Sobre gradientes e formações – parte 3
A grande maioria dos profissionais da saúde não se qualificaram e muito menos certificaram no Método de Termografia Infravermelha e, por isso, subutilizam ou mesmo erram em princípios básicos do método. O erro mais comum é achar acreditar que a termografia apenas deve ser usada como uma análise quantitativa: valores térmicos.
Isso é um equívoco grave, pois a temperatura é a última análise a ser feita na termografia, bem depois dos termogramas serem corretamente capturados e processados em softwares dos fabricantes (isso é extremamente importante). Após estes passos, analisamos primeiramente o gradiente térmico e, depois a temperatura, se de fato foi detectado um risco nestes achados. A temperatura em si só valerá se todo o procedimento termográfico foi corretamente realizado e, se e somente se, existirem riscos associados a esta escala de temperatura.
Como na sequência de termogramas abaixo de uma paciente do sexo feminino, 82 anos, com várias comorbidades e que apresentou dor em região lombar direita. Este caso foi citado no post de 21/02/23 com o tema “Dor e analgesia – parte 2” e que não foi analisado de forma quantitativa (temperatura), mas sim qualitativa (gradiente). Isto porque o termograma não apresentou temperaturas de risco.
Isto invalidaria a análise? De forma alguma, pois o gradiente disse muito mais do que a temperatura. Desta forma, todo o tratamento proposto foi sobre o gradiente.
Após acompanhamento e tratamento com fisioterapia, a paciente apresentou melhora da dor e foi reavaliada com outra Análise Termofuncional, mostrando que de fato houve melhora da compressão. O gradiente térmico deste novo termograma (de 1 mês) mostra claramente como a compressão diminuiu, justificando a melhora do relato de dor da paciente.
Como comentado no post anterior, nem sempre a termografia pode ser usa apenas com análises quantitativas, mas em sua grande maioria das vezes ela nos auxilia em análises qualitativas. Ou seja, o gradiente térmico é o maior aliado nas biociências.
Como diria o mestre @Attílio Veratti: “Falha não é evento é processo”.
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