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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 1

Na clínica, o grande desafio do fisioterapeuta é explicar para o paciente sobre a disfunção que ele possui. Mais ainda, explicar porque aquela disfunção muitas vezes não corresponde com a dor relatada pelo paciente, pois o paciente pode chegar com uma dor e esta ser consequência de uma disfunção mais complexa e profunda.

Quando isso acontece, o paciente não entende por que temos que tratar a disfunção (causa) ao mesmo tempo que tratamos a dor (consequência), pois para o paciente tratar a dor é a solução. Mas, para nós fisioterapeutas, a disfunção é a chave para a assintomatologia, volta da funcionalidade e promoção da saúde.

Como na sequência de termogramas abaixo de um paciente do sexo masculino, de 55 anos, sem comorbidades e com relato de rigidez em região lombar. Foi realizado uma Análise Termofuncional e, na análise quantitativa, não apresentou nenhuma alteração significante. Já quando foi feito a análise qualitativa, o gradiente revelou uma sobrecarga na musculatura da região lombar, corroborando com o relato de dor do paciente.

Como visto no exemplo acima, nem sempre precisamos ter aumento de temperatura fora da escala de normalidade para termos uma resposta (análise quantitativa). Nem sempre é preciso análises complexas para obtermos respostas fidedignas, pois temos formas mais simples e altamente eficazes de analisarmos as dores relatadas pelos pacientes, como o gradiente (análise qualitativa). De longe o gradiente é o maior aliado do fisioterapeuta.

Ah o gradiente, o grande artista do infravermelho.

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