Dor e analgesia – parte 10
A dor crônica musculoesquelética pode ser consequência de inúmeros fatores, mas quando falamos de um das dores musculoesquelética que mais acomete a população, estamos falando da dor lombar.
De causa multifatorial, ela nunca vem em consequência de apenas um fator, com exceção do trauma. Em geral, a dor lombar é sindrômica, decorrente de vários fatores como: encurtamentos e fraquezas musculares, escoliose, sedentarismo, a ocupação profissional, etc.
Somado a isso, algumas atividades físicas quando não praticada de forma proporcional (acima da capacidade do indivíduo) podem desenvolver a dor. Nestes casos, o paciente relata a dor lombar sempre depois da atividade.
Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 44 anos, sem comorbidades e que apresentou dor lombar ao acorda depois da prática de pilates. Foi Realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com o relado de dor.
Dito isso, temos sempre que entender que a volta a atividade física também passa pela volta a prática de atividade física e ou esportiva, e devemos entender que o programa de carga teve estar compatível com a capacidade e necessidade do paciente.
Além do fato do treino da biomecânica, fator decisivo para o desenvolvimento ou não de dores musculares e até lesões.
Entender este processo facilita a fase da reabilitação em que o paciente está liberado para a prática de atividade física, que deve estar contemplado no programa terapêutico. O tratamento do fisioterapeuta não acaba quando a dor cessa e nem mesmo quando o paciente atinge apenas a sua funcionalidade, mas sim quando o profissional entrega o paciente em sua plena capacidade física e social.
Somado a isso, também devemos almejar a prevenção da volta a lesão, incluindo um programa preventivo no tratamento final do paciente.
A fisioterapia não se limita apenas ao tratamento da dor e da disfunção, mas ele tem que ir além, até a plena capacidade do paciente e até a prevenção. Isso deveria ser óbvio, mas para a grande maioria, não é.
Parafraseando Sherlock Homes: “Não há nada mais enganador que um fato óbvio.”
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