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Sherlock e visão

Uma avalição muito bem feita pode lhe dar 70%, ou mais, dos resultados terapêuticos. Porém, quando você não tem informações suficientes para fechar um diagnóstico ou até uma hipótese, inevitavelmente sua terapia será pobre.

Também se você tiver todas as ferramentas na mão, mas sem conhecimento suficiente para usar todo seu potencial, sua avaliação também será comprometida.

Ver nem sempre é entender. Um grande desafio no meu meio é ver que o uso da termografia está muito aquém do que deveria ser. O fato de ser ter uma “imagem” colorida na tela dá uma falsa sensação de entendimento e passamos a “assumir” coisas.

Nem tudo é tão simples assim. Cada cor reflete um dado numa grande imagem captada e ela pode ser expressa numa determinada cor. Você tem que saber o que aquela escala de cores representa na imagem.

Isso vai proporcionar uma maior propriedade para se observar os achados e chegar, ou não, a uma determinada conclusão.

Elementar meu caro, você poder ver, mas não está de fato entendendo, você está adivinhando.

#fisioterapia #avaliação #termografia #termografiainfravermelha #ciência

Estado inflamatório e regeneração – parte 4

O estado inflamatório pode ser seu amigo ou seu inimigo, tudo dependerá de como você o trata. Vejam, a inflamação, se não cessada, ainda poderá te ajudar.

Veja, se temos os primeiros 3 meses de maior ascensão e platô do estado inflamatório, então logicamente estes 3 primeiros meses são o nosso maior aliado.

Vejam como é lógico, e lindo por assim dizer, do ponto zero do trauma, passando pelos estados inflamatórios até chegar a completa regeneração tecidual:

1. De 45 dias à 3 meses: ascensão e platô da inflamação;

2. 3-6 meses: inflexão e início do decrescimento da inflamação;

3. 6-12 meses: estágio de início remodelativo, quase um Turnover para troca do tecido lesado para o de origem. Ainda existe inflamação, ela não está fechada;

4. 12-24 meses: trocas constantes celulares para destruir o tecido lesado (tecidos inespecíficos que auxiliam na sustentação arquitetônica pós lesão) e depositar tecidos imaturas e completar a regeneração celular. O resultado final será a troca do tecido lesado pelo tecido de origem e o fechamento completo da inflamação,

Como dito, se você o tratar bem o tecido ele irá para a regeneração. Se não, ele irá para a reparação e ou degeneração.

#fisioterapia #inflamação #dor

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 4

A atividade física promove inúmeros efeitos benéficos imediatos e tardios no organismo. Os imediatos, são vistos durante ou imediatamente ao término do exercício.

Já os efeitos tardios são mais visíveis ao longo de um determinado, tempo de acordo com a atividade executada. Cada atividade tem um efeito resposta e esta nem sempre pode ser vista ou completamente medida, mas uma grande ferramenta não invasiva para se ver os efeitos imediatos e tardios do pós exercício é a termografia. Porém, não basta ter uma câmera na mão e ver uma imagem, deve-se entender o que se capta, seu contexto e limitações.

Imediatamente pós exercício a troca térmica promove uma linda imagem de gradientes, mas não quer dizer que o atleta tenha ou venha a ter problema ou uma disfunção. Para se usar a termografia, deve-se ter todo o contexto, ambiente e situações muito bem mapeados e controlados para não se assumir eventos equivocados.

Como visto neste termograma de um corredor: este foi tirado 1 hora depois de concluir o percurso.
Não basta ver, você tem que entender tudo que se passa para dar um correto diagnóstico. Gradientes são lindos, mas eles podem te iludir.
#fisioterapia #termografiainfravermelha

Dor e suas respostas – parte 3

Para você entender a dor do seu paciente, ouça bem como ele a relata.

A dor é modulada em, no mínimo 2 níveis, até chegar ao tálamo. Quando o impulso doloroso chega até córtex cerebral, processamos esta informação que resulta na dor consciente.

Ou seja, até o impulso da dor chegar a ser consciente, ele já foi “lida/amenizada”. Imagine se os tecidos decidissem dar a você, plena consciência da dor (100%), não sobreviríamos nem ao parto. Para conseguirmos aguentar de forma consciente, o organismo proporcionou vários níveis de reação até nos proporcionar a dor consciente.

Assim, ao questionarmos a dor consciente do paciente, devemos nos atentar ao estado/grau de inflamação que aquele tecido apresenta ao longo de um determinado tempo.

Pense sempre:
“O estado inflamatório X determinará a dor consciente do paciente e, através do relato consciente da dor, você poderá ter uma ideia de como o tecido se encontra.” (Dra. Paula Machado)

Seja minucioso na descrição da dor consciente e sempre questione a mesma ao longo do tempo. Só assim para você conseguir determinar o início da disfunção.

#dor #fisioterapia