Dor e suas respostas – parte 1
Colega fisioterapeuta, você sabe como podemos usar os sistemas analgésicos durante a reabilitação?
Primeiramente vamos entender a intensidade com que cada pessoa sente e reage a situações de dores semelhantes, pois temos uma facilidade diferente para cada indivíduos na ativação das vias analgésicas naturais.
A via analgésica principal tem ações de modulação para a percepção da dor: a) opioides naturais (áreas cinzentas periaquedutais e periventriculares); b) liberação de serotonina (núcleos magno da rafe e reticular gigantocelular) e c) liberação de encefalinas e endorfinas na sinapse local (núcleos de interneurônios na medula espinhal dorsal).
Sistema este que permite uma regulação em feedback do nível da dor, pois uma excitação excessiva desta induz um aumento dos sinais analgésicos a nível talâmico reduzindo a intensidade percebida da dor (relato de dor consciente). Dito isso, uma mesma lesão tecidual pode causar muito mais dor se for de causa desconhecida ou considerada pelo indivíduo como “perigosa”, do que se for de causa conhecida ou tida como pouco “perigosa”.
Além desta via específica para determinados segmentos espinhais, a hipófise produz também beta-endorfinas, que são liberadas para o sangue e para todo o cérebro, e podem ter importância na diminuição das sensações dolorosas em indivíduos com síndromes sistêmicas (tolerância crônica).
O sistema límbico, que faz o controle emocional, também ajuda a estimular ou inibir as vias analgésicas naturais, sendo um auxiliar em alguns casos. (wikipedia)
Óbvio que essa é uma simplificação de um sistema riquíssimo de informações, mas nos dá base para entendermos a dor consciente do paciente para guiarmos a nossa reabilitação. A carga terapêutica tem que estar intimamente associada a queda da percepção consciente da dor e, com a progressão terapêutica, com a ausência total da dor.
Sem esse entendimento, podemos exceder a carga e até causar dano tecidual. Por isso, como fisioterapeutas, devemos sempre entender e ouvir a “dor do paciente”.
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