Estado inflamatório e clínica – parte 7
Uma falha muito comum na clínica é não ter um pensamento lógico (clínico) e sistematizado. Isso nos faz ter um olhar com viés daquilo que queremos achar, respondendo rapidamente a uma pergunta do paciente. Porém, isso nos leva a cometer erros sucessivos de forma a não conseguirmos fechar um diagnóstico correto, e consequentemente, o tratamento não será preciso.
Devemos tem em mente que uma avaliação deve ser, o máximo possível, precisa e objetiva tentando trazer informações que podem nos prover pistas para conseguirmos responder “o que está provocando a dor do paciente”.
Como no caso da sequência de termogramas abaixo, de um paciente do sexo masculino, 56 anos, sem comorbidades e que apresentou dor em quadril esquerdo, sem apresentar exames de imagem e sem apresentar dor em testes clínicos no momento da avaliação. Após uma Análise Termofuncional foram detectadas alterações térmicas condizentes com a queixa de dor do paciente.
Estes resultados facilitaram a compreensão da inflamação e como esta inflação estava desencadeando dor na região relatada pelo paciente e suas compensações posturais. Dito isso, devemos ter em mente que nem sempre o paciente vem com sinais, sintomas e exames de imagem que deixam claro o que está acontecendo no tecido e o porquê da dor.
É necessário sempre ter em mente que uma avaliação deve procurar responder a causa da dor, com lógica e de forma sistematização. Assim, conseguimos chegar a um diagnóstico, com menor probabilidade de erro, mesmo com poucas pistas.
Saber perguntar, ouvir e observar são as regras básicas de todo cientista e é com este pensamento que devemos encaminhar a avaliação, e com isso um tratamento preciso. Isso porque a inflamação é multifatorial e se você procurar apenas uma coisa, vai deixar de escapar as pistas mais importantes.
Parafraseando Sherlock Holmes: “Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes.”
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