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Estado inflamatório e regeneração – parte 5

Na fisioterapia, a liberação de carga refere-se à estratégia de remover a carga ou o peso sobre a área afetada durante o processo de reabilitação e aplicá-la gradualmente somente quando o tecido estiver apto. Isso é feito para permitir que o tecido lesionado se recupere adequadamente sem sobrecarregar ou lesar novamente a área.

Isso porque a liberação de carga é uma abordagem que busca equilibrar a necessidade de imobilizar e proteger a área lesada com a necessidade de promover a recuperação funcional e a restauração da força e mobilidade. O objetivo é permitir que o processo de cicatrização ocorra sem comprometer a integridade dos tecidos e, ao mesmo tempo, evitar a perda excessiva de massa muscular, diminuição da densidade óssea e rigidez articular.

A estratégia de liberação de carga pode variar dependendo do tipo e da gravidade e intensidade da inflamação. Em alguns casos, pode ser necessário o repouso absoluto inicial e a aplicação de modalidades terapêuticas, como gelo, compressão e elevação (conhecidas como RICE, do inglês “rest, ice, compression, elevation”). À medida que a cicatrização progride e a dor diminui, a carga pode ser gradualmente reintroduzida por meio de exercícios terapêuticos e atividades específicas.

O cuidado entre a liberação e a aplicação da carga e a regeneração é o segredo para a completa regeneração celular e a volta a funcionalidade. O profundo conhecimento das várias fases do estado inflamatório e das diversas técnicas de aplicação de cargas é o que separa dos melhores resultados para a ausência de resultados.

Neste racional, a sabedoria está sempre no equilíbrio da liberação da carga. Parafraseando Aristóteles: “A dúvida é o princípio da sabedoria.”

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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 5

Você sabe qual o potencial da laserterapia na indução da regeneração celular?

Conhecer todo o potencial que a laserterapia pode exercer no processo de regeneração é o segredo entre o resultado (completa regeneração) e a ausência de resultado (analgesia) no uso da laserterapia. Demanda muito conhecimento da fisiopatologia, estágios do estado inflamatório e profundo conhecimento da aplicação da radiação laser para alcançarmos a regeneração com a aplicação da laserterapia. Por isso, vamos entrar um pouco no potencial da regeneração através da laserterapia.

A regeneração celular envolve a substituição de células lesadas por células novas e funcionais, inclusive a própria remodelação tecidual ocorre como parte do processo de regeneração celular, substituindo gradualmente o tecido cicatricial por tecido originário.

A radiação laser, quando aplicada corretamente, pode ter efeitos indutores da regeneração celular. A interação do laser com os tecidos vivos ocorre por meio de diversos mecanismos biofísicos e bioquímicos, que podem estimular o processo de regeneração celular em nível celular e molecular. Ela induz a proliferação celular, a síntese de fatores de crescimento, a angiogênese e outros mecanismos que facilitam a regeneração adequada do tecido.

Por consequência, ela também pode exercer efeitos anti-inflamatórios, reduzindo a liberação de substâncias inflamatórias e promovendo a modulação do sistema imunológico. Isso ajuda a diminuir a resposta inflamatória excessiva, facilitando um ambiente propício para a regeneração celular.

Assim, além da radiação laser remodelar diretamente o tecido, ela também desempenha um papel determinante na indução da regeneração celular e na criação de condições favoráveis para que o tecido lesado seja substituído por tecido originário.

Para aqueles que se interessam pelo assunto, segue um artigo que participei como co-autora sobre laser e regeneração celular.

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 5

No universo do Método de Termografia Infravermelha o gradiente (análise qualitativa) torna-se a chave para a interpretação e o entendimento dos relatos de dores e disfunções dos pacientes, muito mais do que a temperatura (análise quantitativa) em si.

Assim, quanto temos o profundo conhecimento deste método e suas técnicas derivadas, passamos a entender e usar muito mais o gradiente do que a temperatura. Até porque, como ainda não temos parâmetros fidedignos de graus risco (escalas de temperatura) de disfunções, estes ainda não podem ser usados como forma exclusiva de risco. Além disso, existem outros sinais e sintomas que já demonstram a gravidade da disfunção sem termos a apresentação de grandes alterações de temperatura.

Como visto no termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 50 anos, sem comorbidades, praticante de atividade física, sem exames prévios de imagens e com relato de dor associado a limitação de movimento da região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional onde não foram detectados riscos térmicos. Porém, através do gradiente, foi detectado alterações térmicas condizentes com irradiação em forma de “Asa de morcego” ©.

Este gradiente facilitou muito o entendimento da causa de dor, inclusive a progressão desta, se não tratada. Isso facilitou muito na hora de explicar a paciente como a progressão da disfunção poderia acontecer e como a reabilitação poderia diminuir esta.

Quando temos um gradiente que descreve a forma da disfunção, fica mais fácil interpretar e associar os achados clínicos com os sintomas do paciente. Entretanto, não ter o conhecimento profundo dos métodos e técnicas pode levá-lo facilmente ao erro, pois a imperícia promove o viés de “crença” e esta ameaça a validade da interpretação.

Dito isso, e como comentado em posts anteriores, somente com o profundo conhecimento de cada método e técnica utilizados para saber como analisar e interpretar corretamente o gradiente, pois “a forma é um vetor de forças”.

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Dor e analgesia – parte 5

A promoção da analgesia é um grande desafio na clínica, pois depende de inúmeros fatores, a começar por uma correta avaliação que gerará um correto diagnóstico. Como comentado em outros posts, a chave para se alcançar um diagnóstico assertivo é conhecer o máximo de métodos e técnicas que podem te auxiliar na assertividade deste, pois isso irá aumentará suas chances de acerto.

Esta assertividade ajuda muito na construção do programa terapêutico, pois permite uma precisão maior nas escolhas dos diversos métodos e técnicas analgésicas que poderão ser aplicados.

Como na sequência de termogramas abaixo de uma paciente do sexo feminino, 50 anos, sem comorbidades e que apresentou dor em cotovelo e ombro esquerdos e sem diagnósticos prévios através de exames de imagem. Após uma Análise Termofuncional foi possível detectar alterações térmicas condizentes com a sobrecarga nos locais correspondentes as dores da paciente.

Com este quadro em mente, facilita muito a construção do programa terapêutico, dos métodos e técnicas que poderão ser usados, suas fases e evoluções progressivas. Consequentemente, facilitando a adesão do paciente ao tratamento.

Dito isso, quanto maior a precisão diagnóstica e a elaboração do programa terapêutico, maiores serão as chances de promovermos resultados analgésicos. Refletindo rapidamente nos resultados da sintomatologia e da função do paciente.

Ponto este crucial, ignorado pela maioria, que determina o resultado da reabilitação: a correta avaliação e a correta escolha dos diversos métodos e técnicas terapêuticas.

Parafraseando Aristóteles: “Não há só um método para estudar as coisas.”

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Conhecimentos básicos em Laserterapia – parte 4

Quando falamos de aplicação da laserterapia para analgesia, subestimamos a real ação direta desta. Porém, quando falamos na ação de indução à regeneração da laserterapia, estamos nos referindo a ação direta desta e em seu maior potencial terapêutico e, claro, como consequência à regeneração a analgesia se faz.

Esta ação regenerativa se faz principalmente pelo fato de quando o feixe de luz penetra nos tecidos, e é absorvido pelas células, desencadeia uma série de reações bioquímicas. E estas reações, para aqueles que não possuem conhecimento profundo desta radiação, estimula a regeneração celular através do aumento da produção de energia nas células, melhorara do fluxo sanguíneo local e, como consequência, reduz a inflamação induzindo a regeneração de tecidos.

Dito isso, quando possuímos um profundo conhecimento da laserterapia, almejamos sempre a indução a regeneração, pois a analgesia acontecerá em consequência. Assim, de todos os equipamentos terapêuticos usados na fisioterapia, o único com real potencial regenerativo é a radiação laser.

Entretanto, nem todo profissional sabe usar todo o potencial da laserterapia, subutilizando esta técnica e apenas alcançando pequenos momentos de analgesia no paciente. Para aqueles que estudam profundamente esta técnica, resultados de regeneração podem ser alcançados, inclusive com comprovação de exames de imagem.

Infelizmente, ainda não temos muitos trabalhos clínicos com metodologia adequada e parâmetros de aplicação determinados. Mas, em pesquisas in vivo, já temos comprovação da capacidade regenerativa desta técnica.

Para aqueles que tem interesse em melhorar a capacidade regenerativa de sua terapia, estudar esta técnica profundamente vai lhe proporcionar um conhecimento regenerativo e uma habilidade clínica superior, pois não existe hoje outro equipamento que produza a indução a regeneração como a radiação laser.

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Estado inflamatório e regeneração – parte 4

Uma grande dificuldade na clínica é quando o paciente chega imobilizado e passamos para a fase de liberação de carga.
Isso porque após uma lesão, a área acometida é submetida a um estresse metabólico e mecânico, resultantes das alterações fisiológicas da inflamação. Isso desencadeia uma resposta temporária como parte do processo de regeneração e adaptação dos tecidos.

É uma fase muito delicada, pois ela busca equilibrar a necessidade da retirada da imobilização, que é um meio de proteger a área lesada, com a necessidade de promover a mobilidade, a restauração da força para alcançar a plena recuperação funcional. O objetivo é permitir que o processo de regeneração ocorra sem comprometer a integridade dos tecidos e, ao mesmo tempo, evitar a perda excessiva de massa muscular, a rigidez articular e diminuição da densidade óssea.

A estratégia de liberação de carga pode variar muito dependendo do tipo e da gravidade da lesão, mas à medida que a regeneração ou cicatrização progridem e a dor diminui, a carga pode ser gradualmente reintroduzida por meio de exercícios terapêuticos e atividades específicas.

Desta forma conseguimos reabilitar o paciente no máximo potencial de sua regeneração, mesmo após ele ter iniciado a reabilitação através de um processo de reparação.

Um exemplo disso pode ser visto através do vídeo radiométrico abaixo, em que um paciente está no seu início de liberação de carga (vertical e unipodal) após uma cirurgia de tendão de calcâneo que teve uma fase de comprometimento (infecção com ferida aberta). Após melhora do quadro, a liberação da carga foi ocorrendo gradualmente e de forma segura.

A carga é muito bem vida, mas deve ser implementada no momento certo e de forma progressiva, sem retrocedermos o quadro de dor e função, pois eles são nossos marcadores de sobrecarga.

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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 4

Muitos profissionais da saúde me perguntam se a termografia pode dar diagnóstico ou “semi-diagnóstico”.

A resposta é não. O Método de Termografia Infravermelha não é adequado para gerar “diagnósticos”, mas sim como uma análise térmica e monitoramento de condição, ambas qualitativa ou quantitativamente.

Como dito várias vezes, câmeras termográficas não captam temperatura, mas sim a radiação naturalmente emitida pelos corpos EM FUNÇÃO DE SUA TEMPERATURA, através da conversão dessa informação de radiação em temperatura.

A termografia infravermelha pode ser usada como método de triagem, como avaliação e não de forma exclusiva de diagnóstico. Já ao afirmar um achado termográfico após validação de outros métodos diagnósticos é similar ao dito “engenheiro de obra pronta”.

Assim, quando um paciente chega em seu consultório sem nenhum diagnóstico por imagem prévio, com exceção de alguma grande anomalia termográfica, atente-se exclusivamente para a sua especialidade no uso da termografia infravermelha. Ao detectar alguma anomalia térmica fora de sua especialidade, não afirme nada, mas indique um especialista para as investigações apropriadas.

O gradiente nos mostra uma diversidade de processos oque estão correndo no organismo, mas não é ela que determinará um diagnóstico e nem você poderá invadir as demais especialidades afirmando algo que não é de seu conhecimento.

Como visto no exemplo abaixo de uma paciente do sexo feminino, 43 anos, sem comorbidades e com relato de dor em punho esquerdo. O gradiente nos mostra algumas alterações térmicas condizentes com o relato de dor em punho, mas outras aparecem em dedos. Poderia ser um comprometimento nervoso ou vascular? Talvez. É você que deve diagnosticar isso através da termografia? O que fazer? Indique um colega especialista, não afirme nada e trate a dor que é a sua especialidade.

Infelizmente hoje, com exceção da Termofuncional, nenhum procedimento na saúde que faça uso da termografia infravermelha possui um Termografia certificado Nível 3 ou Categoria 3 pela ABENDI, não podendo estes assumirem a responsabilidade técnica para exercer a termografia. E isso pode trazer uma falsa segurança de afirmar achados térmicos de outras especialidades. Porém cuidado, isso caracteriza imperícia.

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Dor e analgesia – parte 4

Já relatei muitas vezes que a principal dificuldade do terapeuta é fechar um diagnóstico que corrobore a dor do paciente sem nenhum exame de imagem. Isso porque, em organismos vivos, existem infindáveis possibilidades e justificativas para uma dor e isso torna um diagnóstico preciso muito difícil. Claro, temos comportamentos clássicos de lesões já conhecidas, mas as compensações destas lesões podem e vão ficar ocultas, o que dificulta muito mais o processo de analgesia.

Isto posto, o profissional que avalia um caso de dor sem exames de imagem fica muito preso em hipóteses diagnósticas, que podem ou não serem corroboradas ao longo da terapia. Isso irá influenciar diretamente na terapia aplicada e resultados alcançados. Assim, quando contamos com técnicas que nos ajudam a responder a dor relatada pelo paciente, torna-se mais fácil a elaboração a conclusão de um diagnóstico e a elaboração precisa do programa terapêutico, o monitoramento dos resultados e seus ajustes e o resultado em si.

Como no caso dos termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, 44 anos, sem comorbidades e esportista que apresentou dor em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações térmicas condizentes com compressão e irradiação de L4-L5 a direita.

Esse termograma facilitou muito o programa terapêutico e o monitoramento das diversas terapias aplicadas. Ainda, isso facilitou associar a evolução do tratamento a melhora do relato de dor do paciente, potencializando e muito os resultados terapêuticos, chegando rapidamente a promover a analgesia no paciente.

Dito isso, devemos conhecer o máximo de métodos e técnicas avaliativas para conseguirmos fechar um diagnóstico da forma mais precisa e este proporcionará um programa terapêutico muito mais efetivo.

Uma vez que se não acertarmos na avaliação, a probabilidade de sucesso é muito menos. Parafraseando Aristóteles: “O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito na medida em que avança.”

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