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Propriedade intelectual – parte 8

Passamos então a tentar comercializar a obra e/ou a patente. Aqui vou compartilhar conselhos importantes baseados na minha experiência:

1. NUNCA, NUNCA, JAMAIS conte o conteúdo da sua obra, principalmente tecnicamente;
2. Antes de apresentar seu diferencial, mesmo de forma superficial, assine um NDA (Non-Disclosure Agreement) entre as partes, você e quem for receber o seu segredo.

Um NDA tem que, necessariamente, ter uma multa que desencoraje o outro lado a pensar em apropriação indébita. Porque, se a multa for insignificante a ponto de encorajar o crime, vale mais ao infrator violar sua obra. O meu NDA tem uma multa de USD 500 mil, muitos já o assinaram> Eu mesma já usei meu próprio NDA para resguardar a outra parte. Mas nem sempre é simples.

Dica de ouro, uma coisa eu aprendi nestes 15 anos: se alguém se recusar a assinar um NDA ou quiser tirar a multa, NÃO PROSSIGA. Não vale o risco. Você pode se empolgar e cair em uma cilada. Uma pessoa agindo de boa-fé jamais se recusará a assinar o seu NDA nem criará empecilhos para isso.

Ameaçar declinar de um negócio ou parceria só pelo fato de não querer (ou enrolar para) assinar um NDA, não fará você perder uma “oportunidade”, fará você evitar de perder sua propriedade.
#propriedadeintelectual

Propriedade intelectual – parte 6

Bom, se você até aqui, você já descreveu seu objeto perfeitamente, agora vamos “pedir”.

Dica de ouro: NUNCA feche 100% sua patente.

O que isso quer dizer? Quais as possíveis abrangências potenciais do seu objeto? Ele pode ser adaptado para x, y, z? Ele tem uma fórmula com, sei lá, 200 gramas de algo?

Não feche precisamente esta descrição, saiba abranger todo o espectro possível do “arco-íris”. Um exemplo: não coloque fechado sua receita de 200g de algo, coloque entre 1 e 1000g com maior resultado em 200g.

Como eu descobri isso? Tenho uma prioridade de patente de um medicamento para feridas abertas de difícil cicatrização (br PI110451515) e outra prioridade de patente de um novo laser (br BR2017050370) para regeneração celular em 45 países além do Brasil.

Eu li inúmeras patentes com um olhar crítico, me colocando no lugar de um alguém mal intencionado e fui entendendo o padrão de comportamento dos “quebradores” de patentes.

Percebi que toda patente, como gosto de chamar “fechada”, é facilmente derrubada. Quis o destino que, ao mesmo tempo, eu tivesse uma imersão com o especialista em patentes e direito autoral, isso me apontou o melhor caminho a trilhar.

Daí o grande segredo: saiba ser amplo e específico ao mesmo tempo.
#patentes

Propriedade intelectual – parte 4

Se tudo deu certo, você terá agora sua certidão de obra autoral.

Se você chegou até aqui, parabéns, você é detentor de sua própria criação.

Vamos agora entrar no mérito da obra. Ao ter este título, a lei nos concede 2 direitos:

1. Moral: VOCÊ, e SOMENTE VOCÊ, é responsável pela produção do seu intelecto, de forma intransferível. Em outras palavras, você é titular daquela autoria e deve ser reconhecido e citado SEMPRE que e onde couber;

2. Patrimonial: aqui vem o retorno financeiro, por determinado período de tempo (em geral, entre 50 e 70 anos após a sua morte), e você poderá obter provento financeiro através da própria criação, seja no domínio industrial, científico ou literário.

Chegamos no ponto real da criação: os proventos financeiros. Aqui, vou explicar quão complexa e delicada é esta fase.

Dica de ouro, de quem já passou por muita coisa ruim: MANTENHA EM SIGILO COMPLETO O CONTEÚDO DE SUA OBRA.

O seu maior investimento neste estágio será escolher um especialista na área de direito autoral para vender muito bem a sua obra. Aprendi com um ditado simples: “a justiça não acode quem dorme”.

Então, caros colegas, este ponto é crucial para se vender bem sua obra.

Propriedade intelectual – parte 2

A propriedade intelectual divide-se em duas categorias: propriedade industrial (patentes, marcas e outros – lei n° 9.279 de 14 de maio de 1996) e direito autoral e conexos (lei n° 9.610 de 19 de fevereiro de 1998). A primeira é sobre patentes e a segunda sobre o direito autoral.

Vamos começar com o direito autoral, pois é o mais atingido no nosso meio.

Esta lei começa descrevendo o que é “obra”:
“Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro […]”
Esta descrição, linda por se dizer, reflete o que é “intelectual” em todo o seu âmbito, quase um “penso, logo existo”.

Uma vez expressado por qualquer meio ou termo (até verbal) é uma obra protegida por lei. Portanto, uma expressão do intelecto é protegida por lei, vide caso do Facebook.

Continuando:
”I – os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
X – os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, […] e ciência;”

Portanto, tudo que é expressão da SUA mente, é de SUA AUTORIA, inclusive trabalhos científicos, esboços, teses, rascunhos, e-mails e inovações.

Pronto, o primeiro passo já demos, você sabe o que é “obra” SUA.

Estado inflamatório e regeneração – parte 1

O processo inflamatório é minucioso, delicado e longo (leva até 2 anos para se concluir) e pode levar a alguns desfechos.

O desfecho mais almejado é o processo regenerativo, porém a inflamação pode ir para dois desfechos não desejados: a reparação e a degeneração.

Para se alcançar a tão sonhada regeneração celular, deve-se primeiro entender as várias fases da inflamação. Dito isso, é fácil explicar por que a inflamação é um “estado” e nós apenas conseguimos ver um momento deste processo, pois enxergamos aquele momento.

O estado inflamatório tem várias fases, e elas não são ruins, são necessárias. Porém, quando este estado persiste ou é acelerado, temos os dois desfechos ruins.

Quando nós usamos o estado inflamatório a nosso favor, conseguimos induzi-lo a regeneração. Quando “brigamos” com ele, teremos a reparação e a degeneração.

Para se entender melhor como fazemos isso, vou explicar passo a passo do estado inflamatório para mostrar ao colega fisioterapeuta como alcançar o desfecho ideal.

Colega fisioterapeuta, siga os próximos posts que eu vou ensinar como desvendar os estados inflamatórios e induzir ao desfecho para o processo regenerativo.

Gostou? Compartilhe com quem você acha que vai gostar.

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 1

O método de termografia infravermelha tem evoluído muito nos últimos 50 anos e tem nos ajudado a entender a beleza de se enxergar o espectro infravermelho.

Porém, nem tudo é tão simples só por ver uma imagem “colorida” na tela da câmera, como nesta imagem linda de uma xícara com água quente e outra fria. Esta imagem reflete bem a diferença de um gradiente térmico captado em um termograma, lindo por se dizer.

Em biociências, é mais complexo ainda, pois o gradiente térmico reflete inúmeras informações térmicas teciduais. Isso nos mostra como é importante uma habilitação adequada, uma formação que não seja um “conto do vigário”.

Sem uma formação adequada, você apenas enxergará uma imagem “colorida” e a sua análise será pobre: o “branco” ou “vermelho” é uma inflamação. Como muito tenho visto e ouvido.

Para ser um termografista, você deve saber USAR todo o potencial do método, ou seja, você deve ser um grande Sherlock:

“Elementar meu caro termografista, no termograma tudo é sobre os gradientes, pois eles que nos mostram a “digital” do que estamos procurando”. (Dra. Paula Machado)

Habilite-se e você passará a entender o que o tecido tem para lhe dizer.

Pesquisar sempre, entender mais

Pesquisar faz parta da rotina dos profissionais, pois isso aumenta a capacidade de processamento de informações e a tomada de decisão terapêutica caso a caso.

Claramente isso permite uma maior inclusão de dados, facilitando o diagnóstico e o monitoramento da condição funcional do paciente em tratamento.

Uma das coisas que mais me estimulam, são as pesquisas, em vários assuntos e de várias formas.

Em tempos de pandemia ficam difíceis as pesquisas em grupo, mas nada tira do coração o desejo por pesquisa.

Nada é mais satisfatório do que compartilhar publicamente a sua “descoberta”, para que outros entendam mais. Tal como eu aprendo mais com cada compartilhamento de outros.

Este círculo vicioso é tão produtivo que nos permitiu chegar exatamente aonde estamos hoje.

Chegaremos lá novamente.

Até lá, o estudo é online e a saudade é crescente.