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Estado inflamatório e regeneração – parte 11

Finalmente, vamos entrar no aspecto clínico da inflação.

O estado inflamatório é o grande alvo do fisioterapeuta, quase uma fórmula de Pareto, sendo quase 80% da sua clínica.

Entender e diagnosticar a causa é umas etapas mais importantes para um resultado satisfatório, pois lidamos principalmente com o relato consciente da dor do paciente. Depois do relato da dor é que podemos entrar com a avaliação física, quando possível, e por fim, quando conseguimos, os exames de imagem.

Isso torna a clínica quase cega, tatiando no escuro inúmeras possibilidades. A forma mais eficaz, é cruzar informações qualitativas (relato de dor e exame físico) e quantitativas (exames) e, mesmo assim, pode ser difícil explicar uma inflamação.

Como neste termograma onde vemos claramente a irradiação nervosa à partir da coluna lombar.

Só isso explicaria a dor? Absolutamente não, ela mostra a possível origem e esta que deve ser investigada.

Por isso, colega fisioterapeuta, use de todo o seu conhecimento e analise de forma qualitativa e quantitativa com raciocínio lógico e consistente. Aí sim, você chegará na causa.

#fisioterapia #inflamação #dor #termografia

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 11

Agora, laserterapeutas, vamos entender como saber se sua dose de energia está sendo suficiente para fotobiomodular ou fotobioinduzir.

Regra básica é:

1. O paciente relata melhora da dor, mas… Ela volta, oscila ou a terapia é incapaz trazer toda a funcionalidade e incrementar a carga terapêutica = Fotobiomodular.
Este cenário, engana com oscilações de melhora e, inevitavelmente, a piora aparece ao longo da terapia.

2. O paciente relata melhora da dor + melhora da funcionalidade + consegue-se incrementar a carga terapêutica = Fotobioinduzir.

Neste cenário, podemos pensar na melhora inclusive em exames de imagem, o que seria o melhor dos mundos.

A capacidade do tecido de absorver a luz e reagir a ela é algo instantâneo e contínuo, pois podemos ver resultados a posteriori da aplicação. Mas os efeitos de troca térmica são lindos, por assim dizer.

Uma forma bem didática de demonstrar isso está no termograma abaixo, onde o tecido tenta constantemente absorver, trocar e interagir com a luz e seus efeitos de fotobioindução.
A beleza da dualidade da luz é algo fascinante.

#laser #laserterapia #fisioterapia #termografia #termografiainfravermelha

Sobre gradientes e análise termográfica – parte 11

Colega fisioterapeuta, você sabia que somente com muito estudo é que será capaz de interpretar os achados térmicos?

Primeiro, estabelecido os parâmetros corretos de captação, da captação da imagem e processando-a em software proprietário é que você terá um termograma digno de ser analisado. Segundo, satisfeitos os itens anteriores, inicia-se a análise térmica com conhecimentos de inspeção /ou ensaios não destrutivos.

Qualquer coisa fora deste padrão é achismo. Analisar um termograma é muito mais complexo e exige muito mais estudo do que você imagina e só pegar valores térmicos a esmo gera resultados falsos não parametrizáveis.

Isso quer dizer que a medida que você capta os dados e “acha” alguma coisa, você não conseguirá estabelecer um padrão de reprodutibilidade que possa explicar mais dados que venham a aparecer de forma inexplicável e não correlacionado com os anteriores.

Como neste termograma onde vemos claramente uma disfunção em linha reta (próximo da escápula esquerda). Podemos afirmar que aí se encontra uma disfunção, pois todos os dados foram captados de forma correta e podem ser analisados com olhar diagnóstico.

O que seria então? Somente com um procedimento validado que tenha padrões de reprodutibilidade podem responder, o resto é “achismo”.

#fisioterapia #termografiainfravermelha

Dor e suas respostas – parte 10

Agora entraremos nos receptores que o fisioterapeuta mais atua diretamente: nociceptores.

Os nociceptores respondem a estímulos potencialmente prejudiciais e enviam sinais para a medula espinhal e o cérebro, nos provendo a percepção da dor. Eles são encontrados em, praticamente, todo o nosso corpo, com exceção de alguns poucos tecidos.

Eles detectam diferentes tipos de estímulos prejudiciais ou danos reais, como:
• Térmicos: calor nocivo ou frio a várias temperaturas;
• Mecânicos: excesso de pressão ou à deformação mecânica;
• Químicos: detectam uma grande variedade de respostas químicas de danos teciduais.

Para a reabilitação, eles são de suma importância, pois nos fornecem informações da causa da lesão, de como o tecido está evoluindo e se a carga terapêutica está adequada.

Considero este o mais importante para a correta liberação de carga, pois sem prestarmos atenção neste receptor, vamos incorrer em excesso.

#dor #fisioterapia #termografia #termografiainfravermelha

Estado inflamatório e regeneração – parte 10

Agora vamos entender como a disfunção pode influenciar na reabilitação em seus diversos estágios.

Quando classificamos uma disfunção, seja ela qual for, também devemos observar 2 possíveis consequências:

1. Se esta disfunção é local, ou seja, não afeta outras áreas ou o todo;

2. Se esta disfunção afeta outras áreas e/ou o todo.

Estas duas análises fazem toda a diferença na hora de programarmos a terapia, pois poderemos apenas determinar um tratamento paliativo ou curativo.

Em geral, as disfunções sempre geram algum tipo de “influência” no todo, seja por desequilíbrio ou seja por sobrecarga. Dito isto, devemos sempre colocar em nosso plano terapêutico o reequilíbrio muscular e biomecânico.

Um exemplo disso pode ser visto no termograma abaixo, onde podemos ver claramente um desequilíbrio com sobrecarga em membro inferior esquerdo. Algo não visto no espectro visível, mas muito didático no infravermelho. Neste caso, estava ligado a sobrecarga biomecânica durante atividade de corrida de rua.

E, como pode ser visto, o desequilíbrio gerou sobrecarga em todo o membro inferior esquerdo, especialmente nos dois terços proximais da face anterior da tíbia. Consequentemente, podemos ver claramente algumas alterações térmicas no joelho esquerdo, inferindo que está afetando outras áreas, podendo já ser considerada uma disfunção moderada.

Portanto, como neste exemplo, no planejamento terapêutico deve ser vislumbrado a correção biomecânica e até postural.

Sem isso, caro colega, em disfunções crônicas estaremos apenas tratando as consequências e não a causa. Já em disfunções agudas, resolveremos o agudo, mas deixaremos as diversas compensações oriundas de uma lesão.

#fisioterapia #inflamação #dor

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 10

Chegamos finalmente na parte que, particularmente, eu mais gosto: fobioindução da regeneração celular.

Por que esse seria o ponto que mais gosto? Porque este é exatamente o objetivo inicial da criação do laser a décadas. E para chegarmos neste efeito, temos que entender alguns fatores importantes para saber como funciona o sistema de absorção do laser no tecido:

“O tecido tem prioridade metabólica: sabe aquele processo que os socorristas e bombeiros fazem para escolher quem atender quando tem várias vítimas? Então, a célula também tem esta capacidade de triar” (Dra. Paula Machado©).

Isso é tão certo que quando temos casos de descompensação metabólica por algunm motivo, os tecidos priorizam as reservas metabólicas e celulares para se manter uma função mínima (tal como o sistema tampão). Uma coisa que aprendi ao longo destes anos de formada é que: a natureza se reproduz na escala macro (cosmos) à escala micho (fóton). Então, quando induzimos o tecido a uma resposta metabólica e celular, vamos ativar o mecanismo de triagem dele.

Sendo assim, lembre-se sempre: a energia aplicada no tecido nunca será aquela que de fato chegará na lesão, pois outros tecidos também competirão pela luz.” (Dra. Paula Machado)

Aos laserterapeutas, este efeito lhes parece familiar, a perda de luz pelo chamado “espalhamento”?

Então, na natureza NADA é desperdiçado, ainda mais em tecido lesionado. Ou seja, o “espalhamento” nada mais é do que o sistema de “triagem celular”© (Todos os direitos pertencentes ao Direito autoral de Paula Machado)

#laser #laserterapia #fisioterapia

Sobre gradientes e suas peculiaridades – parte 10

Colega fisioterapeuta, você sabei que existem diferenças entre os tipos de câmeras (fabricantes e modelos)?

Sim, cada fabricante tem uma característica em sua linha de produtos e para cada modelo de produto existem diferenças, podendo ser mínimas ou extremas.

Depende do termografista saber qual diferença existe em cada uma delas, para que servem estas diferenças e como usá-las no seu dia a dia.

Lembram do post “Ceteris paribus” (07/09/21)? Então, está é a melhor forma de demonstrar o conhecimento do método e sua correta forma de uso.

Uma forma simples que podemos mostrar esta diferença é através de um teste extremamente simples:

Vamos pegar 2 duas câmeras de 2 fabricantes diferentes, mas que sejam similares entre si (precisão e sensibilidade). Coloquemos eles no mesmo ambiente, nas mesmas condições (no caso, uma xícara quente e outra fria) e capturemos um termograma com cada de fabricante. Vamos então processar ambos em software proprietário de cada fabricante.

É notório a diferença entre ambos. Qual é o melhor? Ambos, tudo depende do que e para o que você vai usar, pois quem faz a termografia é o termografista.

Portanto, colega fisioterapeuta, é você que escolhe qual câmera usar e para quê você vai usar.

#fisioterapia #termografiainfravermelha

Sobre gradientes 08-02-21

Dor e suas respostas – parte 9

Agora entraremos nos fotorreceptores, onde particularmente mora minha maior paixão – radiação laser.

Os fotorreceptores são capazes de realizar uma ação chamada de fototransdução: um processo que converte a radiação eletromagnética (no caso laser) em outros tipos de energia, um potencial de membrana. Claro que a retina comporta os nossos maiores receptores, mas também possuímos fotorreceptores nas células.

O mecanismo de “identificação” dos fotorreceptores ocorre, significativamente, através da cor da radiação, ou seja, ao comprimento de onda: curto (azul), médio (verde) e longo (amarelo/vermelho).

A radiação eletromagnética é absorvida, nas células, pelas moléculas orgânicas fotorreceptoras encontradas em cada célula do nosso organismo (DNA, aminoácidos e proteínas celulares) e na matriz extra celular.

Considerando, óbvio, uma simplificação de um tema extremamente complexo para um simples post. Mas usar os fotorreceptores é atingir o principal objetivo terapêutico na laseterapia.

Simplificando, caro colega, podemos usar as vantagens dos fotorreceptores para ativarmos funções metabólicas e celulares com a radiação laser a dor e induzir a regeneração celular.

#dor #fisioterapia

Estado inflamatório e regeneração – parte 9

Então chegamos até aqui, onde já identificamos o grau e a extensão da disfunção. Agora vamos entender como isso se reflete na prática.

Vamos usar um exemplo fácil, como uma ferida varicosa. O termograma abaixo mostra uma ferida extensa que acomete o terço distal da perna em sua face látero-posterior.

Considerando apenas uma classificação qualitativa, somente com estas informações podemos inferir que é uma ferida classificada como leve, pois acomete uma pequena porção de um membro. Esta análise é importantíssima para determinar a localização da disfunção/lesão e até onde ela acomete o tecido.

Já se quisermos classificá-la numa forma quantitativa, devemos tirar as suas medidas em cm (Altura x Comprimento x Profundidade). Aqui pode-se definir melhor o comprometimento tecidual e como este poderá se comportar ao longo do tempo (não adicionado na imagem).

Isso é um exemplo simples de uma análise qualitativa e quantitativa para determinar o grau da disfunção. Somado a isso, claro, teremos a história da moléstia, que determinará como, quando e de que forma esta disfunção começou e em que ponte está no momento da sua avaliação.

A avaliação é o ponto principal de uma correta terapia, sem ela, podemos prologar o tratamento e gerar resultados ineficientes. Ciência e metodologia são o ponto chave para sua avaliação.

#fisioterapia #inflamação #dor

Conhecimentos básicos em laserterapia – parte 9

Ainda hoje, existe muita discussão sobre o efeito atérmico.

Isso é contraditório, uma vez que toda energia em trânsito produz calor (quando falamos acima do zero absoluto). Portanto o laser vai produzir calor, em maior ou menor grau, ainda mais quando falamos de fótons.

Até porque, as células e tecidos são dependentes de calor para sobrevivência. Isso sem contar que todo trabalho produz calor.

Sendo assim, toda a aplicação de laser causará a produção de calor.

E isso não pode ser considerado um fator ruim ou menos indutivo para a regeneração. Muito pelo contrário, se o tecido é dependente de energia, ele também será dependente de calor (claro que até um certo grau).

O que temos que achar é o ponto de equilíbrio entre máxima energia com uma produção limite de calor que não cause nenhum tipo de lesão tecidual.

Isso pode ser corroborado com este lindo termograma abaixo: onde temos aplicação de laser com uma produção de calor. Esta aplicação contém energia suficiente para promover um efeito de fotobioindução sem produz calor o suficiente para causar uma lesão térmica.

Portanto, devemos deixar de lado a teoria que o laser é atérmico e devemos começar a pensar em: dose X temperatura máxima produzida.

#laser #laserterapia #fisioterapia