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Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 5

A grande beleza do Método de Termografia Infravermelha é ver em tempo real as diferenças entre os gradientes. Isso permite visualizarmos inúmeras alterações térmicas nos organismos vivos.

Mais do que uma simples imagem colorida, um termograma nos permite estudar e entender os diversos metabolismos celulares, quando muito bem parametrizado seu sistema de coleta de dados e captura de imagem.

Quando sabemos a importância de definir padrões, protocolos e procedimentos, seu uso se torna rotineiro, essencial. Até numa simples brincadeira, quando parametrizado, um termograma acaba por mostrar disfunções. Como no lindo termograma abaixo, que foi tirado numa brincadeira de consultório e que acabou por revelar alterações nos fenômenos vasculares.

Aprender como usar parâmetros pode ser difícil, no começo. Porém, ao entendermos que eles nos fazem prover melhores resultados, eles acabam por se tornar um prazer.

Antes de olharmos, temos que sistematizar, pois sem isso, vemos o que queremos ver.

“É um erro grave formular teorias antes de conhecer os fatos. Sem querer, começamos a mudar os fatos para que se adaptem às teorias, em vez de formular teorias que se ajustem aos fatos.” Sherlock Homes.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 5

Agora, como podemos “mensurar” a dor do paciente?
Existe várias maneiras de mensurarmos a dor, como as escalas de dor (subjetivo), exame físico de palpação (tato) e testes funcionais (disfunção)… Falando bem resumidamente.

Também podemos usar exames de imagem, como ressonância, US, termografia, entre outros. Mas qual deles é o melhor? Todos, pois cada um refere-se a uma forma avaliativa.

A dor, quando questionada, reflete a “sensação” do paciente, dor consciente, referida. A palpação, levanta hipóteses de alterações locais: edema, calor e grau de sensibilidade. Testes físicos e/ou funcionas visam determinar quão limitante ou incapacitante é aquela dor. Os exames de imagem refletem as alterações teciduais.

Todas estas formas de medidas podem se cruzar? Sim. Estas medidas podem ser feitas independentes e avaliadas individualmente? Sim.

Pode-se usar tudo para se ter a melhor forma possível de avaliação e mensuração da dor do paciente, tudo em prol de melhorar seu tratamento. O mais importante é achar a causa da dor.

Um exemplo é o termograma abaixo, de uma inflamação no joelho esquerdo. Cada área de intensidade de radiação refletia exatamente a dor referida do paciente, corroborando os achados de anamnese.

Isso auxilia muito a eficiência do tratamento.

E você colega fisioterapeuta, como mensura a dor consciente do seu paciente?

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e clínica – parte 4

Vamos entender agora como usar o conhecimento dos estados inflamatórios na clínica. Uma forma muito simples e metodológica de explicar a inflamação e como usar este conhecimento na clínica, é a área de dermato funcional.

Dermato funcional é uma linha fisioterapêutica que trabalha com o sistema tegumentar humano (cabelos, glândulas, unhas, pelos, receptores sensoriais, entre outros). Isto é, trata desequilíbrios funcionais e estéticos decorrentes de doenças, intervenções cirúrgicas e/ou complicações (traumáticas, pós-operatórias) que afetam direta ou indiretamente a integridade do corpo.

Nesta linha terapêutica, existem disfunções muito incapacitante como as fibroses e, normalmente, são pós-operatórias (sejam de plásticas ou ortopédicas) e queimaduras. Tão incapacitantes quanto as fibroses, também temos os queloides. Ambas, podem inclusive gerar danos psicoemocionais e levar os pacientes à depressão.

Conhecer todo o estado inflamatório e o processo regenerativo faz com o profissional tenha uma habilidade extra para reverter estas disfunções.

Dito isto, saber como manipular o estado inflamatório para induzir a um processo regenerativo, pode trazer de volta a função perdida.

Conhecer todo o processo regenerativo pode parecer óbvio, mas não é: “O mundo está cheio de coisas óbvias que ninguém jamais observa.” (Sherlock Holmes).

Obs: imagem do Google imagens, não sendo de autoria da Fta. Paula Machado.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração #fibrose #lipoaspiração

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 4

Muitas pessoas e pacientes não entendem a diferença entre um fisioterapeuta e outros profissionais da saúde, gerando muita confusão sobre as formas de autonomia de cada profissão.

A fisioterapia é uma ciência da saúde aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções* cinéticas funcionais, entre outros, decorrentes de alterações de órgãos e sistemas, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas, na atenção básica, na média complexidade e na alta complexidade.

*Disfunção, por definição, é o distúrbio ou alteração das funções que são consideradas “normais”, dentro de um espectro, ao ponto de causarem algum estado de funcionamento abaixo de suas funções, chegando a ficar prejudicado ou anormal. Em suma, é o oposto do funcional.

Dito isto, estudamos e diagnosticamos as diversas disfunções que um indivíduo pode apresentar a fim de trazer, guardada as devidas proporções, de volta a sua funcionalidade.

Por isso usamos vários métodos que nos auxiliam no diagnóstico da disfunção, como no caso do termograma abaixo de um homem, 68 anos, com relato de dores em ombros que gerou incapacidade de amplitude de movimento completa. Foi detectada várias alterações térmicas em seus ombros, complexo escapular e coluna que, ao serem testados foi aventado a hipótese de alguma lesão incapacitante. Foi encaminho para uma ressonância magnética e diagnosticado ruptura do manguito rotador.

O gradiente térmico é capaz de prover informações suficientes para auxiliar na assertividade do diagnóstico, antes mesmo de tocar no paciente sendo uma grande arma do fisioterapeuta para detectar disfunções térmicas. Este é o foco da ciência que estuda as disfunções, pois “olhamos um pouco de tudo e de tudo um pouco” (autor desconhecido).

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 4

Colocamos agora a avaliação e seu uso na clínica, porque temos que usar todas as informações pertinentes para potencializarmos os resultados do tratamento.

Depois de entendermos como é complexa a percepção de dor pelo cérebro, podemos entender por que a dor é subjetiva. Claro, não descartamos nunca que dor é dor e esta reflete algum tipo de distúrbio.

Dito isso, quando o paciente tem alguma forma de referência de dor (queimação, pontada, latente, etc) devemos nos atentar para o tipo de referência, pois ele pode dizer muito sobre a disfunção.

Vamos resumir os tipos genéricos de dor que mais nos deparamos na clínica:

• Dor nociceptiva: normalmente, resultado de lesão do tecido e são resultado de reações inflamatórias;
Somática: Bem localizada, contínua, aumenta ao se pressionar a área;
Visceral: Difusa, pobremente localizada, referida a outra região corporal;

• Dor neuropática: é aquela decorrente de lesões anatômicas do sistema nervoso, tendo como característica principal a dor em queimação ou “ferroada” (superficial, em queimação ou pulsátil, hiperalgesia, paroxismos em pontadas ou disestesias);

• Dor funcional: está associada ao funcionamento anormal de um sistema nervoso anatomicamente íntegro;
Só de ouvirmos o relato consciente de dor do paciente já temos uma enorme pista da origem do problema, pois nele você pode achar a causa da disfunção.

Parafraseando Sherlock Holmes: “Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes”.

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e regeneração – parte 3

O processo inflamatório pode ser descrito como uma síndrome, pois apresenta alterações imunológicas, bioquímicas e fisiológicas, produzindo respostas locais como sistêmicas.

Ele representa uma resposta do organismo a um agente agressor, podendo ser esse: micro-organismos, parasitas, agentes químicos ou físicos, reações imunológicas, ou mesmo células danificadas, geralmente necróticas. Cada agente agressor vai gerar uma resposta correspondente e, consequentemente, o grau de inflamação conhecidos como flogísticos.

Dito isso, cada fase do processo inflamação descreve como o organismo está reagindo e quando/como irá cessar com os mediadores que foram secretados para resolução do mesmo. Esse processo pode ser dividido em agudo ou crônico. Vamos entrar no mérito do agudo primeiro, pois este é o mais “rápido” de se solucionar.

O agudo, em geral, é resultado de um trauma e o processo inflamatório tem um começo, meio e fim (se bem resolvido). Já o crônico não, ele pode perdurar para sempre, tudo depende como esta o estímulo lesivo X resolução da inflamação.

Como na comparação destes dois termogramas abaixo, onde um apresenta alterações agudas (traumáticas) e outro crônicas (síndrome).

Como solucionar? Tudo é dependente de cada tipo de inflamação e o tempo de resolução do mesmo. Vamos entrar no mérito de cada um nos próximos posts.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Caso 2 20-06-2021

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 3

Para aqueles que não entendem por que a laserterapia é tão apaixonante, vou mostrar o vídeo que me inspirou: o trabalho de Prof. Guenter Albrecht-Buehler, Ph.D. e a aula de “Dosimetry and Parameters of Laser Therapy” – Prof. Chukuka S. Enwemeka (assistam está linda aula do Prof. Chukuka S. Enwemeka). Me corrijam se eu estiver esquecendo alguma citação.

Este vídeo mostra como o fibroblasto “sabe” o que é uma radiação laser, em contraponto de uma luz comum, e as suas diversas doses terapêuticas. Para quem não sabe, este vídeo é fruto de um trabalho de 2008 (se não me engano), sensacional por assim dizer.

Podemos ver claramente que a célula é dose dependente. Por quê? Porque ela tem uma dependência de energia para realizar uma determinada função.

Portanto, colega fisioterapeuta, se você apenas aplicar laser sem conhecimento de toda ciência do infravermelho, vai estar desperdiçando seu tempo e o potencial regenerativo.

Este post foi apenas para mostrar este vídeo sensacional da interação luz-tecido, inclusive foi exatamente este vídeo que me fez “ver” na prática tudo aquilo que tinha estudado na teoria.

Nos próximos posts vou entrar nesta “dança” sublime da interação luz-tecido.

#fisioterapia #laserterapia

Sobre gradientes e formações – parte 3

Dentro da área da saúde, para se conseguir diagnósticos assertivos é necessário uma grande habilidade de raciocínio usando-se do método científico e a lógica dedutiva. Isso porque, existem infinitas possibilidades fisiopatológicas que podem acontecer num organismo vivo, facilitando o erro de diagnóstico.

Porém, quando nós temos um raciocínio lógico e dedutivo, usamos com exímia precisão as armas avaliativas que temos nas mãos, sejam elas quais forem.

Às vezes, nós temos as soluções mais simples a nossa frente, mas preferimos complicá-las. Tendemos sempre a buscar grandes e mirabolantes soluções, sendo que apenas uma simples pergunta pode lhe conceder uma simples resposta, resolvendo um complexo problema que está no nosso imaginário.

Como neste termograma abaixo de uma mulher de 57 anos, com histórico de dores em coxa, joelho e perna direita e que foram feitos vários exames de imagem para determinar a causa, sendo que nenhum conclusivo.

Ao realizar uma avaliação simples, foi aventada a possibilidade de a dor ser originária de uma raiz nervosa. Foi realizada então uma análise termográfica e verificou-se uma alteração térmica em lombar direita, sendo a paciente encaminhada então para realizar uma ressonância na região. Foi diagnosticada uma compressão nervosa na altura da irradiação correspondente ao relato de dor.

Uma simples análise lógica inicial pode ser determinante para um diagnóstico preciso e rápido.

Elementar caro colega, tudo depende da sua metodologia científica e lógica dedutiva para entender as pistas e suas nuances.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia