Dor e analgesia – parte 7
Durante a reabilitação, é muito comum o paciente gerar compensações para a manter/suportar a lesão e isso acaba por gerar mais sobrecargas e novas dores, ou até novas lesões. Isso sem mencionar lesões anteriores e que estavam ocultas (nunca se manifestaram) ou “hibernadas” (lesões crônicas que ciclam entre melhora e piora).
Dito isso, é muito importante avaliar constantemente as compensações do paciente e, principalmente, os relatos de dor consciente do paciente, pois estes nos dizem exatamente onde o paciente apresenta compensações que agravam com o aparecimento de lesões.
Assim, quando o paciente chega a sessão e relata uma dor não relacionada a lesão (que estava sendo tratada) é importantíssimo que o fisioterapeuta avalie esta dor, pois esta dor pode ser uma compensação oculta da lesão ou sobrecarga decorrente desta.
Como no termograma abaixo de uma paciente do sexo feminino, 69 anos, com histórico de queda sobre a mão esquerda (±4 semanas) e que apresentou dor aguda em ombro direito. Foi realizado uma Análise Termofuncional e detectado alteração térmica condizente com o relato de dor da paciente.
Foi possível associar a dor relata da paciente com a sobrecarga do ombro direito por conta do trauma em mão esquerda. Isso fez com que fosse implementado no programa terapêutico o tratamento do ombro direito, sobrecarregado pela disfunção da mão esquerda.
Este exemplo é um clássico da clínica em reabilitação e devemos esta constantemente atentos aos relatos de dor dos pacientes, pois sem não dermos a devida atenção ao relato de dor consciente do paciente, podemos ignorar sobrecargas que podem ser tratadas precocemente e sua terapia perderá eficácia. Portanto, inclua esta visão em sua terapia.
Parafraseando Aristóteles: “Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência então não é um modo de agir, mas um hábito.”
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