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Estado inflamatório e regeneração – parte 3

Agora, a inflamação será descrita segundo minha autoria© não publicada, respeitar citação: Paula Machado 2016.

Consideremos o momento “zero” sendo o trauma, então o seu desdobramento se tornará um grande processo com vários estágios.

Cada estágio determina um ou vários comportamentos celulares e químicos, que podem levar para aos 3 desfechos finais.

Os mais importantes então:

1. “Zero” ao 3-7° dia: momento onde deve-se apenas focar em efeitos anti-inflamatórios de forma precoce. Porque quanto antes iniciarmos um “auxílio” para regeneração, maiores as chances de induzirmos a mesma;

2. 7-15° dia: podemos iniciar alinhamento de fibras com alongamentos e manipulações, facilitaremos o turn-over tecidual e auxiliaremos no depósito correto celular para uma adequada arquitetura tecidual;

3. 16-45° dia: pode parecer loucura, mas não é o momento correto de se iniciar a carga terapêutica e sim depois de 45 dias. Antes, mobilizações e descarga de peso uni e bipodal de forma progressiva são muito bem vindas.

Porém existe um super segredo neste momento: o processo inflamatório ainda não chegou em sua ascensão e a carga sobre inflamação gerará reparação.

#fisioterapia #inflamação #dor

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 3

Depois de muitos estudos em laserterapia e indução à regeneração, percebi que alguns conceitos estão desatualizados.

Com os novos conhecimentos em biologia molecular trazem a luz novas formas entendimento, como:

1. Propriedades ópticas: coeficiente de reflexão, absorção e espalhamento;

Na minha experiência, na natureza, nada se perde. No caso do coeficiente de reflexão, isso não acontece no tecido vivo, tal como o espalhamento. Nunca que a célula permitiria este tipo de perda.

2. Propriedades térmicas: condutibilidade térmica e capacidade térmica do tecido;

Isso sim é um grande avanço: não pensar ou querer que o laser seja atérmico. Ele é térmico e deveríamos pensar em um certo “X” de temperatura.

3. Propriedades da radiação: comprimento de onda, da energia aplicada, densidade de energia e de potência;

Confirmo que Einstein estava muito certo, existe muito mais entre o átomo e célula.

4. Tempo de exposição da luz; Importante, o tecido é tempo-dependente.

Devemos atentar para 3 fatores importantes: fase do estado inflamatório, a potência irradiada e o tempo de exposição.

Mostrarei nos próximos posts.

#laser #laserterapia #fisioterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 3

Uma das maiores limitações na fisioterapia é saber o que acontece no tecido durante a reabilitação, principalmente durante a liberação de carga. Iniciar a carga terapêutica as “cegas” é algo extremamente desconfortável e ruim para o fisioterapeuta.

Isso porque o risco de colocar a carga no momento errado ou exceder o momento de evolução da carga é grande, quase inevitável.

Agora, ter o poder de enxergar em tempo real os efeitos fisiológicos da liberação e evolução da carga terapêutica, é a arma mais poderosa que o fisioterapeuta poderia ter.

Como neste vídeo em que um paciente está evoluindo gradualmente a carga terapêutica. O gradiente mostra as ações fisiológicas durante a liberação da carga sem sobrecarregar o tecido.

Somente assim, quando é liberada de forma segura, o risco de sobrecarga durante a reabilitação é praticamente nulo. Nada como “ver” o que você faz.

Esta insegurança será coisa do passado e o fisioterapeuta poderá liberar a carga sem medo, inclusive registrando o avanço de cada etapa da reabilitação.

“Elementar meu caro colega fisioterapeuta, com a Termofuncional, eu vejo tudo.” (Dra. Paula Machado)

Fisioterapeuta, forme-se com quem é formado no método.

#fisioterapia #termografiainfravermelha

Dor e suas respostas – parte 2

A dor é uma resposta do SNC à uma sensação ou experiência emocional desagradável associada à uma lesão tecidual (real ou até potencial), proporcional à esta.

Quando temos um certo grau de lesão tecidual (alteração da arquitetura tecidual), esta leva a uma sobrecarga dos tecidos circunvizinhos. Uma vez que um tecido perde a função, outros terão que executá-la, gerando um ciclo vicioso de sobrecarga sobre sobrecarga.

A única forma de não permitirmos que isso se torne um problema vicioso é, primeiramente, tirando a dor consciente do paciente e, em seguida, tratar a dor inconsciente. Como visto:
1. Dor consciente: dor sintomático, consciente;
2. Dor inconsciente: dor assintomática, sem consciência do paciente, mas que o corpo “fala” (alterações de biomecânica e postura).

Ou seja, a reabilitação não deve apenas focar em no resultado assintomático, mas sim tratar a biomecânica e postura. Pois, sem tratarmos a causa, o paciente passará do assintomático para o sintomático novamente num loop vicioso e nunca poderemos pensar em alta.

“Alta” é uma palavra complexa que demanda correção biomecânica e postural e não simplesmente colocar o paciente na fase assintomática.

#postura #dor #fisioterapia

Sherlock e suas pistas

Para se ter grande êxito na área de biociências, é necessário uma grande habilidade de raciocínio usando-se do método científico e a lógica dedutiva.

Isso porque, existem infinidades de possibilidades fisiopatológicas que podem acontecer num organismo vivo, dificultando um diagnóstico assertivo.

Porém, quando nós temos um raciocínio lógico e dedutivo, usamos com exímia precisão as armas avaliativas que temos nas mãos.

Esta imagem, das mãos apoiadas na mesa, aparenta uma diferença entra mão direita e esquerda, correto? O que poderia ser? Uma diferença vascular, neurológica, cirúrgica? Como saber?

Simples meu caro termografista, faça as perguntas certas para as respostas certas. Como eram as condições antes desta imagem? Simples, mão esquerda segurei uma xícara quente de café e a direita um copo de água gelada.

Às vezes, nós temos as soluções mais simples a nossa frente, mas preferimos complicá-las. Tendemos sempre a buscar grandes e mirabolantes soluções, sendo que apenas uma simples pergunta pode lhe conceder uma simples resposta, resolvendo um complexo problema que está no nosso imaginário.

Elementar meu caro, tudo depende da sua metodologia científica e lógica dedutiva.

#fisioterapia #avaliação #dor

Estado inflamatório e regeneração – parte 2

Você sabe o que é de fato o que é o estado inflamatório?

Por que estado? Porque ele é composto por várias fases e nós só conseguimos ver, através de exames, em que determinado momento ele está: o estado que o tecido se encontra.

Veja, nós não “vemos” os efeitos químicos em cascata da inflamação, mas vemos o “estado” do dano tecidual. Este é um reflexo da cascata inflamatória e seus reativos teciduais.

Como procuramos a disfunção para achar um meio de entregar novamente a função, vamos procurar sempre o estado inflamatório e em que fase ele se encontra. Assim, buscamos reverter este estado.

As fases mais importantes do estado inflamatório estão contempladas nos primeiros 45 dias, fase aguda. Após um dano, nós ainda levaremos 45 dias para chegar ao ápice inflamatório, permanecendo num platô até os 3° mês pós trauma, e só depois disso começa a cair.

Ou seja, colocar carga na reação aguda ainda crescente, é induzir a reparação. Nós devemos almejar e ajudar a regeneração e não facilitar a reparação. Se esta fase passou, seja por tempo ou efeito reparativo, temos que ter outro foco.

O estado inflamatório terá 3 desfechos: regeneração, reparação ou degeneração.

#fisioterapia #inflamação #dor

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 2

A primeira terapia com luz ultravioleta foi criada por Nils Finsen para tratamento de pele. Os físicos Towunes, Gordon e Jeugh desenvolveram o primeiro equipamento que vinha a ser o LASER.

Bennett e Herriot apresentaram o primeiro laser contínuo.

Os primeiros a usar o laser na prática terapêutica forma Sinclair e Knollforam. Em cicatrização de feridas e úlceras, o professor Endre Mester foi pioneiro.

A primeira e grande pesquisadora que desvendou os efeitos do laser nas mitocôndrias foi Tina Karu. Infelizmente, não temos registro do primeiro(a) fisioterapeuta a usar o laser em sua terapia.

Portanto, a fototerapia na fisioterapia tem por volta de ±40 anos, é extremamente recente. Pouquíssimos fisioterapeutas usam a laserterapia como indução à regeneração.

Felizmente, o Coffito reconhece o uso da fototerapia pelo Acórdão nº 919, de 13 de novembro de 2018:

“…o fisioterapeuta, a seu critério, poderá utilizar recursos de fototerapia, laser e outros, em qualquer potência, observando protocolos de segurança, desde que com a finalidade fisioterapêutica.”

Caro colega, você tem a “arma” para a indução à regeneração, o laser: USE-A.

#laser #laserterapia #fisioterapia

Sobre gradientes e formação – parte 2

A termografia tem a capacidade de observar gradientes térmicos e estes são o apogeu do termografista, pois revelam a disfunção.

Infelizmente, muitos dos profissionais que utilizam a termografia em biociências não receberam uma adequada formação, tanto na área tecnológica como nas técnicas específicas.

A formação tecnológica deve seguir normas e evitar conflitos de interesses. As aplicações devem seguir procedimentos definidos, qualificação dos profissionais, equipamentos adequados, descrição da técnica empregada, critérios adotados e o processamento da informação térmica coletada.

Por esse motivo a termografia não adquiriu a merecida notoriedade na área e, muito pelo contrário.

Não adianta criarem nomes e mini cursos para você apenas ter uma câmera na mão. Hoje, contemplar a formação básica no método e normas é para os raros.

Se fôssemos fazer um silogismo, a termografia está prestes a ser tão funcional para os engenheiros quanto para os fisioterapeutas: ambos usam a termografia para detectar e quantificar anomalias (disfunções) e não para determinar a causa do problema (nosologia).

Fisioterapeuta, forme-se com quem é formado no método.

#fisioterapia #termografiainfravermelha

Dor e suas respostas – parte 1

Dor é a forma de comunicação que o Sistema Nervoso Central (SNC) usa para informar você que existe algum distúrbio ou lesão em determinado local. Ela acontece por meio de troca de “informações” químicas e físicas nos receptores sensoriais.

Dependendo da intensidade do estímulo/lesão, ela pode ser desde um leve desconforto até um dor tão intensa que pode “desligar” a consciência.

Portanto, a dor pode ser compreendida como sendo, num certo nível, “consciente”. Pois é possível ser explicada, verbalizada e até mensurada de alguma forma. Podemos dizer então que: a dor é um relato consciente.

Na fisioterapia, é muito comum, e até importante, ouvirmos e darmos a devida atenção ao relato consciente da dor do paciente, pois ela reflete os diversos estados inflamatórios da disfunção e ou lesão.

Saber usar esta informação é primordial para o desenvolvimento e evolução da carga terapêutica, pois sem isso, podemos incorrer em sobrecarga.

Os conhecimentos destas informações levam o fisioterapeuta mais rapidamente ao sucesso na reabilitação, com um alto grade de segurança e assertividade.

“Saber ouvir é a chave para o encaixe da principal peça do quebras cabeças: em que fase o estado inflamatório está” (Dra. Paula Machado).

#dor #fisioterapia

Propriedade intelectual – parte 13

Hoje, algumas instituições ainda não se atentaram ao Due Diligence, parte integral da função de Compliance moderna.

É o Due Diligence, através das verificações necessárias, que deveria evitar casos de apropriação indébita virando um negócio na própria empresa.

O Due Diligence serve para apurar as relações (econômicas ou não) entre as partes com que as empresas e as pessoas por trás delas se relacionam.

Na maioria dos casos, os infratores se escoram em ou acreditam ser grandes instituições e normalmente se apoderam da propriedade de quem creem ser pequenos ou desamparados, a ponto de não poderem combater o roubo.

Existe um ditado em inglês que eu gosto muito e que se aplica aqui: “Assumption is the mother of all failures” (A presunção é a mãe de todos os fracassos, em tradução livre).