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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 3

A laserterapia é capaz de promover melhora significante na inflamação e, por consequência, na dor.

Na minha opinião, a técnica mais eficaz na clínica para tratamentos com inflamações.

Como no caso da sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 70 anos, sem comorbidades, mas com histórico de outras lesões e que apresentou dor em ombro direito. Foi realizada uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizente com a localização da cabeça longa do bíceps.

Foi solicitado então ressonância magnética de ombro e diagnosticado rotura completa do segmento intra-articular do cabo longo do bíceps braquial, com retração e localização do coto distal ao nível da metáfise umeral, justificando o gradiente encontrado.

Foi então iniciado tratamento com laserterapia e, em apenas 1 mês, já apresentou melhoras no gradiente. Só isso já traz um grande alívio na dor do paciente, além de termos a oportunidade de melhora da função.

Ainda estamos a alguns passos de termos os melhores equipamentos que promovam a completa regeneração em um espaço curto de tempo, mesmo assim, o laser hoje consegue prover grandes resultados clínicos.

O estudo constante da laserterapia nos mostra que quanto mais estudamos, mas temos a aprender e a conseguirmos produzir resultados cada vez mais fascinantes.

Dito isso, quem tem a oportunidade de estudar e usar o laser, use.

Desafio assim a todos que puderem fazerem uso da laserterapia para assim verem quão poderosa é essa técnica.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #laser #laserterapia

Dor e analgesia – parte 3

Agora vamos falar das diversas técnicas e métodos, os mais conhecidos, que promovem analgesia.

Para aqueles que não sabem, a temperatura é a segunda grandeza mais medida pelo homem, depois do tempo. Dito isso, de todos os sinais flogísticos (dor, rubor, calor), a temperatura é a única que podemos atuar de forma direta e por leigos.

Só que, a grande maioria dos profissionais da saúde não entende os efeitos da crioterapia e muito menos como usá-lo como terapia. A crioterapia já é estudada profundamente pela fisioterapia, pois a usamos como forma terapêutica.

Dito isso, talvez a forma mais simples, eficaz e segura de tratarmos um trauma é com a crioterapia. À medida que conseguimos baixar/controlar a intensidade da temperatura após o trauma, automaticamente ajudamos os tecidos a regenerar. Isso por si só já promove a analgesia.

Porém, deve-se ter muito cuidado com a intensidade do frio e o tempo de exposição, entre outros fatores. Existem sim contraindicações da aplicação da crioterapia. Todavia, quando ela é indicada e corretamente usada, teremos um auxiliar na regeneração e um forte indutor de analgesia.

Ouço muitos colegas da saúde criticarem a crioterapia, afirmando que ela não funciona. Para aqueles que desejarem derrubar seus tabus sobre a crioterapia, convido-os a lerem o livro que mais aprecio e que explica toda a ciência por trás da crioterapia, e este livro é “Crioterapia no Tratamento das Lesões Esportivas” (Kenneth L. Knight, Editora Manole; 1ª edição, 1994). Somente após este estudo será possível entender os efeitos físicos e teciduais da aplicação da crioterapia.

Parafraseando Aristóteles: “O ignorante afirma, o sábio dúvida, o sensato reflete.”

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Estado inflamatório e regeneração – parte 2

Vamos entrar agora nas diversas formas de induzirmos a regeneração. Vamos usar o trauma com ponto de referência inicial, que fica mais simples para entender.

Quando temos um trauma e iniciamos a resposta inflamatória temos diversos estágios que podemos induzir a regeneração. Claro, guardada as devidas proporções, quando mais precocemente atuarmos no trauma, mais podemos induzir a regeneração.

Então, vamos chamar de “janela mágica” os primeiros 15 dias de pós trauma. Isso porque nestes primeiros 15 dias temos o maior potencial de indução a regeneração e, dependendo da terapia aplicada, podemos induzir fortemente a regeneração celular.

Dito isso, devemos lembrar sempre que nestes 15 dias se não ultrapassarmos a capacidade do tecido, conseguiremos induzir o tecido ao desfecho da regeneração. Assim, quando possível, devemos usar estes primeiros 15 dias como indutor da regeneração. Porém, na clínica, é muito difícil o paciente chegar neste tempo, o que dificulta a indução à regeneração, mas não é impossível conseguirmos induzir após este período.

Como no caso da sequência de termogramas abaixo de uma paciente do sexo feminino, 74 anos e com várias comorbidades e fratura de patelas (bilateral) há 3 meses. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas que levantaram a hipótese de não consolidação. Foi solicitado exame de RX e verificado que a fratura não consolidou. Após 1 mês de tratamento foi realizado nova Análise Termofuncional e verificado melhora das alterações térmicas e foi solicitado novo exame de RX comprovando a quase completa consolidação óssea.

Sabendo cada fase da inflamação você saberá induzir a regeneração, este é o grande segredo para a indução à regeneração: conhecimento.

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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 2

A laserterapia é uma técnica que utiliza a energia da luz para estimular os processos de regeneração e cura do corpo. Essa terapia tem sido utilizada há décadas para tratar diversas condições de saúde, incluindo lesões musculares, dores crônicas, inflamações e feridas.

No caso de inflamações de tornozelo, a laserterapia pode ser uma opção eficaz de tratamento para aliviar a dor e acelerar o processo de regeneração. Quando o laser é aplicado na área afetada, ele penetra profundamente nos tecidos, estimulando as células e promovendo a ativação da regeneração. Esse processo ajuda a reduzir a inflamação e a dor, além de estimular a troca dos tecidos lesionados pelos tecidos de origem. Só o fato da laserterapia promover a regeneração e diminuir a inflamação a analgesia tem início.

Os efeitos puramente analgésicos da laserterapia são resultado da liberação de endorfinas (substâncias produzidas para aliviar a dor). Além disso, a laserterapia também ajuda a reduzir a sensibilidade dos nervos periféricos, o que pode diminuir a percepção da dor.

A laserterapia pode ser realizada de diferentes formas, sendo que a mais comum é a aplicação do laser diretamente na pele. O procedimento é indolor e não invasivo, o que significa que não há necessidade de anestesia ou cortes. Geralmente, a terapia é realizada em sessões que duram entre 10 e 30 minutos, dependendo da gravidade da lesão e da resposta do paciente ao tratamento.

A laserterapia deve ser individualizado de acordo com as necessidades e características do caso de cada paciente. Além disso, a laserterapia não deve ser utilizada como tratamento único, mas sim como um complemento a outras terapias, pois a dor é multifatorial e depende também de outras técnicas.

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 2

A grande maioria dos profissionais que fazem uso de termografia, acreditam que a temperatura “mais ou alta ou mais baixa” são os grandes indicadores de inflamação. Porém, como a correta formação no Método de Termografia Infravermelha nos ensina, nem de longe apenas a temperatura é o grande indicador e marcador risco.

Para aqueles que não sabem, antes da temperatura devemos primeiro entender os achados térmicos através do gradiente que, de longe, é o nosso grande aliado no MTI.

O entendimento do gradiente separa os curiosos que usam termografia dos termografistas master (Nível 3 e Categoria 3), pois com o conhecimento pleno de seu uso, sabemos em sua grande maioria das vezes que há um problema naquele local e o processo pelo qual há a transferência de calor. Isso diz muito ao termografista, principalmente o sentido do fluxo de calor que, para nós da saúde, mostra principalmente um vetor de forças.

A grandeza vetorial que o gradiente nos mostra nos ajuda muito mais do que a temperatura em si, inclusive esse princípio é usado em mecânica, elétrica, fornos e todas as outras especialidades que fazem uso da termografia. O gradiente nos permite entender os diversos processos de sobrecargas apresentados nas situações estudadas e, dependendo da área, pode explicar as causas da inflamação.

Na sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 36 anos e sem histórico de comorbidades e apresentou dores em joelhos. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado algumas alterações térmicas sem grandes alterações de temperatura. O que de fato auxiliou no diagnóstico foi o gradiente que revelou alterações de cadeias musculares e seus desequilíbrios.
Portanto, não é a temperatura em si que responde as diversas dúvidas da análise, mas sim o gradiente. Até porque, a primeira linha de análise que fazemos instintivamente é sobre o gradiente, vide os princípios das paletas de baixo contraste.

Ah o gradiente, nosso maior aliado.

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Dor e analgesia – parte 2

Na clínica, quase sempre a chegada do paciente ao consultório é por motivo de dor, seguido por alguma disfunção (podendo estar ou não associado a dor). Dito isso, no objetivo terapêutico devemos sempre colocar a analgesia e, quase que em sua integralidade, o programa terapêutico fica litado por não sabermos o que de fato está acontecendo no tecido.

Assim, quando um paciente chega com uma dor, devemos sempre ter em mente que um exame de imagem pode muito bem nos mostrar o que de fato está provocando a dor e o programa terapêutico poderá focar precisamente na causa da dor, e não em sua consequência. Porque se focarmos na dor e não em sua causa, nunca entregaremos a analgesia ao paciente, apenas momentos de analgesia. Ainda, corremos o risco de aplicar qualquer carga e a dor se agravar.

Como um método de segurança, tanto técnica quanto jurídica, após entender o caso e levantar uma hipótese diagnóstica, eu sempre solicito exames de imagens para fechar o diagnóstico (quando o paciente não os tem). Isso me ajudará não só a determinar quando e como iniciar a carga terapêutica como poderá me proteger juridicamente.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 82 anos e com histórico de várias comorbidades e que apresentou dor em região lombar direita. Ao realizar uma Análise Termofuncional, foi detectado uma alteração térmica correspondente a irradiação de L3-L4 e L4-L5, foi então sugerido um exame de ressonância magnética para determinarmos o grau de lesão tecidual.
Somente após o exame de imagens para determinarmos como podemos proceder em casos assim, pois qualquer carga aplicada pode agravar a dor e a limitação da paciente.

Por isso é importante termos em mãos exames de imagens complementares para podermos programar corretamente o objetivo terapêuticos e suas várias fases e incremento de carga ao longo do processo de reabilitação.

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Estado inflamatório e regeneração – parte 1

A inflamação é uma resposta natural do organismo a agressões/lesões e que tem como objetivo proteger e restaurar os tecidos afetados e, quando tudo acontece de forma coordenada, o tecido almeja sempre chegar a regenerar tecidual. A inflamação é caracterizada por uma série de alterações bioquímicas e celulares que ocorrem no local da lesão, resultando em sintomas como dor entre outros (vermelhidão, inchaço e calor).

O aparecimento da dor na inflamação é resultado da ativação de fibras nervosas que respondem a estímulos mecânicos, térmicos e químicos. Essas fibras nervosas (nociceptores) são ativadas pela liberação de substâncias químicas inflamatórias (como a bradicinina e prostaglandinas) que sensibilizam as terminações nervosas e aumentam a resposta aos estímulos dolorosos. Além disso, a inflamação pode estimular a produção de substâncias químicas (TNF entre outros) que também contribuem para a geração da dor.

Quando a inflamação chega num certo patamar de intensidade, estes neurônios são ativados e a sinalização cerebral é acionada para gerar um mecanismo de proteção. Este mecanismo de dor é ativado para que possamos “imobilizar” o local, permitindo tempo para a célula tentar regenerar a lesão.

Quando respeitamos as fases da inflamação, conseguimos chegar a tão sonha regeneração. Se algo atrapalhar o processo minucioso que é a regeneração, o desfecho será a reparação. Às vezes, este não é um desfecho ruim, podendo ser muito bem utilizado, mas sempre devemos almejar a regeneração.

Desta forma, se colocarmos a regeneração como objetivo principal da reabilitação, os processos terapêuticos deverão ser mais acertados em relação ao melhor desfecho do processo, promovendo a completa restauração da funcionalidade do tecido.

Por isso, quando o paciente apresenta uma inflamação com presença de dor, devemos sempre almejar atingir o processo regenerativo, porque assim promoveremos de forma indireta a analgesia. Agora o inverso não é verdadeiro, almejar inicialmente a analgesia não determina que o desfecho final será a regeneração. Ah a regeneração, nosso maior objetivo.

#inflação #dor #fisioterapia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 1

A radiação laser promove efeitos celulares e teciduais no local de sua aplicação, mas o que poucos fisioterapeutas sabem é que ela também promove efeitos locais e distantes do local da sua aplicação. E estes efeitos distantes nos ajudam muito na regeneração tecidual, porque quando nos deparamos com lesões teciduais estas normalmente não são apenas locais. Além disso, o tecido sofre com a sobrecarga imposta pelo local da lesão, gerando compensações teciduais dispersas ao foco originário da lesão.

Esta sobrecarga gera um mecanismo vicioso de lesão-sobrecarga-mais lesão dificultando a regeneração tecidual e a reabilitação. Um grande auxiliador para se quebrar este ciclo é justamente a laserterapia, pois ela induz fortemente à regeneração celular e tecidual do local da lesão e seu entorno.

Este efeito pode ser visto no vídeo termográfico abaixo de uma aplicação de laserterapia em uma lesão tendínea em tornozelo esquerdo. Pode-se notar as diversas reações teciduais com a aplicação e absorção da radiação no tecido, inclusive em áreas bem distantes da aplicação. Isto demostra claramente que o tecido reage a radiação de forma local e distante, por isso conseguimos ver estas as reações no vídeo.
Portanto, a grande arma do fisioterapeuta para a indução à regeneração é a laserterapia, pois somente com ela podemos quebrar o ciclo vicioso de lesão-sobrecarga-lesão, promovendo a regeneração tecidual.

Este efeito vai ajudar muito na rápida reabilitação do paciente, somado a isso o efeito tecidual da aplicação da laserterapia é único: a regeneração celular. Dito isso, a laserterapia de longe é a maior arma regenerativa do fisioterapeuta.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #laser #laserterapia

Laserterapia 1 – 25-01-23

Dor e analgesia – parte 1

Na clínica, a grande dificuldade é tirar a dor apresentada pelo paciente e manter a funcionalidade do tecido ao mesmo tempo. Esta dificuldade acontece porque quando temos dor por períodos longos de tempo (crônico), desenvolvemos inúmeros mecanismos compensatórios que acabam por gerar limitação funcional e esta limitação gera mais dor. Este é um processo compensatório e vicioso de retroalimentação: dor-compensação-limitação-dor.

Assim, quando o paciente chega com estes mecanismos de proteção ativos (nosso “gesso” funcional = imobilismo e limitação articular) temos uma tarefa complexa que é diminuir a compensação e ganhar amplitude para, por fim, diminuir a dor. Mas este é um processo doloroso para o paciente: retirar o “gesso” funcional para chegar à analgesia. Claro, à medida que se ganha diminuição das compensações e limitações já ganhamos parcialmente uma analgesia (na intensidade da dor), porém ainda demora algumas fases para chegarmos a tão sonhada e completa analgesia.

Um segredo que ninguém conta é que a analgesia acontece quando ganhamos FUNCIONALIDADE. Claro, ao mesmo tempo aplicamos medidas analgésicas, mas sem ganho de funcionalidade a analgesia não permanece.

Como na sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 38 anos e sem comorbidades e que apresentou dor em região lombar e pé direitos de forma limitante (limitação de deambulação). Foi realizado um Exame Termofuncional e constatado dermátomos correspondentes à raiz de L1-L5. Foi então tratado de forma a tirar primeiramente a compensação, depois a limitação e, por fim, a analgesia se apresentou de forma completa.

Portanto, o foco para dores crônicas sempre será tirar o “gesso” funcional para, por fim, chegarmos à analgesia completa, pois a sintomatologia é sempre multifatorial.

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 1

Na clínica, o grande desafio do fisioterapeuta é explicar para o paciente sobre a disfunção que ele possui. Mais ainda, explicar porque aquela disfunção muitas vezes não corresponde com a dor relatada pelo paciente, pois o paciente pode chegar com uma dor e esta ser consequência de uma disfunção mais complexa e profunda.

Quando isso acontece, o paciente não entende por que temos que tratar a disfunção (causa) ao mesmo tempo que tratamos a dor (consequência), pois para o paciente tratar a dor é a solução. Mas, para nós fisioterapeutas, a disfunção é a chave para a assintomatologia, volta da funcionalidade e promoção da saúde.

Como na sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, de 55 anos, sem comorbidades e com relato de rigidez em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e, na análise quantitativa, não apresentou nenhuma alteração significante. Já quando foi feito a análise qualitativa, o gradiente revelou uma sobrecarga na musculatura da região lombar, corroborando com o relato de dor do paciente.

Como visto no exemplo acima, nem sempre precisamos ter aumento de temperatura fora da escala de normalidade para termos uma resposta (análise quantitativa). Nem sempre é preciso análises complexas para obtermos respostas fidedignas, pois temos formas mais simples e altamente eficazes de analisarmos as dores relatadas pelos pacientes, como o gradiente (análise qualitativa). De longe o gradiente é o maior aliado do fisioterapeuta.

Ah o gradiente, o grande artista do infravermelho.

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