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Estado inflamatório e regeneração – parte 3

O processo inflamatório pode ser descrito como uma síndrome, pois apresenta alterações imunológicas, bioquímicas e fisiológicas, produzindo respostas locais como sistêmicas.

Ele representa uma resposta do organismo a um agente agressor, podendo ser esse: micro-organismos, parasitas, agentes químicos ou físicos, reações imunológicas, ou mesmo células danificadas, geralmente necróticas. Cada agente agressor vai gerar uma resposta correspondente e, consequentemente, o grau de inflamação conhecidos como flogísticos.

Dito isso, cada fase do processo inflamação descreve como o organismo está reagindo e quando/como irá cessar com os mediadores que foram secretados para resolução do mesmo. Esse processo pode ser dividido em agudo ou crônico. Vamos entrar no mérito do agudo primeiro, pois este é o mais “rápido” de se solucionar.

O agudo, em geral, é resultado de um trauma e o processo inflamatório tem um começo, meio e fim (se bem resolvido). Já o crônico não, ele pode perdurar para sempre, tudo depende como esta o estímulo lesivo X resolução da inflamação.

Como na comparação destes dois termogramas abaixo, onde um apresenta alterações agudas (traumáticas) e outro crônicas (síndrome).

Como solucionar? Tudo é dependente de cada tipo de inflamação e o tempo de resolução do mesmo. Vamos entrar no mérito de cada um nos próximos posts.

#fisioterapia #inflamação #dor #regeneração

Caso 2 20-06-2021

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 3

Para aqueles que não entendem por que a laserterapia é tão apaixonante, vou mostrar o vídeo que me inspirou: o trabalho de Prof. Guenter Albrecht-Buehler, Ph.D. e a aula de “Dosimetry and Parameters of Laser Therapy” – Prof. Chukuka S. Enwemeka (assistam está linda aula do Prof. Chukuka S. Enwemeka). Me corrijam se eu estiver esquecendo alguma citação.

Este vídeo mostra como o fibroblasto “sabe” o que é uma radiação laser, em contraponto de uma luz comum, e as suas diversas doses terapêuticas. Para quem não sabe, este vídeo é fruto de um trabalho de 2008 (se não me engano), sensacional por assim dizer.

Podemos ver claramente que a célula é dose dependente. Por quê? Porque ela tem uma dependência de energia para realizar uma determinada função.

Portanto, colega fisioterapeuta, se você apenas aplicar laser sem conhecimento de toda ciência do infravermelho, vai estar desperdiçando seu tempo e o potencial regenerativo.

Este post foi apenas para mostrar este vídeo sensacional da interação luz-tecido, inclusive foi exatamente este vídeo que me fez “ver” na prática tudo aquilo que tinha estudado na teoria.

Nos próximos posts vou entrar nesta “dança” sublime da interação luz-tecido.

#fisioterapia #laserterapia

Sobre gradientes e formações – parte 3

Dentro da área da saúde, para se conseguir diagnósticos assertivos é necessário uma grande habilidade de raciocínio usando-se do método científico e a lógica dedutiva. Isso porque, existem infinitas possibilidades fisiopatológicas que podem acontecer num organismo vivo, facilitando o erro de diagnóstico.

Porém, quando nós temos um raciocínio lógico e dedutivo, usamos com exímia precisão as armas avaliativas que temos nas mãos, sejam elas quais forem.

Às vezes, nós temos as soluções mais simples a nossa frente, mas preferimos complicá-las. Tendemos sempre a buscar grandes e mirabolantes soluções, sendo que apenas uma simples pergunta pode lhe conceder uma simples resposta, resolvendo um complexo problema que está no nosso imaginário.

Como neste termograma abaixo de uma mulher de 57 anos, com histórico de dores em coxa, joelho e perna direita e que foram feitos vários exames de imagem para determinar a causa, sendo que nenhum conclusivo.

Ao realizar uma avaliação simples, foi aventada a possibilidade de a dor ser originária de uma raiz nervosa. Foi realizada então uma análise termográfica e verificou-se uma alteração térmica em lombar direita, sendo a paciente encaminhada então para realizar uma ressonância na região. Foi diagnosticada uma compressão nervosa na altura da irradiação correspondente ao relato de dor.

Uma simples análise lógica inicial pode ser determinante para um diagnóstico preciso e rápido.

Elementar caro colega, tudo depende da sua metodologia científica e lógica dedutiva para entender as pistas e suas nuances.

#fisioterapia #avaliação #dor #termografia

Dor e suas respostas – parte 3

Agora, caro colega fisioterapeuta, vamos entender como “mensurar ou definir” uma dor X disfunção, pois fazer isso é extremamente complexo.

Atualmente, entendemos a dor como um fenômeno ‘biopsicossocial’ que é resultante de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais, sociais e culturais e não um fator binário como a lesão. Dito isso, a CIF (Classificação Internacional da Funcionalidade, incapacidade e saúde) foi criada para entender a “dor” (vamos simplificar, mas é muito mais que isso) como ela é, um fator biopsicossocial.

Portanto, quando mensuramos a “dor”, estamos apenas focando em um fator de uma complexa rede de informações. Por isso, devemos usar o relato consciente da dor e a patologia com parcimônia, pois elas são binárias.

Somado a isso, ainda temos todos o intrincado de métodos avaliativos como dito no post anterior, temos todos os resultados avaliativos que devem ser integrados e analisados com os resultados da CIF. Somente assim poderemos atestar uma disfunção e seus efeitos no indivíduo.

Vejam como é complexo determinar uma disfunção e seus efeitos no indivíduo. Claro que podemos nos ater apenas na disfunção para conduzirmos a reabilitação da melhor forma, mas devemos sempre ter em mente o que que a disfunção tem como consequência.

Minha modesta opinião: todo fisioterapeuta deveria fazer um curso de CIF. E conselho: façam no seu conselho de classe.

Reabilitar não é apenas “tirar” a dor, é devolver a função e independência do paciente, guardada as devidas proporções.

#dor #fisioterapia