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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 7

Sistema Nacional de Qualificação e Certificação – parte 2

A certificação profissional é o processo negociado pelas representações dos setores sociais e regulado pelo Estado, pelo qual se identifica, avalia e valida formalmente os conhecimentos, saberes, competências, habilidades e aptidões profissionais desenvolvidos em programas educacionais ou na experiência de trabalho, com o objetivo de promover o acesso, permanência e progressão no mundo do trabalho e o prosseguimento ou conclusão de estudos.

A certificação profissional é parte constituinte do processo de orientação e formação profissional, não devendo a ele se opor, sobrepor ou substituir.
Esse sistema foi instituído em 2005 com a finalidade de regular os processos de certificação profissional no Brasil, promovendo a elevação da escolaridade, e foi organizado com bases em estruturas públicas de certificação profissional, em particular aquelas relativas ao Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade, aos Sistemas da Educação Nacional, ao Sistema Público de Emprego, ao Sistema de Saúde, dentre outras.

Dito isso, pelo Ministério da Saúde também ser signatário, somente os termografistas certificados e com SNQC podem fazer uso e manipular equipamentos termográficos, incluindo profissionais da saúde.

Isto posto, somente um profissional da saúde pode ser considerado termografista quando este possuir um certificado com SNQC, estando em conformidade com as leis vigentes, não exercendo a termografia de forma imperita.

Isso porque, somente os termografistas certificados e com SNQC, Categoria 3 ou Nível 3, podem criar e assinar como responsáveis técnicos novos procedimentos, incluindo a saúde.

Isto posto, podemos entender por que toda a área da saúde faz uso equivocado da termografia usando-o apenas como um termômetro, e não com todo o conhecimento do Método de Termografia Infravermelha. Isso ocorreu pelo fato que no decorrer do desenvolvimento histórico da termografia na saúde, a formação destes profissionais era exclusivamente baseada na experiência profissional da pessoa, e não na formação em ciência como ocorre nas exatas.

Se a formação da saúde fosse semelhante a formação nas exatas, os profissionais saberiam que o termografista é muito mais um caçador de gradiente do que simples um medidor de temperaturas.

Ah o gradiente, nosso maior aliado.

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Sobre gradientes e formações – parte 3

Ter o conhecimento e certificação plena no Método de Termografia Infravermelha permite usarmos todas as formas de análises do infravermelho, ainda mais quando se não se detecta grandes alterações de temperaturas.

Isso permite usarmos tecnicamente e precisamente o gradiente, nosso maior aliado na clínica.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 65 anos, com comorbidades e que apresentou dor em torácica esquerda, sem exames de imagem. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com o relato de dor.

Não foi preciso usar análises quantitativas para que o termograma pudesse prover informações pertinentes ao caso, basta termos o conhecimento da Técnica Termofuncional.

Dito isso, saber usar o gradiente é muito mais vantajoso tecnicamente para a clínica quanto legalmente para o fisioterapeuta. A Técnica Termofuncional além de garantir informações tecnicamente pertinentes ao fisioterapeuta, ainda provê uma documentação legal para o fisioterapeuta para este ter cada registro avaliativo e de acompanhamento terapêutico.

Nenhum outro método tomado separadamente provê tamanha informação e legalidade quanto o correto uso do Método de Termografia Infravermelha e, para o fisioterapeuta, a Técnica Termofuncional.

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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 1

Apenas aprender sobre a laserterapia na faculdade não torna o fisioterapeuta capacitado a aplicação corretamente da radiação infravermelha, ele apenas aprende a reproduzir protocolos e não a ter pensamento crítico e clínico. Para se chegar a ter resultados com a laserterapia é necessário muito conhecimento e estudos avançados em física da radiação infravermelha, sistemas emissores de laser e fisiopatologia.

Apenas o que aprendemos na graduação, de longe, não nos ensina se quer nos prepara para o básico de como obtermos resultados com esta terapia regenerativa.

Se quer os fisioterapeutas sabem a diferença entre os parâmetros de cada equipamento, o que dirá racionalizar logicamente e clinicamente. Um exemplo do que estou falando pode ser visto nas imagens abaixo de um mesmo equipamento com parâmetros diferentes, isso considerando apenas o modo pulsado.

Como visto, quando mudamos a potência e a amplitude temos tempos e valores de energia (fluência ou densidade) diferentes para cada aplicação. Isso quer dizer que se você nem souber o que cada parâmetro quer dizer, todo o resto não fará sentido e você estará usado de forma errada o seu equipamento.

Por isso a grande maioria dos artigos clínicos com o uso do laser não chegam a grandes conclusões regenerativas, porque a maioria dos artigos clínicos pecam em descrever todos os parâmetros do equipamento e o momento do processo inflamatório do(s) paciente(s). Diferente de quando temos artigos de laser sendo aplicado com parâmetros muito bem definidos e isso acontece com mais frequências em pesquisas celulares e em animais, onde temos conclusões de que a radiação laser induz a regeneração.

Dito isso, saber escolher qual o melhor programa para o momento certo do processo inflamatório é a diferença entre você chegar a ter resultados regenerativos e apenas uma breve analgesia.

Quer realmente entender a base da laserterapia e o seu potencial regenerativo?

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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 6

Os efeitos da radiação laser já são muito bem conhecidos, principalmente em nível celular.

Em nível celular, a radiação laser pode aumentar a atividade metabólica das células, promovendo a produção de adenosina trifosfato (ATP), que é a principal molécula de energia celular. Esse aumento na produção de ATP fornece energia adicional para as células envolvidas no processo de regeneração, biomodulando a proliferação celular.

Agora, os efeitos sobre a regeneração celular estão associados a modulação da expressão de genes relacionados a este, promovendo a síntese de proteínas e fatores de crescimento que são essenciais para a regeneração de tecidos. Esses fatores de crescimento podem estimular a migração de células-tronco, a formação de novos vasos sanguíneos e a remodelação do tecido danificado.

Além disso, a radiação laser também estimula a produção de colágeno, uma proteína essencial para a regeneração e a cicatrização de tecidos. O aumento da síntese de colágeno contribui para a reconstrução adequada da matriz extracelular (arcabouço base da arquitetura celular), resultando em uma regeneração mais eficiente dos tecidos.

É importante ressaltar que os efeitos da radiação laser na regeneração celular podem variar dependendo dos parâmetros utilizados, como comprimento de onda, dose de energia e tempo de exposição. Esses parâmetros devem ser ajustados de acordo com o tipo de tecido a ser tratado e a condição clínica específica.

Portanto, para atingir resultados regenerativos com a aplicação da radiação laser, deve-se conhecer profundamente toda a ciência da radiação infravermelha e todo o processo de regeneração celular para, por fim, saber aplicar a laserterapia com resultados regenerativos.

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Dor e analgesia – parte 5

A promoção da analgesia é um grande desafio na clínica, pois depende de inúmeros fatores, a começar por uma correta avaliação que gerará um correto diagnóstico. Como comentado em outros posts, a chave para se alcançar um diagnóstico assertivo é conhecer o máximo de métodos e técnicas que podem te auxiliar na assertividade deste, pois isso irá aumentará suas chances de acerto.

Esta assertividade ajuda muito na construção do programa terapêutico, pois permite uma precisão maior nas escolhas dos diversos métodos e técnicas analgésicas que poderão ser aplicados.

Como na sequência de termogramas abaixo de uma paciente do sexo feminino, 50 anos, sem comorbidades e que apresentou dor em cotovelo e ombro esquerdos e sem diagnósticos prévios através de exames de imagem. Após uma Análise Termofuncional foi possível detectar alterações térmicas condizentes com a sobrecarga nos locais correspondentes as dores da paciente.

Com este quadro em mente, facilita muito a construção do programa terapêutico, dos métodos e técnicas que poderão ser usados, suas fases e evoluções progressivas. Consequentemente, facilitando a adesão do paciente ao tratamento.

Dito isso, quanto maior a precisão diagnóstica e a elaboração do programa terapêutico, maiores serão as chances de promovermos resultados analgésicos. Refletindo rapidamente nos resultados da sintomatologia e da função do paciente.

Ponto este crucial, ignorado pela maioria, que determina o resultado da reabilitação: a correta avaliação e a correta escolha dos diversos métodos e técnicas terapêuticas.

Parafraseando Aristóteles: “Não há só um método para estudar as coisas.”

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Sobre gradientes e formações – parte 3

A grande maioria dos profissionais da saúde não se qualificaram e muito menos certificaram no Método de Termografia Infravermelha e, por isso, subutilizam ou mesmo erram em princípios básicos do método. O erro mais comum é achar acreditar que a termografia apenas deve ser usada como uma análise quantitativa: valores térmicos.

Isso é um equívoco grave, pois a temperatura é a última análise a ser feita na termografia, bem depois dos termogramas serem corretamente capturados e processados em softwares dos fabricantes (isso é extremamente importante). Após estes passos, analisamos primeiramente o gradiente térmico e, depois a temperatura, se de fato foi detectado um risco nestes achados. A temperatura em si só valerá se todo o procedimento termográfico foi corretamente realizado e, se e somente se, existirem riscos associados a esta escala de temperatura.

Como na sequência de termogramas abaixo de uma paciente do sexo feminino, 82 anos, com várias comorbidades e que apresentou dor em região lombar direita. Este caso foi citado no post de 21/02/23 com o tema “Dor e analgesia – parte 2” e que não foi analisado de forma quantitativa (temperatura), mas sim qualitativa (gradiente). Isto porque o termograma não apresentou temperaturas de risco.

Isto invalidaria a análise? De forma alguma, pois o gradiente disse muito mais do que a temperatura. Desta forma, todo o tratamento proposto foi sobre o gradiente.

Após acompanhamento e tratamento com fisioterapia, a paciente apresentou melhora da dor e foi reavaliada com outra Análise Termofuncional, mostrando que de fato houve melhora da compressão. O gradiente térmico deste novo termograma (de 1 mês) mostra claramente como a compressão diminuiu, justificando a melhora do relato de dor da paciente.

Como comentado no post anterior, nem sempre a termografia pode ser usa apenas com análises quantitativas, mas em sua grande maioria das vezes ela nos auxilia em análises qualitativas. Ou seja, o gradiente térmico é o maior aliado nas biociências.

Como diria o mestre @Attílio Veratti: “Falha não é evento é processo”.

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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 11

Luz é luz – parte 2
Como luz é luz, independente da forma (LED ou laser), sempre teremos reações celulares em consequência das ações da luz, claro guardado as devidas proporções.

Uma maneira fácil de demonstrar isso, é a ação do LED em feridas abertas. Como a luz LED adequa-se perfeitamente a ações na pele, em sua exclusividade, o LED é muito usado na clínica para tratar várias comorbidades/disfunções de peles, como pode ser visto nas imagens abaixo de uma sessão de aplicação de LED para uma ferida aberta.

O LED tem efeitos muito benéficos para ajudar na cicatrização de feridas abertas por conta de suas propriedades físicas, algo que não vemos nas ações do laser. Isso porque o LED possui propriedades excepcionais que agem apenas na pele, principalmente pela sua propriedade de comprimento de onda.

Por isso devemos entender exatamente cada princípio físico da luz para entender como cada um age no tecido, uma vez que o laser tem uma especificidade completamente diferente do LED. Mas um não exclui ou desmerece o outro, sendo ambos complementares: o que um não faz, o outro faz e vice-versa.

Dito isso, o profissional que faz uso de equipamentos que trabalham no espectro de “luz” deve conhecer perfeitamente seus princípios físicos, efeitos fisiológicos e indicações terapêuticas para produzir de fato estes efeitos. Aplicar luz sem o devido conhecimento é desperdício de energia (fotônica) e de terapia.

Isso tudo foi mostrado para mostrar que “luz é luz”, mas cada tipo tem sua função, saiba usar para ter resultados.

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Estado inflamatório e clínica – parte 5

Vamos voltar ao processo inflamatório crônico, que é muito mais complexo que o agudo.

O processo inflamatório crônico é sindrômico, dependente de inúmeros fatores e, geralmente, está associado á biomecânica errada e/ou postural.

Dito isso, normalmente ele tem altos e baixos: fases assintomáticas e fases sintomáticas. As fases sintomáticas podem aparecer de forma aguda ou sub-aguda. Na realidade, o processo inflamatório crônico nunca cessa, apenas fica assintomático por um período e pode ser ativado por qualquer estímulo.

Quando provocado, teremos a fase aguda das disfunções crônicas. Cada vez que uma disfunção crônica agudiza, esta fica mais “intensa”, pois sua disfunção vai piorando.

Portanto temos que estar atentos a qualquer sinal de disfunções crônicas, pois elas podem agudizar com qualquer estímulo. Como no termograma abaixo onde vemos claramente uma alteração térmica em região direita de lombar (em 2 paletas e com zoom).

Sabe-se que disfunções de coluna, normalmente são crônicas, mas podem piorar com pequenos estímulos lesivos, que é o caso do termograma abaixo.

É muito importante saber disso, pois não tratar a disfunção crônica torna aquele local uma “bomba relógio”, podendo “explodir” a qualquer momento. Tratar a inflação é a melhor forma de permitir uma perfeita reabilitação, pois não devemos nunca postergar o problema.

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