Estado inflamatório e regeneração – parte 10
Agora vamos entender como a disfunção pode influenciar na reabilitação em seus diversos estágios.
Quando classificamos uma disfunção, seja ela qual for, também devemos observar 2 possíveis consequências:
1. Se esta disfunção é local, ou seja, não afeta outras áreas ou o todo;
2. Se esta disfunção afeta outras áreas e/ou o todo.
Estas duas análises fazem toda a diferença na hora de programarmos a terapia, pois poderemos apenas determinar um tratamento paliativo ou curativo.
Em geral, as disfunções sempre geram algum tipo de “influência” no todo, seja por desequilíbrio ou seja por sobrecarga. Dito isto, devemos sempre colocar em nosso plano terapêutico o reequilíbrio muscular e biomecânico.
Um exemplo disso pode ser visto no termograma abaixo, onde podemos ver claramente um desequilíbrio com sobrecarga em membro inferior esquerdo. Algo não visto no espectro visível, mas muito didático no infravermelho. Neste caso, estava ligado a sobrecarga biomecânica durante atividade de corrida de rua.
E, como pode ser visto, o desequilíbrio gerou sobrecarga em todo o membro inferior esquerdo, especialmente nos dois terços proximais da face anterior da tíbia. Consequentemente, podemos ver claramente algumas alterações térmicas no joelho esquerdo, inferindo que está afetando outras áreas, podendo já ser considerada uma disfunção moderada.
Portanto, como neste exemplo, no planejamento terapêutico deve ser vislumbrado a correção biomecânica e até postural.
Sem isso, caro colega, em disfunções crônicas estaremos apenas tratando as consequências e não a causa. Já em disfunções agudas, resolveremos o agudo, mas deixaremos as diversas compensações oriundas de uma lesão.
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