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Estado inflamatório e clínica – parte 5

Existem muitas formas em que o estado inflamatório pode acabar seguindo o desfecho da degeneração, e o que eu considero o mais atual é o overtraining.

Explicando rapidamente e de forma simples, o overtraining é uma síndrome do excesso de treinamento. Não são só os atletas de alto rendimento que podem ter esta síndrome, pessoas que praticam atividade física sem controle da carga também.

Ela é definida como um distúrbio neuroendócrino (hipotálamo-hipofisário) que resulta no desequilíbrio entre a demanda do exercício e a possibilidade de sua assimilação (recuperação da carga), gerando alterações metabólicas e até degenerativas. Não vou entrar no mérito das alterações psicológicas do overtraining, pois não é meu know-how.

O pior deste quadro é que, como este tipo de pessoa não tem toda a assessoria de um atleta de alto rendimento, que impede o início e a progressão de um overtraining, o paciente só cessa a atividade quando as lesões estão muito graves, estabelecidas e a ponto de limitá-lo com dor intensa.

Assim, quando um paciente está em overtraining por muito tempo, ele entra num ciclo de degeneração e acaba por apresentar várias áreas degeneradas. E somente quando quadros de fissuras teciduais acontecem, ou já rupturas parciais, é que o paciente procura a fisioterapia.

Só que, estes efeitos degenerativos do overtraining, dependendo da intensidade e do tempo da carga, podem perdurar por 6 meses. E a grande maioria dos pacientes não quer esperar estes efeitos baixarem para começarmos a pensar na possibilidade de regenerar os tecidos, pois nem mesmo com imobilismo e laserterapia conseguimos parar rapidamente esta degeneração, pois ela vai continuar por meses.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 49 anos, sem comorbidade e que apresentou dor em cotovelo direito e que pratica esporte com raquete. Ao realizar uma Análise Termofuncional, foi detectado alterações térmicas condizentes com o relato de dor. Ao realizar exames de marcadores químicos, foi detectado alterações que, ao analisarmos o treino, corroborava com overtraining.

Dito isso, é importantíssimo entender estes quadros para sabermos como explicar e tratar o paciente. Mais ainda, como orientar o paciente para a mudança do excesso da atividade física.

Portanto, saber enxergar os passos da inflamação é o que precisamos para mostrar e explicar o quadro total do paciente. E só assim, para começarmos a mudar esta síndrome.

#inflamação #dor #fisioterapia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 5

A laserterapia é a técnica mais complexa da fisioterapia e a com a pior qualidade de formação da profissão. Todos saem com a base muito ruim da graduação, quando tem.

Pouquíssimos profissionais estudam a laserterapia a ponto de efetivamente promover resultados regenerativos, e isso gera o desinteresse do profissional em estudar esta técnica.

Dito isso, a grande maioria aplica de forma mecanizada a laserterapia e isso se reflete nos trabalhos publicados.

Existe uma grande diferença entre os trabalhos publicados, controlados em laboratórios ou clínicos, e a prática clínica. Até hoje, não temos um modelo de procedimento que possa afirmar, com rigor científico, que se obtém os melhores resultados com uma determinada forma de aplicação.

Em sua grande maioria das vezes, o profissional segue o protocolo do fabricante que está estabelecido há mais de 25 anos, sendo 3-4J para tudo. Sem considerar potência, comprimento de onda, espessura do feixe, tempo de aplicação, fluência ou dose. Sem mencionar a calibração, item ignorado por todos, além claro da fisiopatologia a ser tratada.

Isso faz com que os resultados sejam incertos alcançando, no máximo, uma analgesia relativa.

Isso gera uma total descredibilidade da técnica, voltando para o passo 1 que é a falta de conhecimento do profissional, por falta de resultados.

Isto posto, somente com estudos profundos e uma correta formação deste profissional que poderemos alcançar o que a laserterapia é capaz de promover: a indução à regeneração.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #laser #laserterapia

Dor e analgesia – parte 5

Ter informações da dor do paciente é uma grande arma para nós fisioterapeutas, pois nos permite modular a terapia. Mais ainda, é ter estas informais em tempo real e com dados mais precisos.

Isso porque, mesmo o relato de dor consciente do paciente e os diversos sinais de compensações da dor, estas não são informações absolutas, mas sim relativas. Agora, quando temos estas informações mais precisas, isso nos ajuda e muito a determinarmos o que fazer precisamente na sessão.

Uma destas formas é termografia, que nos permite detectar informações da radiação decorrente dos diversos metabolismos celulares em tempo real.

Como no caso do termograma abaixo de um paciente do sexo masculino, 71 anos, sem comorbidades e que apresentou dor em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com o relato de dor.

Neste momento, estas informações permitem uma nova abordagem terapêutica mais precisa para uma analgesia, uma vez que a terapia pode ser Termoguiada e precisa.

Porém, o uso da termografia só é válido quando se tem o correto conhecimento deste método e a técnica, pois sem isso, o seu uso é nulo.

A dor é frequentemente multifatorial e deve ser estuda com diversos métodos e técnicas de forma lógica e sistematizada. Sem isso, não vencemos a dor, mas apenas a camuflamos temporariamente.

#dor #fisioterapia #reabilitação #termografia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 5

Ter conhecimento pleno das ciências que compõe o Método de Termografia Infravermelha é a chave para a primeira técnica no mundo a ser homologada por um conselho de classe.

Para quem estuda realmente a história da termografia na saúde, com documentos originas, podemos entender por que a termografia não alçou os mesmos voos que na área tecnológicos.

O problema está no estudo da temperatura, uma vez que a termografia não vê temperatura e sim radiação infravermelha. Isso porque na área da saúde, o desenvolvimento do infravermelho se deu exclusivamente pela experiência pessoal do profissional, e não pela correta formação nas ciências do método.

Dito isso, o uso da termografia na saúde se baseou erroneamente e exclusivamente na temperatura, e isso fez com que o entendimento do método fosse perpetuado errado. Já nas exatas, o uso do método é muito bem fundamentado na ciência e amplamente usado através da radiação, e não temperatura.

Um exemplo disso é quando na saúde não tempos diferenças muito significativas de temperatura, fazendo com que o profissional deixe de usar a termografia. O uso básico do método é través do gradiente, e não da temperatura, erro crucial na saúde.

Como no caso da sequência de termogramas abaixo de uma xícara de alumínio do Kennedy Space Center – EUA em que possui desenhos com densidades diferentes. Isso permite, com o olhar do infravermelho, ver o desenho em relevo.

Este efeito ocorre por conta do gradiente e da lei da condução térmica, tornando a imagem uma arte.

Através deste mesmo princípio, conseguimos captar muitos dos efeitos metabólicos dos diversos tecidos através da pele. Porém, tal como nas áreas de exatas, existe muita ciência envolvida para simplesmente considerarmos uma condução térmica para a pele.

É necessário entender toda a física da radiação e dos sistemas infravermelhos associado a biologia para compreender plenamente o que captamos com a termografia.

Por isso, de longe, o gradiente é a chave para a compreensão dos diversos metabolismos através dos sistemas infravermelhos, pois estamos muito a quem das análises de temperatura através de sistemas infravermelhos.

Ah o gradiente, nosso maior aliado.

#termografia #dor #fisioterapia #reabilitação #termografia