fatos e junte o relato para a melhor compreensão dos eventos.
#fisioterapia #avaliação #termografia #termografiainfravermelha #ciência

Estado inflamatório e regeneração – parte 5

Agora vamos tratar o estado inflamatório pode ser nosso amigo. Se tivermos o privilégio de começar o tratamento nos primeiros dias de pós trauma, será o sonho de indução à regeneração. Infelizmente, essa não é a grande realidade.

A grande maioria chega depois de 20-30 dias pós trauma. Neste momento, o estado inflamatório já pode ter iniciado um processo de reparação. Isso faz com que a indução a regeneração seja mais difícil, demorada e menos eficiente.

Isso acontece porque podem ocorrer inúmeros efeitos durante o estado inflamatório que acabam por levar este a reparação, o que na realidade é muito fácil. Portanto, quanto antes iniciarmos a indução à regeneração, maiores as chances de levarmos a lesão para um processo regenerativo.

Os grandes vilões da regeneração, são:

1. Até o 7° dia: onde ocorre o controle hemorrágico e inflamatório;

2. Até o 14° dia: onde existem marcadores pró regenerativos e de reestruturação da matrix extra celular;

3. Até o 45° dia: onde ainda conseguimos induzir a um processo regenerativo.

Ou seja, quanto antes iniciarmos a indução à regeneração, maiores as chances de produzirmos um processo regenerativo.

#fisioterapia #inflamação #dor

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 5

Efeitos luz-tecido para indução à regeneração celular: fotobioindução.

Para que haja efeito clínico (reação fotoquímica – primeira lei de fotobiologia de Grotthus-Draper – falaremos depois) é necessário que a luz seja absorvida pelo tecido, pois temos perdas através de vários fatores.

Um conceito muito antigo é que a energia absorvida é conhecida como densidade de energia ou fluência e esta causa o efeito fotoquímico na célula. Porém, conceitos novos afirmam que a coisa mais importante é a relação exponencial entre a fração de radiação absorvida por uma substância e a concentração da substância.

Ou seja:
“A absorção da luz do laser NÃO é apenas dependente da quantidade de cromóforo presente no tecido e da correspondência entre o comprimento de onda utilizado e as características de absorção daquele cromóforo, nem apenas por agentes fotossensibilizantes. É muito mais do que isso”

Todo o tecido, a matrix extra celular e seus substratos, também reagem a radiação laser, inclusive este efeito é tão importante quanto a absorção pelos cromóforos. Assim, a concentração de substâncias na matrix celular e extra celular são as coisas mais importantes num efeito de fotobioindução, foque nisso.

#laser #laserterapia #fisioterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 5

Você sabe o que é um gradiente térmico e o que ele representa?

Um gradiente térmico é uma mudança gradual e contínua de temperatura em função da posição (ou da distância) a partir da fonte ou sorvedouro de calor.

Os gradientes de temperatura são utilizados para descrever a direção e a taxa de variação de temperatura em uma área em particular. Ao final, os gradientes térmicos mostram a direção e sentido do fluxo de calor.

Na fisioterapia, isso é importante para entendermos o sentido da sobrecarga, pois é mostrado o vetor de força sobre o tecido. Isso diz para o fisioterapeuta como as cargas se comportam na reabilitação em geral e se comportam os diversos vetores nas alterações postural.

A Termofuncional criou a primeira Avaliação Funcional e Postural Térmica para a correta compreensão destes gradientes e o que eles significam no todo, tal como usá-los para uma maior eficácia terapêutica.

Não basta ter uma câmera termográfica, você tem que entender toda a ciência por trás desta tecnologia e a correta forma de usá-la na sua profissão. Gradientes são lindos, como neste termograma abaixo que mostra um vetor na tíbia. Porém, se você não os compreender, eles podem te iludir.

#fisioterapia #termografiainfravermelha

Dor e suas respostas – parte 4

Um grande problema na clínica é o fato de objetivar toda a reabilitação na retirada da dor. Como visto nos posts anteriores, o relato consciente da dor não descreve totalmente o que ocorre no tecido e você poderá subestimar o estado inflamatório.

Dito isso, devemos nos ater as outras formas de verificar os efeitos inconscientes da dor, como pode ser visto nas alterações biomecânicas e posturais. Ponto esse importantíssimo e somente deve-se pensar em carga e alta depois de verificarmos o estado inflamatório e suas repercussões, nunca sem isso. Exatamente por isso que temos recidivas de dor em pacientes que tiveram início da carga ou alta de forma imprudentemente antecipada.

Antes de incrementar a carga e ou alta, reavalie a capacidade tecidual, a biomecânica e a postura. Lembre-se: o relato consciente da dor deve ser perguntado em todas as sessões, no começo e no final. No começo, você saberá se os efeitos da analgesia estão funcionando e depois se a carga terapêutica está adequada aquele estado inflamatório.

O relato consciente da dor apenas irá guiar você na fase álgica, portanto cuidado, nunca reabilite no “escuro”, pois a possibilidade de errar é infinita. Entraremos neste mérito nos próximos posts.

#dor #fisioterapia

Sherlock e visão

Uma avalição muito bem feita pode lhe dar 70%, ou mais, dos resultados terapêuticos. Porém, quando você não tem informações suficientes para fechar um diagnóstico ou até uma hipótese, inevitavelmente sua terapia será pobre.

Também se você tiver todas as ferramentas na mão, mas sem conhecimento suficiente para usar todo seu potencial, sua avaliação também será comprometida.

Ver nem sempre é entender. Um grande desafio no meu meio é ver que o uso da termografia está muito aquém do que deveria ser. O fato de ser ter uma “imagem” colorida na tela dá uma falsa sensação de entendimento e passamos a “assumir” coisas.

Nem tudo é tão simples assim. Cada cor reflete um dado numa grande imagem captada e ela pode ser expressa numa determinada cor. Você tem que saber o que aquela escala de cores representa na imagem.

Isso vai proporcionar uma maior propriedade para se observar os achados e chegar, ou não, a uma determinada conclusão.

Elementar meu caro, você poder ver, mas não está de fato entendendo, você está adivinhando.

#fisioterapia #avaliação #termografia #termografiainfravermelha #ciência

Dor e suas respostas – parte 2

A dor é uma resposta do SNC à uma sensação ou experiência emocional desagradável associada à uma lesão tecidual (real ou até potencial), proporcional à esta.

Quando temos um certo grau de lesão tecidual (alteração da arquitetura tecidual), esta leva a uma sobrecarga dos tecidos circunvizinhos. Uma vez que um tecido perde a função, outros terão que executá-la, gerando um ciclo vicioso de sobrecarga sobre sobrecarga.

A única forma de não permitirmos que isso se torne um problema vicioso é, primeiramente, tirando a dor consciente do paciente e, em seguida, tratar a dor inconsciente. Como visto:
1. Dor consciente: dor sintomático, consciente;
2. Dor inconsciente: dor assintomática, sem consciência do paciente, mas que o corpo “fala” (alterações de biomecânica e postura).

Ou seja, a reabilitação não deve apenas focar em no resultado assintomático, mas sim tratar a biomecânica e postura. Pois, sem tratarmos a causa, o paciente passará do assintomático para o sintomático novamente num loop vicioso e nunca poderemos pensar em alta.

“Alta” é uma palavra complexa que demanda correção biomecânica e postural e não simplesmente colocar o paciente na fase assintomática.

#postura #dor #fisioterapia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 2

A primeira terapia com luz ultravioleta foi criada por Nils Finsen para tratamento de pele. Os físicos Towunes, Gordon e Jeugh desenvolveram o primeiro equipamento que vinha a ser o LASER.

Bennett e Herriot apresentaram o primeiro laser contínuo.

Os primeiros a usar o laser na prática terapêutica forma Sinclair e Knollforam. Em cicatrização de feridas e úlceras, o professor Endre Mester foi pioneiro.

A primeira e grande pesquisadora que desvendou os efeitos do laser nas mitocôndrias foi Tina Karu. Infelizmente, não temos registro do primeiro(a) fisioterapeuta a usar o laser em sua terapia.

Portanto, a fototerapia na fisioterapia tem por volta de ±40 anos, é extremamente recente. Pouquíssimos fisioterapeutas usam a laserterapia como indução à regeneração.

Felizmente, o Coffito reconhece o uso da fototerapia pelo Acórdão nº 919, de 13 de novembro de 2018:

“…o fisioterapeuta, a seu critério, poderá utilizar recursos de fototerapia, laser e outros, em qualquer potência, observando protocolos de segurança, desde que com a finalidade fisioterapêutica.”

Caro colega, você tem a “arma” para a indução à regeneração, o laser: USE-A.

#laser #laserterapia #fisioterapia

Propriedade intelectual – parte 12

Assim como no direito autoral, existem empresas e pessoas que ainda acreditam poder violar impunemente a propriedade industrial.

O que é quase impossível não se descobrir, pois existem instituições que registram e controlam patentes.

Aqui no Brasil é o INPI.

Uma simples busca permite você conhecer e achar os pedidos depositados, podendo até usar estas informações em disputas.

Isso ocorreu em vários casos famosos:
Sonos X Google,
Philips X Garmin e Fitbit,
Caltech X Apple e Broadcom

Aqui no Brasil, o caso mais conhecido é da BINA (identificador de chamada) X Claro e Vivo.

Também temos vários tipos de violação com as marcas registradas de empresas. Ambos os registros então sob tutela do INPI, e uma vez registro é sua propriedade.

Novamente, nunca tivemos tantas formas de provar o dano. Se você foi violado, vá à luta pois a lei estará ao seu lado.

Propriedade intelectual – parte 10

Após isso, você poderá vender sua obra tranquilamente e, o melhor, você terá lastro.

Como nosso sócio cofundador, Eng. Attílio Veratti, que tem um super lastro em termografia:
1. 1984 Registro original no CONFEA
2. 1992 Registro e Livro
3. 1997 CD Termografia e registro
4. 2005 Procedimentos de Segurança, Câmara do livro
5. 2017 Guia Termonautas e registro

Além do direito autoral da Termofuncional conjuntamente comigo (sócia cofundadora).

No caso de uma das obras, optou pela publicação do livro “Termografia: Princípios, aplicações e qualidade”.

Vejam como é complexa a criação de uma propriedade industrial. No caso da Termofuncional, somamos 40 anos de engenharia e quase 20 anos em fisioterapia e ciência, somando quase 43 anos na termografia.

Para se fazer de fato uma inovação que possa ser registrada em algum órgão responsável, em geral, é necessário mais de um autor especialista numa área. Ainda mais na saúde que requer muito conhecimento e uma equipe multidisciplinar.

É muito trabalho, suor, lágrimas e sangue para simplesmente deixarmos ser apropriado impunemente. Portanto, colegas, é melhor prevenir que remediar.