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Estado inflamatório e regeneração – parte 3

Na clínica, temos inúmeros casos de pacientes que chegam com dores “novas”, não relatadas ou apresentadas anteriormente.
Isso dificulta muito a continuidade da reabilitação, uma vez que quando planejamos o tratamento do paciente, se não havia este relato de disfunção e/ou dor, nós não consideramos como um ponto a ser estudado e tratado. Mas, ao longo da reabilidação, obviamente os pacientes se machucam e temos que lidar com estas novas inflamações.

Como no caso do termograma abaixo de um paciente do sexo feminino, 40 anos, sedentária, sem comorbidades e que apresentou dor em joelho direito. Ao realizar uma Análise Termofuncional foi detectado alterações térmicas que justificam a dor relatada pela paciente e o tratamento foi então adequado para analgesia.

Neste caso a continuidade da reabilitação foi comprometida até a melhora da dor da paciente. Isso dificulta muito a reabilitação completa, pois existem casos que constantemente o paciente se machuca.

Uma grande arma para se detectar e tratar precocemente é o correto uso da termografia, pois ela ajuda muito a escolhermos o método e/ou a técnica que melhor pode te atender naquele momento.

Pois uma simples solicitação de aplicação de crioterapia local, depois de entender o problema claro, já fará a paciente ter analgesia.
Somente o estudo profundo nos leva ao conhecimento para saber usar as melhores ferramentas que você tem em mãos.

Parafrasenando Aristóteles: “É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.”

#inflação #dor #fisioterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 2

A grande maioria dos profissionais que fazem uso de termografia, acreditam que a temperatura “mais ou alta ou mais baixa” são os grandes indicadores de inflamação. Porém, como a correta formação no Método de Termografia Infravermelha nos ensina, nem de longe apenas a temperatura é o grande indicador e marcador risco.

Para aqueles que não sabem, antes da temperatura devemos primeiro entender os achados térmicos através do gradiente que, de longe, é o nosso grande aliado no MTI.

O entendimento do gradiente separa os curiosos que usam termografia dos termografistas master (Nível 3 e Categoria 3), pois com o conhecimento pleno de seu uso, sabemos em sua grande maioria das vezes que há um problema naquele local e o processo pelo qual há a transferência de calor. Isso diz muito ao termografista, principalmente o sentido do fluxo de calor que, para nós da saúde, mostra principalmente um vetor de forças.

A grandeza vetorial que o gradiente nos mostra nos ajuda muito mais do que a temperatura em si, inclusive esse princípio é usado em mecânica, elétrica, fornos e todas as outras especialidades que fazem uso da termografia. O gradiente nos permite entender os diversos processos de sobrecargas apresentados nas situações estudadas e, dependendo da área, pode explicar as causas da inflamação.

Na sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 36 anos e sem histórico de comorbidades e apresentou dores em joelhos. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado algumas alterações térmicas sem grandes alterações de temperatura. O que de fato auxiliou no diagnóstico foi o gradiente que revelou alterações de cadeias musculares e seus desequilíbrios.
Portanto, não é a temperatura em si que responde as diversas dúvidas da análise, mas sim o gradiente. Até porque, a primeira linha de análise que fazemos instintivamente é sobre o gradiente, vide os princípios das paletas de baixo contraste.

Ah o gradiente, nosso maior aliado.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Sobre gradientes e formações – parte 3

Dentro da área da saúde, para se conseguir diagnósticos assertivos é necessário uma grande habilidade de raciocínio usando-se do método científico e a lógica dedutiva. Isso porque, existem infinitas possibilidades fisiopatológicas que podem acontecer num organismo vivo, facilitando o erro de diagnóstico.

Porém, quando nós temos um raciocínio lógico e dedutivo, usamos com exímia precisão as armas avaliativas que temos nas mãos, sejam elas quais forem.

Às vezes, nós temos as soluções mais simples a nossa frente, mas preferimos complicá-las. Tendemos sempre a buscar grandes e mirabolantes soluções, sendo que apenas uma simples pergunta pode lhe conceder uma simples resposta, resolvendo um complexo problema que está no nosso imaginário.

Como neste termograma abaixo de uma mulher de 57 anos, com histórico de dores em coxa, joelho e perna direita e que foram feitos vários exames de imagem para determinar a causa, sendo que nenhum conclusivo.

Ao realizar uma avaliação simples, foi aventada a possibilidade de a dor ser originária de uma raiz nervosa. Foi realizada então uma análise termográfica e verificou-se uma alteração térmica em lombar direita, sendo a paciente encaminhada então para realizar uma ressonância na região. Foi diagnosticada uma compressão nervosa na altura da irradiação correspondente ao relato de dor.

Uma simples análise lógica inicial pode ser determinante para um diagnóstico preciso e rápido.

Elementar caro colega, tudo depende da sua metodologia científica e lógica dedutiva para entender as pistas e suas nuances.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 3

Agora, caro colega fisioterapeuta, vamos entender como “mensurar ou definir” uma dor X disfunção, pois fazer isso é extremamente complexo.

Atualmente, entendemos a dor como um fenômeno ‘biopsicossocial’ que é resultante de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais, sociais e culturais e não um fator binário como a lesão. Dito isso, a CIF (Classificação Internacional da Funcionalidade, incapacidade e saúde) foi criada para entender a “dor” (vamos simplificar, mas é muito mais que isso) como ela é, um fator biopsicossocial.

Portanto, quando mensuramos a “dor”, estamos apenas focando em um fator de uma complexa rede de informações. Por isso, devemos usar o relato consciente da dor e a patologia com parcimônia, pois elas são binárias.

Somado a isso, ainda temos todos o intrincado de métodos avaliativos como dito no post anterior, temos todos os resultados avaliativos que devem ser integrados e analisados com os resultados da CIF. Somente assim poderemos atestar uma disfunção e seus efeitos no indivíduo.

Vejam como é complexo determinar uma disfunção e seus efeitos no indivíduo. Claro que podemos nos ater apenas na disfunção para conduzirmos a reabilitação da melhor forma, mas devemos sempre ter em mente o que que a disfunção tem como consequência.

Minha modesta opinião: todo fisioterapeuta deveria fazer um curso de CIF. E conselho: façam no seu conselho de classe.

Reabilitar não é apenas “tirar” a dor, é devolver a função e independência do paciente, guardada as devidas proporções.

#dor #fisioterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 2

Fisioterapeuta, você sabia que no Método de Termografia Infravermelha você só poderá chegar a um diagnóstico com informações prévias muito bem padronizadas e embasadas?

Sim. Somente com o conhecimento profundo da fisiopatologia, dos processos metabólicos e de toda a biomecânica do organismo que poderemos entender o que um termograma apresenta.

Estas informações em associadas, mais o conhecimento da ciência do infravermelho, permitirão chegar a um diagnóstico da probabilidade do que deve estar ocorrendo num determinado local e a tomada de ações preventivas e/ou corretivas.
Como neste lindo termograma abaixo que apresenta uma sequência de vários tendões de calcâneo de diferentes indivíduos. Claramente vemos diferentes gradientes entre eles.

O que quer dizer estas diferenças? Somente com um procedimento elaborado especificamente para responder isso, gerando resultados reprodutíveis e escaláveis.

Qualquer dado coletado fora de um padrão previamente estabelecido, estudado e reproduzível não é válido. Portanto, seus achados no máximo representam uma experiência e/ou achismo.

Cuidado, porque “experiência clínica”, na maior parte das vezes, não é reprodutível (você não reproduz exatamente o mesmo resultado). Portanto, em tomada de decisões em larga escala, seu achado não é válido e pode inclusive gerar algum dano.

#fisioterapia #termografia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 11

Agora, laserterapeutas, vamos entender como saber se sua dose de energia está sendo suficiente para fotobiomodular ou fotobioinduzir.

Regra básica é:

1. O paciente relata melhora da dor, mas… Ela volta, oscila ou a terapia é incapaz trazer toda a funcionalidade e incrementar a carga terapêutica = Fotobiomodular.
Este cenário, engana com oscilações de melhora e, inevitavelmente, a piora aparece ao longo da terapia.

2. O paciente relata melhora da dor + melhora da funcionalidade + consegue-se incrementar a carga terapêutica = Fotobioinduzir.

Neste cenário, podemos pensar na melhora inclusive em exames de imagem, o que seria o melhor dos mundos.

A capacidade do tecido de absorver a luz e reagir a ela é algo instantâneo e contínuo, pois podemos ver resultados a posteriori da aplicação. Mas os efeitos de troca térmica são lindos, por assim dizer.

Uma forma bem didática de demonstrar isso está no termograma abaixo, onde o tecido tenta constantemente absorver, trocar e interagir com a luz e seus efeitos de fotobioindução.
A beleza da dualidade da luz é algo fascinante.

#laser #laserterapia #fisioterapia #termografia #termografiainfravermelha

Dor e suas respostas – parte 10

Agora entraremos nos receptores que o fisioterapeuta mais atua diretamente: nociceptores.

Os nociceptores respondem a estímulos potencialmente prejudiciais e enviam sinais para a medula espinhal e o cérebro, nos provendo a percepção da dor. Eles são encontrados em, praticamente, todo o nosso corpo, com exceção de alguns poucos tecidos.

Eles detectam diferentes tipos de estímulos prejudiciais ou danos reais, como:
• Térmicos: calor nocivo ou frio a várias temperaturas;
• Mecânicos: excesso de pressão ou à deformação mecânica;
• Químicos: detectam uma grande variedade de respostas químicas de danos teciduais.

Para a reabilitação, eles são de suma importância, pois nos fornecem informações da causa da lesão, de como o tecido está evoluindo e se a carga terapêutica está adequada.

Considero este o mais importante para a correta liberação de carga, pois sem prestarmos atenção neste receptor, vamos incorrer em excesso.

#dor #fisioterapia #termografia #termografiainfravermelha

Estado inflamatório e regeneração – parte 9

Então chegamos até aqui, onde já identificamos o grau e a extensão da disfunção. Agora vamos entender como isso se reflete na prática.

Vamos usar um exemplo fácil, como uma ferida varicosa. O termograma abaixo mostra uma ferida extensa que acomete o terço distal da perna em sua face látero-posterior.

Considerando apenas uma classificação qualitativa, somente com estas informações podemos inferir que é uma ferida classificada como leve, pois acomete uma pequena porção de um membro. Esta análise é importantíssima para determinar a localização da disfunção/lesão e até onde ela acomete o tecido.

Já se quisermos classificá-la numa forma quantitativa, devemos tirar as suas medidas em cm (Altura x Comprimento x Profundidade). Aqui pode-se definir melhor o comprometimento tecidual e como este poderá se comportar ao longo do tempo (não adicionado na imagem).

Isso é um exemplo simples de uma análise qualitativa e quantitativa para determinar o grau da disfunção. Somado a isso, claro, teremos a história da moléstia, que determinará como, quando e de que forma esta disfunção começou e em que ponte está no momento da sua avaliação.

A avaliação é o ponto principal de uma correta terapia, sem ela, podemos prologar o tratamento e gerar resultados ineficientes. Ciência e metodologia são o ponto chave para sua avaliação.

#fisioterapia #inflamação #dor

Estado inflamatório e regeneração – parte 3

Agora, a inflamação será descrita segundo minha autoria© não publicada, respeitar citação: Paula Machado 2016.

Consideremos o momento “zero” sendo o trauma, então o seu desdobramento se tornará um grande processo com vários estágios.

Cada estágio determina um ou vários comportamentos celulares e químicos, que podem levar para aos 3 desfechos finais.

Os mais importantes então:

1. “Zero” ao 3-7° dia: momento onde deve-se apenas focar em efeitos anti-inflamatórios de forma precoce. Porque quanto antes iniciarmos um “auxílio” para regeneração, maiores as chances de induzirmos a mesma;

2. 7-15° dia: podemos iniciar alinhamento de fibras com alongamentos e manipulações, facilitaremos o turn-over tecidual e auxiliaremos no depósito correto celular para uma adequada arquitetura tecidual;

3. 16-45° dia: pode parecer loucura, mas não é o momento correto de se iniciar a carga terapêutica e sim depois de 45 dias. Antes, mobilizações e descarga de peso uni e bipodal de forma progressiva são muito bem vindas.

Porém existe um super segredo neste momento: o processo inflamatório ainda não chegou em sua ascensão e a carga sobre inflamação gerará reparação.

#fisioterapia #inflamação #dor

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 3

Uma das maiores limitações na fisioterapia é saber o que acontece no tecido durante a reabilitação, principalmente durante a liberação de carga. Iniciar a carga terapêutica as “cegas” é algo extremamente desconfortável e ruim para o fisioterapeuta.

Isso porque o risco de colocar a carga no momento errado ou exceder o momento de evolução da carga é grande, quase inevitável.

Agora, ter o poder de enxergar em tempo real os efeitos fisiológicos da liberação e evolução da carga terapêutica, é a arma mais poderosa que o fisioterapeuta poderia ter.

Como neste vídeo em que um paciente está evoluindo gradualmente a carga terapêutica. O gradiente mostra as ações fisiológicas durante a liberação da carga sem sobrecarregar o tecido.

Somente assim, quando é liberada de forma segura, o risco de sobrecarga durante a reabilitação é praticamente nulo. Nada como “ver” o que você faz.

Esta insegurança será coisa do passado e o fisioterapeuta poderá liberar a carga sem medo, inclusive registrando o avanço de cada etapa da reabilitação.

“Elementar meu caro colega fisioterapeuta, com a Termofuncional, eu vejo tudo.” (Dra. Paula Machado)

Fisioterapeuta, forme-se com quem é formado no método.

#fisioterapia #termografiainfravermelha