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Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 7

Vamos entender agora os efeitos imediatos da laserterapia. Para aqueles que não sabem, a aplicação da radiação laser, quando realizada corretamente, pode produzir efeitos imediatos nos tecidos desde analgesia até efeitos regenerativos.

Dito isso, um exemplo prático e fácil de demonstrar isso é através da termografia. Vejamos o caso abaixo de uma paciente do sexo feminino, 42 anos, sem comorbidades com histórico de dores (3 tendinites diagnosticadas com ressonância magnética) em punho esquerdo. Como podemos ver no primeiro termograma, toda região da face anterior de punho esquerdo apresenta alterações térmicas.

Ao aplicarmos a laserterapia, segundo termograma, vemos imediatamente que a radiação mudou o metabolismo tecidual, não aparecendo mais as alterações térmicas. Além disso, imediatamente após terapia, ainda é possível ver as reações teciduais decorrentes da radiação laser.

Isto posto, quando aplicada correta, a laserterapia poderá ser o maior aliado do fisioterapeuta para a indução a regeneração celular. Porém, sem conhecimento suficiente, a laserterapia apenas promoverá a analgesia temporária da dor de forma paliativa.

Então, caro colega fisioterapeuta, somente conhecendo em sua integralidade a ciência da radiação laser e a ciência do infravermelho é que você poderá usar todo o potencial que a laserterapia pode te oferecer.

#fisioterapia #laserterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 7

Muitas vezes na clínica existem casos em que os exames de imagem não corroboram com o relato consciente de dor do paciente e isso dificulta apresentarmos um diagnóstico ao paciente.

Neste cenário, chegamos apenas a aventar hipóteses diagnósticas e isso pode frustrar muito o fisioterapeuta e o paciente.

Como no caso abaixo de um paciente do sexo masculino, 36 anos e sem comorbidades que apresentou fortes dores em região lombar, mas sem lesões (apenas desidratação de discos de L3-S1) importantes em ressonância magnética, não condizendo com a intensidade do relato de dor. O paciente chegou a fazer outras formas de terapia sem resultados satisfatórios.

Ao realizar uma Análise Termofuncional, foi possível verificar alterações térmicas em região lombar indicando disfunções correspondentes ao relato de dor do paciente. Isso possibilitou entender alguns reflexos protetores de dor, tensões musculares e positividade de cadeias musculares. Permitindo assim, uma precisão e exatidão nas técnicas e terapias escolhidas a ponto de retirar a dor em pouquíssimo tempo.

Saber que o gradiente demonstra muito mais do que “corzinhas” numa imagem é a diferença entre dar um diagnóstico preciso da disfunção versus a eterna busca do diagnóstico da disfunção.

Ah, o gradiente, nosso maior aliado na busca e no entendimento das disfunções do paciente.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 7

Muitos pacientes procuram fisioterapeutas para aliviarem dores rotineiras advindas de estresse, lesões por esforços repetitivos e sequelas de traumas. Na maioria das vezes, eles não apresentam algum tipo de lesão diagnosticada ou exame que facilite o diagnóstico, tornando o tratamento muito mais difícil e demorado.

Mas uma grande ferreamente inclusiva na avaliação que pode esclarecer a dor do paciente é o Método de termografia Infravermelha.

Com ele, podemos entender um pouco o relato de dor do paciente.

Como no caso abaixo de uma paciente do sexo feminino50 anos, sem comorbidades e que apresenta há mais de 10 anos dores em região torácica que oscila entre melhora e piora. Nunca foi realizado um exame de imagem e não um diagnóstico fechado.

Porém, ao analisarmos o termograma, podemos ver alterações térmicas que condizem com o relato de dor do paciente. Isso por si só já facilita um diagnóstico da disfunção, pois a termografia é um dos métodos inclusivo de avaliação e não exclusivo.

Saber ouvir a história (HMA) do paciente e ver alterações térmicas que corroboram o relato torna-se a chave para o tratamento mais adequado em muitos casos clínicos.

Parafraseando Sherlock Homes: “Você vê, mas não observa. A diferença é clara”.

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e clínica – parte 6

Como já estudamos bem resumidamente o estado inflamatório, vamos agora para clínica.

Quando nos deparamos com estados inflamatórios, devemos avaliar se este é “agudo ou crônico”. Porém é mais complexo do que isso, então vamos nos limitar a esta definição.

Devemos entender como usar as diversas fases da inflamação a nosso favor, para termos a completa regeneração celular ou seu máximo potencial.

Como no caso dos termogramas abaixo, onde um paciente do sexo masculino, 42 anos apresentou uma inflamação crônica limitante em tendão de calcâneo direito há mais de 1 ano e meio (piorando a ponto de limitar a deambulação).

Dito isso, foi usado durante a terapia todo o conhecimento das diversas fases inflamatórias e cargas terapêuticas progressivas, chegando a completa restauração e máxima capacidade funcional e esportiva em um ano.

Este exemplo é uma forma de demonstrar que se usarmos ciência e tecnologia podemos chegar à completa funcionalidade e regeneração celular.

Parafraseando Sherlock Homes: “Par uma mente ampla, nada é pequeno.”

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 6

Agora vamos entender como a laserterapia tem um crescente de temperatura, e isso não é ruim, como acreditava-se antigamente.

Como dito nos posts anteriores, somos seres homeotérmicos e dependemos de temperatura para os diversos metabolismos celulares, claro, guardada as devidas proporções.

Dito isso, devemos entender que mesmo a radiação laser gerar altas temperaturas, não teremos reações pró inflamatórias com isso, pois isso é um tabu. Como no vídeo abaixo, onde temos uma aplicação de radiação laser (500mW e 808nm) em que temos o aumento progressivo da temperatura sem muitos efeitos sistemas e locais (sem danos).

Isto porque dependendo da lesão do tecido (tipo de lesão, tempo, compensação, etc.) precisaremos de energia, muita energia para gerar um pequeno estímulo regenerativo. Sem isso, a laserterapia será insuficiente para estimular os tecidos.

Isso lhe parece familiar:

• Em alguns casos de aplicação da laserterapia temos apenas analgesia (totalmente relativo) sem efeitos regenerativos;

• Em alguns casos termos regeneração, inclusive com exames de imagem (conclusivo).

Como fazer a correta aplicação para diferenciarmos entre os dois? Muito estudo, muita prática e muito conhecimento na ciência do infravermelho.

Parafraseando Sherlock Homes: “Par uma mente ampla, nada é pequeno”.

#fisioterapia #laserterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 6

Uma das maiores limitações na fisioterapia é entender o processo de dor do paciente, tanto a dor em si como a origem da dor.

Iniciar tratamento as “cegas” é algo extremamente delicado, complexo e arriscado para o fisioterapeuta, mesmo com avaliações funcionais, pois ele pode levar muito tempo até conseguir entender ou achar a origem da dor. Dito isso, a complexidade da dor dificulta nosso entendimento, nossa análise e, portanto, nosso tratamento.

Isso porque temos vários casos na clínica em que os pacientes chegam sem exames de imagens que sempre facilitam o entendimento e engrandecem nosso estudo. Muitas vezes inclusive, nós pedimos exames de imagens para os pacientes, mas estes ainda acabam por não fazer no decorrer do tratamento.

Agora, ter a capacidade de enxergar as alterações térmicas em tempo real, é algo lindo por se dizer. Com o correto uso da termografia temos uma grande arma terapêutico na mão para enxergar os gradientes térmicos, algo que nos permite entender minimamente a localização da dor e, muitas vezes, entender a dor em si do paciente.

Como na sequência de termogramas abaixo, onde o gradiente térmico mostra claramente os vetores de força gerados pelo paciente com os anos de compensação de sua má postura por um desequilíbrio muscular.

Ah, o gradiente, nosso maior aliado na busca e no entendimento da dor do paciente.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 6

Agora, vamos entender como a dor, tanto aguda como crônica, pode gerar desequilíbrios e sobrecargas musculares que, inerentemente, vão desencadear disfunções posturais e musculares ao longo do tempo.

Quando temos alguma lesão, repetição de biomecânica errada ou dor crônica, nosso corpo desenvolve a capacidade de suportar estes estímulos por longos períodos. Isso é uma solução que, imediatamente, nos ajuda a tentar manter as atividades da vida diária. Porém, em médio e longo prazo, estes estímulos quando não corrigidos, acabam por gerar compensações que vão de simples alterações posturais ao desenvolvimento de intensas disfunções, algumas até irreversíveis.

Como no termograma abaixo de uma paciente de 60 anos com histórico de “dores” leves (condromalácia patelar “SIC”) em joelhos por anos (mais de 10) não tratada adequadamente e, ao caminhar mais rápido (sua rotina diária), apresentou “fortes dores” em tornozelo direito.

Podemos verificar neste termograma várias alterações térmicas em membros inferiores, mais evidente no membro direito, sendo que também foi realizado uma avaliação postural. Foi percebido que as “dores” leves do joelho (por anos) há levaram a uma compensação e disfunção em sua caminha que acabou por gerar uma lesão em tornozelo direito.

Este exemplo nos mostra claramente que devemos sempre colocar em nosso objetivo terapêutico a correção da biomecânica errada, das alterações posturais e suas compensações.

A dor além de uma sinalização também é um marcador de compensações e devemos sempre de tratar o paciente como um todo, pois se não fizermos isso, inerentemente teremos inúmeras compensações e disfunções futuras.

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e clínica – parte 5

Vamos voltar ao processo inflamatório crônico, que é muito mais complexo que o agudo.

O processo inflamatório crônico é sindrômico, dependente de inúmeros fatores e, geralmente, está associado á biomecânica errada e/ou postural.

Dito isso, normalmente ele tem altos e baixos: fases assintomáticas e fases sintomáticas. As fases sintomáticas podem aparecer de forma aguda ou sub-aguda. Na realidade, o processo inflamatório crônico nunca cessa, apenas fica assintomático por um período e pode ser ativado por qualquer estímulo.

Quando provocado, teremos a fase aguda das disfunções crônicas. Cada vez que uma disfunção crônica agudiza, esta fica mais “intensa”, pois sua disfunção vai piorando.

Portanto temos que estar atentos a qualquer sinal de disfunções crônicas, pois elas podem agudizar com qualquer estímulo. Como no termograma abaixo onde vemos claramente uma alteração térmica em região direita de lombar (em 2 paletas e com zoom).

Sabe-se que disfunções de coluna, normalmente são crônicas, mas podem piorar com pequenos estímulos lesivos, que é o caso do termograma abaixo.

É muito importante saber disso, pois não tratar a disfunção crônica torna aquele local uma “bomba relógio”, podendo “explodir” a qualquer momento. Tratar a inflação é a melhor forma de permitir uma perfeita reabilitação, pois não devemos nunca postergar o problema.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 5

No post anterior, fizemos uma breve história sobre temperatura e laserterapia. Vamos agora corroborar demonstrando na prática como a radiação laser altera a temperatura local e como esta permanecer um tempo alterada.

A sequência dos 3 termogramas abaixo mostra como a radiação laser (808nm, 250mW) altera a temperatura no local de aplicação.

Dito isso, temos o 1° termograma, sem aplicação e sem alteração de temperatura, e os dois termogramas em sequência. Cada aplicação de laser tem 2min e 40seg, sendo que podemos ver claramente onde cada aplicação de laser foi feita e, ainda, é possível ver a permanência da temperatura nos pontos aplicados.

Como pode ser visto, temos alterações térmicas decorrentes da radiação laser e sua permanência por um breve período. Estes efeitos são importantíssimos para a indução da regeneração e não os considerar é uma falha metodológica.

O mais incrível é a sincronia entre o uso da laserterapia com o Método de Termografia Infravermelha, pois são semelhantes: o laser usa a radiação infravermelha e o MTI capta a radiação naturalmente emitidas pelos corpos, em função de sua temperatura.

Incrível ver esta sincronia e mais maravilhoso ainda é poder usar ambos, potencializando a terapia.

#fisioterapia #laserterapia