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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 10

Ter o conhecimento do correto uso do Método de termografia Infravermelha é um privilégio para poucos, especialmente no universo das biociências, pois o uso incorreto do método leva a análises equivocadas.

A grande maioria das pessoas, em biociências, tem o primeiro contato com uma câmera termográfica em departamento em que ela começa a trabalhar. Ai, ela olha a termografia e pensa: “nossa, com é fácil isso. É só avaliar a temperatura com as escalas de cor”. E, pronto! A partir disso a pessoa se autodenomina termografista. Isso foi exatamente o começo da termografia em biociências em meados de 1990.

Porém, em biociências, o menos usamos são as temperaturas, pois elas requerem uma formação muito especializada para se saber usar análises quantitativas com a termografia. Para quem de fato detém o conhecimento da termografia, sabe muito bem que o uso da termografia em biociências esta muito mais para as análises qualitativas que quantitativas.

Como no caso do termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 51 anos, sem comorbidades e com relato de dor em ombro após relatar que dormiu mal (segundo relato do paciente). Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alterações condizentes com o relato de dor.

Isso só foi possível através do gradiente, pois em biociências deve-se usar a forma qualitativa de análise térmica e não a qualitativa. É muito complexo o uso de análises quantitativas e, ainda hoje, não temos profissionais adequadamente formados no Método de Termografia Infravermelha, fazendo uso equivocado da termografia.

Quando os profissionais entenderem que a Termografia Infravermelha não “vê”, detecta temperatura. Quando estes profissionais entenderem que a termografia detecta radiação e não temperatura, o universo que eles criaram a partir de temperaturas, vai cair por terra.

Por isso devemos sempre estudar profundamente como o Método de Termografia Infravermelha é feito, e não apenas criar coisas a partir da experiência pessoal, como é o caso da termografia em biociências desde a década de 1990.

Parafraseando Sherlock Homes: “Todos os problemas se tornam infantis depois de explicados”.

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